Mudanças entre as edições de "CPI da Aerofotogrametria em 1989"
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Em 1989, durante a [[11ª Legislatura]], a prefeitura entendeu ser útil realizar um levantamento aerofotogramétrico das áreas de mangue em Joinville. Porém um jornal veiculou denúncia de que a licitação era fraudulenta, e inclusive apontou com um dia de antecedência o nome da empresa vencedora, Agritec, fato que acabou se confirmando.<ref name="Lula">Lula Nega Existência de Irregularidades em Licitação. Jornal de Joinville, 5 de setembro de 1989.</ref> Como a lisura da licitação foi colocada em dúvida, a Câmara de vereadores decidiu formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o assunto. | Em 1989, durante a [[11ª Legislatura]], a prefeitura entendeu ser útil realizar um levantamento aerofotogramétrico das áreas de mangue em Joinville. Porém um jornal veiculou denúncia de que a licitação era fraudulenta, e inclusive apontou com um dia de antecedência o nome da empresa vencedora, Agritec, fato que acabou se confirmando.<ref name="Lula">Lula Nega Existência de Irregularidades em Licitação. Jornal de Joinville, 5 de setembro de 1989.</ref> Como a lisura da licitação foi colocada em dúvida, a Câmara de vereadores decidiu formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o assunto. | ||
=Prefeito Lula Apoia a formação da CPI= | =Executivo Municipal Convencido de Inocência= | ||
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Ciente do teor da matéria e da intenção da Câmara de Vereadores de formar uma CPI, o então prefeito Luiz Gomes se disse favorável a formação desta. Lula estava convencido de que tudo correra legalmente, e orientou os vereadores da base aliada a aceitar a CPI para que tudo ficasse muito claro e | Ciente do teor da matéria e da intenção da Câmara de Vereadores de formar uma CPI, o então prefeito Luiz Gomes se disse favorável a formação desta. Lula estava convencido de que tudo correra legalmente, e orientou os vereadores da base aliada a aceitar a CPI para que tudo ficasse muito claro e | ||
"(...) provar que a concorrência obedeceu a todos os preceitos legais e que a denúncia não passou de uma ação de má-fé puramente política.<ref name="Lula"></ref> | "(...) provar que a concorrência obedeceu a todos os preceitos legais e que a denúncia não passou de uma ação de má-fé puramente política.<ref name="Lula"></ref> | ||
==Secretários Municipais Fazem Coletiva de Imprensa== | |||
Além da declaração de Lula, dois secretários municipais convocaram uma coletiva de imprensa para esclarecer como se deu a licitação. Os secretários eram Ronald Caputo (Finanças) e Mario Boehm (Administração). Eles disseram que o Serviço Nacional do Patrimônio da União (SPU) participou na elaboração do edital, o que dava mais credibilidade ainda à licitação praticada. | |||
Caputo alegou que o jornal que adiantou qual seria a empresa vencedora deu um chute muito bem calculado, já que só havia três empresas interessadas, e delas a Agritec era a mais experiente, tendo já atuado no mandato de Wittich Freitag. Para exemplificar que o jornal só estava tentando deduzir, Caputo lembrou que a publicação tentou adivinhar também o valor do contrato, imprimindo simplesmente o valor já constante no edital, NCz$ 470.665,00. Nesse ponto o jornal erra, já que o valor final foi de NCz$ 423.598.50. Para Caputo, estava claro que o periódico estava apenas usando de dedução para buscar dar chutes e tentar adivinhar o resultado da licitação. | |||
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Edição das 14h49min de 24 de maio de 2024
Em 1989, durante a 11ª Legislatura, a prefeitura entendeu ser útil realizar um levantamento aerofotogramétrico das áreas de mangue em Joinville. Porém um jornal veiculou denúncia de que a licitação era fraudulenta, e inclusive apontou com um dia de antecedência o nome da empresa vencedora, Agritec, fato que acabou se confirmando.[1] Como a lisura da licitação foi colocada em dúvida, a Câmara de vereadores decidiu formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o assunto.
Executivo Municipal Convencido de Inocência
Prefeito Lula Apoia a formação da CPI
Ciente do teor da matéria e da intenção da Câmara de Vereadores de formar uma CPI, o então prefeito Luiz Gomes se disse favorável a formação desta. Lula estava convencido de que tudo correra legalmente, e orientou os vereadores da base aliada a aceitar a CPI para que tudo ficasse muito claro e
"(...) provar que a concorrência obedeceu a todos os preceitos legais e que a denúncia não passou de uma ação de má-fé puramente política.[1]
Secretários Municipais Fazem Coletiva de Imprensa
Além da declaração de Lula, dois secretários municipais convocaram uma coletiva de imprensa para esclarecer como se deu a licitação. Os secretários eram Ronald Caputo (Finanças) e Mario Boehm (Administração). Eles disseram que o Serviço Nacional do Patrimônio da União (SPU) participou na elaboração do edital, o que dava mais credibilidade ainda à licitação praticada.
Caputo alegou que o jornal que adiantou qual seria a empresa vencedora deu um chute muito bem calculado, já que só havia três empresas interessadas, e delas a Agritec era a mais experiente, tendo já atuado no mandato de Wittich Freitag. Para exemplificar que o jornal só estava tentando deduzir, Caputo lembrou que a publicação tentou adivinhar também o valor do contrato, imprimindo simplesmente o valor já constante no edital, NCz$ 470.665,00. Nesse ponto o jornal erra, já que o valor final foi de NCz$ 423.598.50. Para Caputo, estava claro que o periódico estava apenas usando de dedução para buscar dar chutes e tentar adivinhar o resultado da licitação.
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
| Como Citar |
| Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. CPI da Aerofotogrametria em 1989. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=CPI_da_Aerofotogrametria_em_1989>. Acesso em: 9 de abril de 2025. |
| Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2023) |
| Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2023) |
Referências
- ↑ Ir para: 1,0 1,1 Lula Nega Existência de Irregularidades em Licitação. Jornal de Joinville, 5 de setembro de 1989.