Jacob Müller

De Memória CVJ
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Jacob Müller
Jacob mueller.png
Foto: Site Histórias da Karin
Partido(s) Partido Liberal (1831)
Legislatura 1ª Monárquica

Em Joinville, Jacob Müller foi eleito vereador da 1ª Legislatura do período monárquico, mas não assumiu o cargo.

Eleito, Não Assumiu o Cargo

1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Fazendo 166 votos pelo Partido Liberal, Jacob Müller foi o vereador mais votado nas eleições de 1868.[1] Como ele se mudou para Curitiba antes de inicar a legislatura, Jacob Müller acabou não assumindo o cargo, deixando de ser o primeiro presidente da Câmara de Joinville.[2]

Informações Biográficas

Vida na Europa e Imigração

Jacob era suíço, filho do Juiz de Paz Johann Rudolf com mãe desconhecida. Foi criado por Verena, que se tornou esposa de seu pai. Na Suíça, Jacob teve duas filhas: Anna Maria e Minna. Seu pai havia decidido migrar para Joinville e tinha vindo na frente em 1857, comprando um lote na rua do Cachoeira, atual Princesa Isabel, em frente de onde hoje está a Igreja Luterana.[2] Em 1862, com 25 anos, Jacob veio para Joinville com Verena (sua mãe de criação), irmãos, esposa e as duas filhas. Eles vieram à bordo do navio Gellert, que partiu de Hamburgo em 28 de outubro de 1862 e chegou em na Colônia Dona Francisca em 11 de dezembro do mesmo ano. Jacob e sua esposa viveram um drama familiar na travessia, já que sua filhinha Minna, de menos de um ano, faleceu durante a longa viagem.[3]

O Professor

Jacob Müller era professor. Conta-nos o autor Dilney Cunha (p. 195) que em 1866 Jacob protagonizou um evento de preconceito religioso, quando ele concorreu a uma vaga de professor na escola pública de Joinville. Jacob foi a Desterro (Florianópolis) para prestar o exame, mas o governo provincia negou-lhe a possibilidade de fazer tal exame porque Jacob não era católico.[4]

Empreendedor, Jacob comprou um lote na Ziegeleistrasse, a rua da Olaria, atual rua do Príncipe, e abriu uma escola particular em 1866. Durante o mês de dezembro daquele ano, as escolas de Joinville tiveram aferida sua qualidade de ensino. Informou o jornal Kolonie Zeitung, no dia 15, que na escola particular de Jacob, os 22 meninos e 4 meninas estavam bem preparados em todas as matérias principalmente em Língua Portuguesa e Geografia. Sua escola era um empreendimento de sucesso. Conforme a Ata da Sessão Extraordinária de 13 de janeiro de 1869, Jacob não assumiu seu cargo vereador. O motivo foi que ele resolveu levar seu negócio para uma praça mais desenvolvida e foi para Curitiba.[5]

o Relojoeiro

Poucos anos depois, Jacob voltava à Joinville para atuar não mais como professor, mas como relojoeiro, e nessa profissão voltaria a ser marcante na história local. A comunidade, liderada pelo Padre Carlos Boegershausen, contratou Jacob em 1877 para instalar o primeiro relógio na torre da igreja matriz, e em 1881, a Câmara Municipal o contratou para o serviço de dar corda e realizar manutenções nesse relógio.

O presidente da Sängerbund

Conforme sua lápide informa, o incansável Jacob Muller, mesmo sendo suíço, também foi presidente da liga de cantores Sängerbund, uma liga de cantores fundada por alemães.

As Terras de Frankenberg (lote 35) tinham como limites as atuais ruas Benjamin Constant (norte), Dr. João Colin (leste) e Ribeirão Morro Alto (sul - praticamente rua Quintino Bocaiúva)


Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Jacob Müller. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Jacob_M%C3%BCller>. Acesso em: 15 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)


Referências

  1. Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.
  2. 2,0 2,1 Johann Rudolf Müller. Histórias da Karin, arquivado do original. Visitado em 09/11/2022.
  3. Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
  4. Cunha, Dilney Fermino. Suíços em Joinville - O Duplo Desterro. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
  5. Annuncios. O Mercantil, 10 de março de 1931. Visitado em 10/11/2022