O Caso da Ponte Sobre o Rio Jaguarão
Em abril de 1881, a construção de uma ponte gerou uma calorosa discussão durante a 4ª Legislatura Monárquica, irradiando o debate para as sessões seguintes.
Apontada uma Necessidade
Na Sessão Ordinária de 17 de janeiro, o vereador Sinke indicou a necessidade de construir uma ponte de pedra sobre o rio Jaguarão, no ponto em que este atravessa a avenida Getúlio Vargas, então chamada de Rua Santa Catharina (no ponto da atual Assembleia de Deus).[1]
Uma Conta Muito Alta
Na sessão de 5 de abril, a Comissão de Obras fez uma prestação de contas da construção de tal ponte, na monta de 1:055$000 Réis (um conto e 55 mil). Tal comissão era composta pelos vereadores Rogner, Bauer e Walter.[2] A Câmara, porém achou que o gasto foi muito elevado e a quantidade de material usada, exagerada. Na Ata de reunião de 5 de abril consta a expressão "(...) a comissão das Obras Publicas tinha abusado da confiança n'ella posta, por ter traspassado os limites do orçamento."
A Comissão de Obras replicou que não havia orçamento, para que este pudesse ter sido ultrapassado. Além disso, disse que tudo ocorreou através de arrematação pública, o que hoje chamaríamos de licitação. A própria ata relatou que se seguiu uma calorosa discussão (acalorada, provavelmente), até que Frederico Lange propusesse que fosse criada uma comissão externa para fazer uma análise da situação. A Câmara votou os nomes, e os trÊs escolhidos foram (Frederico Brüstlein, August Heeren (engenheiro, arruador, irmão de Frederico Heeren) e Carlos Zillmann (pedreiro).[3]