Cassação do Mandato de Mauricinho Soares

De Memória CVJ
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Operação Profusão

Alvo de investigação na Operação Profusão, o então vereador Mauricinho Soraes foi alvo de buscas conduzidas pela polícia civil. Tal operação apurava suposta prática de falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa. O objetivo era beneficiar condutores de veículos penalizados com suspensão da Carteira de Habilitação - CNH.

Durante as buscas, que foram realizadas no gabinete do vereador na Câmara e na casa dele, a polícia encontrou uma arma na residência. POr isso, Mauricinho foi preso por posse ilegal de arma.[1] O vereador saiu no mesmo dia após pagar fiança, mas voltou à prisão no dia 8 de dezembro, após a evolução das investigações levarem o delegado Rafaello Ross a decretar a prisão preentiva.[2]

Conselho de Ética e Afastamento

O presidente da casa, vereador Diego Machado, apresentou no dia 4 de dezembro denúncia contra Mauricinho. O pedido de investigação foi aprovado em plenário e o Conselho de Ética foi acionado. Tal conselho foi presidido pelo vereador Wilian Tonezi.[3] Mauricinho foi afastado a pedido do Conselho, e tomou posse no seu lugar o vereador Pelé, em pleno recesso parlamentar.[4]

Comissão Processante

Além do acionamento do Conselho de Ética, no dia 11 de dezembro a Câmara de Vereadores de Joinville aprovou também a abertura de uma Comissão Processante. A finalidade era analisar a possível quebra de decoro parlamentar. Cassiano Ucker foi eleito presidente da comissão, com Profeta como relator e Kiko do Restaurante como terceiro membro.[5]

A defesa do parlamentar enviou pedido de nulidade da comissão, argumentado dois pontos:

  • Falta de proporcionalidade dos partidos em sua composição;
  • Falta de voto do vereador Érico Vinicius na votação pela aceitação ou não da denúncia.

Em 28 de dezembro, a Comissão analisou os argumentos a defesa e o relator Cleiton Profeta afirmou que:

  • A formação da comissão estava de acordo com o que determina o Decreto-Lei 201/1967, que regulamenta o seu funcionamento;
  • Érico não participou com voto na ocasião da denúncia porque presidia a sessão na ocasião. Ele substituía Diego Machado, que era o denunciante e não podia presidir aquela votação. Qual presidente, Érico só votaria em caso de empate, conforme declara o Regimento Interno da casa.[6]

Em 5 de março, a Comissão Processante votou a favor do relatório do vereador Profeta, entendendo que houve realmente quebra de decoro parlamentar. Com isso, a Comissão agora levou seu relatório para ser votado em plenário, em Sessão de Julgamento.[7]


[8]



Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Cassação do Mandato de Mauricinho Soares. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Cassa%C3%A7%C3%A3o_do_Mandato_de_Mauricinho_Soares>. Acesso em: 15 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)


Referências

  1. Após ser preso em operação, vereador Mauricinho Soares paga fiança e é solto em Joinville. O Município. Arquivado do original. Visitado em 13/03/2024.
  2. Vereador Mauricinho Soares é preso na Câmara de Joinville. OCPnews. Arquivado do original. Visitado em 13/03/2024.
  3. Plenário aceita denúncia contra vereador e aciona Conselho de Ética. Câmara de Vereadores de Joinville. Arquivado do original. Visitado em 13/03/2024.
  4. Vereador Mauricinho Soares é preso na Câmara de Joinville. Câmara de Vereadores de Joinville. Arquivado do original. Visitado em 13/03/2024.
  5. CVJ aprova abertura de Comissão Processante contra Mauricinho Soares. Câmara de Vereadores de Joinville. Arquivado do original. Visitado em 13/03/2024.
  6. Vereadores de Joinville rejeitam defesa de Mauricinho e investigação continua. ND+. Arquivado do original. Visitado em 13/03/2024.
  7. Comissão Processante Conclui que Vereador Mauricinho SOares Quebrou Decoro Parlamentar. Câmara de Vereadores de Joinville. Arquivado do original. Visitado em 15/03/2024.
  8. [Site-salvo-wayback Nome da Matéria.] Câmara de Vereadores de Joinville. Arquivado do [site-original original]. Visitado em 15/03/2024.