O Príncipe de Schönburg-Waldenburg e a Limpeza da Frente do Seu Terreno

De Memória CVJ
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Durante a 1ª Legislatura do Período Monárquico, um incidente de manutenção da frente das propriedades acabou colocando o Príncipe de Schönburg-Waldenburg em confronto com a Câmara Municipal.

O Problema

As terras do Príncipe de Schönburg-Waldenburg (contorno azul), na estrada Blumenau, terminavam antes de chegar a Neudorf (quadrado vermelho).

Em Joinville o Príncipe Victor, de Schönburg-Waldenburg, adquiriu um vasto latinfúndio[1] que vinha do Salto do Piraí e prosseguia pela margem direita do Rio Piraí (às vezes pegando terras além da outra margem, no começo do seu trajeto) até que este encontrasse a Estrada Blumenau. Depois a delimitação das terras seguia por essa estrada até as proximidades de onde agora há uma igreja luterana, antes de chegar a Neudorf. A despeito de obrigação contratrual de habitá-lo, este foi um imóvel que ficara desabitado, e que, portanto, ficava sem ser roçado na frente para as estradas. O 19º Relatório da Direção da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo traz com alívio a informação de que as preocupações com a manutenção das terras do príncipe de Schönburg-Waldenburg não seriam mais problema da direção da Colônia.[2] Agora, a Câmara advogava pra si o direito e a obrigação de manter as estradas e fiscalizar a limpeza da frente dos terrenos. Chegando ao conhecimento dos vereadores que a frente do grande imóvel do Príncipe de Schönburg-Waldenburg prescindia de manutenção, a Câmara seguiu seu Código de Posturas então vigente e tomou as medidas que serão descritas abaixo.

Decisões da Câmara

Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870

Na Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870 menciona-se a decisão de se publicar um edital convidando o príncipe ou seu procurador a limpar "as frentes de seu terreno cito na estrada de Blumenau." O prazo seria de 15 dias, caso contrário, a Câmara providenciaria a manutenção e cobraria do proprietário em forma de multa.[3]

Ata da Sessão Ordinária de 22 de fevereiro de 1870

Lançado o edital e passados os 15 dias, na Ata da Sessão Ordinária de 22 de fevereiro de 1870 a Câmara determinou que seu fiscal providenciasse a limpeza dos valos e de 5 braças a partir da frente do imóvel.[4]



Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. O Príncipe de Schönburg-Waldenburg e a Limpeza da Frente do Seu Terreno. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=O_Pr%C3%ADncipe_de_Sch%C3%B6nburg-Waldenburg_e_a_Limpeza_da_Frente_do_Seu_Terreno>. Acesso em: 3 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Referências

  1. Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
  2. Relatórios da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo. Traduzidos por Helena Remina Richlin. Organizado pelo Arquivo Histórico de Joinville.
  3. Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870. Em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  4. Ata da Sessão Ordinária de 22 de fevereiro de 1870. Em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.