Mudanças entre as edições de "Augusto Stock Filho"
Linha 25: | Linha 25: | ||
===Larápios=== | ===Larápios=== | ||
Em agosto de 1906, na madrugada do dia 8 para o 9, Augusto foi vítima de roubo. Ladrões entraram no curral dele e roubaram um porco após matá-lo. Um segundo foi suíno foi atacado, mas não puderam levá-lo. Mas o prejuízo não parou aí. Os ladrões ainda foram ao galinheiro e levaram 14 galinhas e um número não contabilizado de ovos.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/711608/1651 Noticias Locaes]. Gazeta de Joinville, 11 de agosto de 1906. Visitado em 10/10/2024</ref> | Em agosto de 1906, na madrugada do dia 8 para o 9, Augusto foi vítima de roubo. Ladrões entraram no curral dele e roubaram um porco após matá-lo. Um segundo foi suíno foi atacado, mas não puderam levá-lo. Mas o prejuízo não parou aí. Os ladrões ainda foram ao galinheiro e levaram 14 galinhas e um número não contabilizado de ovos.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/711608/1651 Noticias Locaes]. Gazeta de Joinville, 11 de agosto de 1906. Visitado em 10/10/2024</ref> | ||
===Memória=== | |||
1940 pode parecer distante no passado no nosso século 21, e a Joinville dessa época, uma cidadezinha pequena. Para Augusto Stock, no entanto, a diferença da Joinville de sua infância para aquela que ele via em 1940 era grande. Já idoso, ele foi entrevistado pelo jornal A Notícia, e suas lembranças fornecem um vislumbre de Joinville nos seus primórdios. Falando da época que seu pai presidiu a Câmara, ele disse que:<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/843709/6274 Reportagem Por Acaso - Joinville Ha 78 Anos Passados.] A Notícia, 25 de outubro de 1941. Visitado em 10/10/2024</ref> | |||
<blockquote>''Naqueles tempos Joinville não passava de uma colônia no meio do mato. Minha infância decorreu nesse ambiente inóspito...''</blockquote> | |||
Falando da rua XV de Novembro, disse ele: | |||
<blockquote>''Naqueles tempos esta via pública possuía apenasmente algumas casas cobertas de palha e construídas a pique.''</blockquote> | |||
Sobre sua educação e profissão, Augusto lembrou: | |||
<blockquote>''Desde criança fui educado no trabalho e adotei a profissão do meu pai. A instrução escolar era deficiente. Tínhamos uma escola regida pelo professor Loewe, que desconhecia o amor às crianças. As pancadas que levávamos eram bem doídas. A brutalidade desse homem motivou o seu afastamento da modesta escola em nossa cidade. (...) Naquele tempo as nossas "carteiras" era o assoalho frio. Nele nos sentávamos e o professor lecionava. Imagina o senhor, que tempo...''</blockquote> | |||
Naqueles dias de consolidação dos direitos trabalhistas, durante a Era Vargas, Augusto comparou a jornada de trabalho de 1940 com a de sua época: | |||
<blockquote>''Não posso compreender porque foi reduzido para oito horas diárias. A mocidade de hoje diz que o mundo evolui. Ora, meu caro, isso é conversa mole para boi dormir. Hoje os mais moços trabalham somente oito horas e depois se queixam da vida.''</blockquote> | |||
===Outros Fatos Importantes=== | ===Outros Fatos Importantes=== |
Edição das 13h32min de 10 de outubro de 2024
Augusto Stock Filho | |
Partido(s) | |
Legislaturas | 8ª da primeira república, sem assumir |
Em Joinville, Augusto Stock Filho, foi eleito vereador da 8ª Legislatura da Primeira República, mas não assumiu o cargo.
Vereador
Eleito, renunciou
8ª Legislatura da Primeira República (1911-1914): Nas eleições para essa legislatura, houve duas apurações. Na considerada ilegal, Augusto obteve 268 votos[1] e na legal, 193 votos.[2] Augusto e Max Colin renunciaram ao cargo em 1911, antes de tomar posse, abrindo vaga no legislativo municipal.[3] A legislação eleitoral então vigente, em vez de ordenar a posse dos suplentes (chamados na época de imediatos), comandava que se fizessem novas eleições para preencher as vagas abertas, vencidas por Eugênio Moreira e Eduardo Schwartz.[4] O Memória CVJ não conseguiu a apurar os motivos da renúncia de Augusto, mas é possível que ele não tenha aceitado a decisão que anulou a apuração que talvez ele considerasse a correta.
Ver artigo principal: Polêmica nas Eleições de 1910
Informações Biográficas
Augusto era filho do açougueiro e ex-presidente da Câmara August Stock Sênior. Como o pai, o filho também se manteve no negócio do comércio de carne.
Larápios
Em agosto de 1906, na madrugada do dia 8 para o 9, Augusto foi vítima de roubo. Ladrões entraram no curral dele e roubaram um porco após matá-lo. Um segundo foi suíno foi atacado, mas não puderam levá-lo. Mas o prejuízo não parou aí. Os ladrões ainda foram ao galinheiro e levaram 14 galinhas e um número não contabilizado de ovos.[5]
Memória
1940 pode parecer distante no passado no nosso século 21, e a Joinville dessa época, uma cidadezinha pequena. Para Augusto Stock, no entanto, a diferença da Joinville de sua infância para aquela que ele via em 1940 era grande. Já idoso, ele foi entrevistado pelo jornal A Notícia, e suas lembranças fornecem um vislumbre de Joinville nos seus primórdios. Falando da época que seu pai presidiu a Câmara, ele disse que:[6]
Naqueles tempos Joinville não passava de uma colônia no meio do mato. Minha infância decorreu nesse ambiente inóspito...
Falando da rua XV de Novembro, disse ele:
Naqueles tempos esta via pública possuía apenasmente algumas casas cobertas de palha e construídas a pique.
Sobre sua educação e profissão, Augusto lembrou:
Desde criança fui educado no trabalho e adotei a profissão do meu pai. A instrução escolar era deficiente. Tínhamos uma escola regida pelo professor Loewe, que desconhecia o amor às crianças. As pancadas que levávamos eram bem doídas. A brutalidade desse homem motivou o seu afastamento da modesta escola em nossa cidade. (...) Naquele tempo as nossas "carteiras" era o assoalho frio. Nele nos sentávamos e o professor lecionava. Imagina o senhor, que tempo...
Naqueles dias de consolidação dos direitos trabalhistas, durante a Era Vargas, Augusto comparou a jornada de trabalho de 1940 com a de sua época:
Não posso compreender porque foi reduzido para oito horas diárias. A mocidade de hoje diz que o mundo evolui. Ora, meu caro, isso é conversa mole para boi dormir. Hoje os mais moços trabalham somente oito horas e depois se queixam da vida.
Outros Fatos Importantes
- 1906 - Quando a população estava fazendo doação de objetos e dinheiro para a inauguração do Hospital de Caridade, atual São José, Augusto ofereceu o valor de 15 mil réis.[7]
- 1910: Em novembro a luz elétrica era instalada na igreja católica, graças à doação de alguns cidadãos. Augusto figurou entre os doadores, auxiliando com vinte mil réis.[8]
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Augusto Stock Filho. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Augusto_Stock_Filho>. Acesso em: 24 de abril de 2025. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2024) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2024) |
Se você tiver mais informações ou correções sobre o biografado e quiser compartilhá-las, por favor, entre em contato conosco usando os canais descritos nessa página (clique).
Referências
- ↑ Resultado da Eleição Municipal. Gazeta de Joinville, 11 de dezembro de 1910.
- ↑ Eleição Municipal. Gazeta de Joinville, 21 de janeiro de 1911.
- ↑ Governo Municipal. Commercio de Joinville, 2 de março de 1912. Visitado em 06/10/2024
- ↑ Eleição Municipal. Commercio de Joinville, 16 de março de 1912. Visitado em 06/10/2024
- ↑ Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 11 de agosto de 1906. Visitado em 10/10/2024
- ↑ Reportagem Por Acaso - Joinville Ha 78 Anos Passados. A Notícia, 25 de outubro de 1941. Visitado em 10/10/2024
- ↑ Governo Municipal - Relação. Gazeta de Joinville, 17 de fevereiro de 1906. Visitado em 10/10/2024
- ↑ Lista. Commercio de Joinville, 19 de março de 1910. Visitado em 20/09/2024