A Virgem de Fátima em Joinville

De Memória CVJ
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Jornal A Notícia, de 30 de Junho de 1953: A Virgem de Fátima chegava em Joinville.

Em 1953, durante a 2ª Legislatura, uma imagem da Virgem de Fátima peregrinava pelo Brasil e viria à Joinville. Este fato fez a Câmara declarar feriado o 1º de julho, dia da passagem da imagem pela cidade.

Histórico

Desde 1947, a “Peregrina de Nossa Senhora do Rosário de Fátima” percorria muitos países do mundo, iniciando sua peregrinação pela Europa. 1953 era a vez do Brasil: A imagem desembarcou em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, e passou a percorrer o país, chegando em Joinville em 1º de julho.

Os Católicos Solicitam o Feriado Religioso

Em preparação à chegada da imagem, os católicos de Joinville solicitaram ao poder municipal a decretação de um feriado em Homenagem à Virgem Peregrina. Pessoas de outras religiões também concorreram para alcançar esse objetivo, entendendo que o evento era momentoso.[1] A Comissão de Recepção da Imagem de Fátima encaminhou ao prefeito Rolf Colin e a alguns vereadores um ofício solicitando o decreto do feriado religioso. Entre os membros da comissão estava a vereadora Matilde Amin Ghanem, Presidente da Pia União das Filhas de Maria da Catedral. Integrava também tal comissão o Monsenhor Scarzello e mais 11 integrantes, presidentes de organizações católicas locais ou ligadas à Catedral de Joinville.[2]

Feriado Decretado

Capa do Projeto de Lei 381/53.
Jornal A Notícia, de 27 de Junho de 1953: O Feriado é Decretado.

Reunida no dia 26, a Câmara analisou a questão do feriado em regime de urgência. Arno Waldemar Döhler apresentou um projeto, enquanto José Américo Dias Barreto apresentou outro sobre o mesmo tema. A Câmara decretou o feriado para 1º de julho, aprovando unanimemente o projeto.[3] Parece que ambas as indicações foram reunidas em um projeto único, já que a Capa do Projeto 381/53 anota os dois vereadores com outros mais como signatários dele. Os vereadores entenderam que a maioria da população desejaria prestar suas homenagens à Fátima, o que não poderiam fazer sem o feriado. Além disso, foram de opinião que deveriam atender aos apelos das várias agremiações religiosas que se dirigiram à Câmara, e aceitaram o argumento de que outras cidade já tinham feito o mesmo.[4] O prefeito Rolf Colin sancionou aquela que seria a Lei 374/1953 em 29 de Junho.[5] A Imagem da Virgem de Fátima chegou em Joinville em 30 de junho e permaneceu até 2 de julho.[6]

Galeria de Imagens




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. A Virgem de Fátima em Joinville. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=A_Virgem_de_F%C3%A1tima_em_Joinville>. Acesso em: 6 de maio de 2024.

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PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Referências

  1. Discussão em Regime de Urgência de um Apêlo da População Católica. Jornal de Joinville, 26 de junho de 1953.
  2. Ofício Arquivado no Projeto de Lei 381/53. Arquivo da Câmara de Vereadores de Joinville.
  3. Aprovado o Projeto Considerando Feriado o Próximo dia 1º de Julho. Jornal de Joinville, 28 de junho de 1953.
  4. Projeto de Lei 381/53. Arquivo da Câmara de Vereadores de Joinville.
  5. Lei Municipal nº 374/1953, de 29 de junho de 1953. Visitado em 15/02/2023
  6. Joinville Recepcionará Hoje, Reverentemente, N. S. de Fátima. A Notícia, 30 de Junho de 1953.