Ricardo Karmann
| Ricardo Karmann | |
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| Partido(s) | |
| Legislaturas | 12ª legislatura da Primeira República |
Em Joinville, Ricardo Karmann foi vereador da 12ª Legislatura da Primeira República.
Vereador
- 12ª Legislatura da Primeira República (1927-1930): Em 1926, Ricardo Karmann fez 1855 votos, elegendo-se conselheiro municipal.[1][nota 1]
Informações Biográficas
Ricardo nasceu por volta de 1888 e era natural de Joinville.[2] Ele era tio do ex-prefeito Harald Karmann. Ricardo foi empregado da empresa Jordan & Gerken Cia. Gustav, pai dele, também trabalhou lá. Ricardo também foi funcionário do curtume Kühne e gerenciou o complexo empresarial Jordan no beneficiamento da erva-mate, em Rio Negro e Mafra.
Ricardo foi o primeiro presidente da Associação Comercial e Empresarial de Joinville – ACIJ. Antes, havia três associações distintas, chamadas de Associação Comercial, Centro Industrial e Associação dos Varejistas. Ele presidiu a ACIJ nos mandatos de 1927-28 e 1929-32.[3][nota 2]
Uma Carta, Um Comunista e Um Caso de Polícia
Em 1932, um sindicalista se viu em apertos com a polícia. Seu nome era Nelson Machado. Boatos diziam que Machado recebera um telegrama de Nerval Silva, comunista atuante em Curitiba, pedindo que aquele seguisse urgentemente à capital paranaense para conferenciar com este. O jornal A Notícia tentou saber mais informações, que foi dito que Ricardo Karmann havia escrito uma carta bem azeda ao ministro do trabalho, informando que em Joinville estariam ocorrendo várias "manifestações de caracter bolchevista". Uma dessas manifestações foi ao ponto de ter desfraldada a bandeira vermelha da internacional comunista.
Questionado, Ricardo disse que não escreveu carta nenhuma. O jeito foi o delegado tentar uma acareação. Nelson Machado, perante Ricardo, apresentou uma cópia da carta que lhe foi transmitida por pessoa que trabalhava no ministério do trabalho, alguém que Machado não revelou. Ainda assim, Ricardo continuou afirmando não escrevera nada daquilo. O caso não teve resolução, mas deu o que falar naquela Joinville ainda pequena.[4]
Depois da acareação na delegacia, Nelson Machado apresentou sua renúncia de secretário-geral da Federação Regional dos Trabalhadores de Santa Catarina. Nelson informou seus camaradas, ao despedir-se, que deixava o cargo porque havia uma ordem de prisão contra sua pessoa, sob acusação de ser ele membro da Terceira Internacional Comunista. O jornal foi até a polícia perguntar o que havia de provas nesse caso. Nenhuma, segundo a delegacia.
Este historiador ficou curioso, o leitor deve ter ficado curioso, os redatores do jornal A Notícia continuaram curiosos: "Mas que teria, pae do céo, levado o sr. Nelson Machado a tão rápida e violenta resolução? Respondam os epicuristas..." Vamos ficar sem saber. O jornal não tocou mais no assunto.[5]
Morte
Ricardo faleceu em 30 de janeiro de 1965, em Santo Amaro, São Paulo–SP. Dizia a certidão que a causa do óbito foi "colapso tóxico-infeccioso".[2]
Homenagens
Uma rua no bairro Iririú leva o nome do ex-vereador Ricardo Karmann.
| Como Citar |
| Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Ricardo Karmann. Memória CVJ, 2025. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Ricardo_Karmann>. Acesso em: 16 de novembro de 2025. |
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Pinheiro (2025) |
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(PINHEIRO, 2025) |
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Notas
- ↑ O Jornal de Joinville, sob o título "Eleição Municipal", informou na sua edição de 8 de novembro de 1926 que Ricardo fizera 1978 votos. O Memória CVJ empregou os dados da Ata da Junta Apuradora, que é o documento legal para esse fim.
- ↑ A ACIJ contabiliza presidentes desde 1911, quando surgiu a Associação Comercial. Em 1927, essa associação se fundiu com a dos varejistas e a dos industriais para formar a atual ACIJ. Uma forma de entender a lista de presidentes é começar desde Lepper, em 1911. Outra, é começar tal lista a partir da fusão de 1927, quando surgiu a sigla ACIJ.
Referências
- ↑ Ata da Reunião da Junta Apuradora da Eleição Municipal de 1926, de 7 de dezembro, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ 2,0 2,1 Ricardo Karmann. Familysearch. 01/09/2025.
- ↑ Joel Gehlen. Acij na História de Joinville. Joinville: Letradágua, 2021.
- ↑ História Duma Carta. A Notícia, 28 de janeiro de 1932. Visitado em 02/09/2025.
- ↑ Neste Jogo tem Arêa.... A Notícia, 30 de janeiro de 1932. Visitado em 02/09/2025.