Mudanças entre as edições de "O Príncipe de Schönburg-Waldenburg e a Limpeza da Frente do Seu Terreno"
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[[Arquivo:Terras do principe shonburg-waldenburg.jpg|288px|miniaturadaimagem|As terras do Príncipe de Schönburg-Waldenburg (contorno azul), na estrada Blumenau, terminavam antes de chegar a Neudorf (quadrado vermelho).]] | [[Arquivo:Terras do principe shonburg-waldenburg.jpg|288px|miniaturadaimagem|As terras do Príncipe de Schönburg-Waldenburg (contorno azul), na estrada Blumenau, terminavam antes de chegar a Neudorf (quadrado vermelho).]] | ||
Em Joinville o Príncipe Victor, de Schönburg-Waldenburg, adquiriu um vasto latinfúndio<ref name="Ficker">Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197</ref> que vinha do Salto do Piraí e vinha pela margem direita do Rio Piraí (às vezes pegando terras além do rio, no começo do seu trajeto) até o encontro do rio com a Estrada Blumenau, depois seguia por essa estrada e terminava nas proximidades de onde agora há uma igreja luterana, antes de chegar a Neudorf. Um imóvel, no entanto, que ficara desabitado,a despeito de obrigação contratrual de habitá-lo, e que, ortanto, ficava sem ser roçado na frente para as estradas. | Em Joinville o Príncipe Victor, de Schönburg-Waldenburg, adquiriu um vasto latinfúndio<ref name="Ficker">Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197</ref> que vinha do Salto do Piraí e vinha pela margem direita do Rio Piraí (às vezes pegando terras além do rio, no começo do seu trajeto) até o encontro do rio com a Estrada Blumenau, depois seguia por essa estrada e terminava nas proximidades de onde agora há uma igreja luterana, antes de chegar a Neudorf. Um imóvel, no entanto, que ficara desabitado,a despeito de obrigação contratrual de habitá-lo, e que, ortanto, ficava sem ser roçado na frente para as estradas. | ||
O 19º Relatório da Direção da Sociedade | O 19º Relatório da Direção da Sociedade Colonizadors de 1849 em Hamburgo traz com alívio a informação de que as preocupações com a manutenção das terras do príncipe de Schönburg-Waldenburg não seriam mais problema da direção da Colônia.<ref name="Relas">Relatórios da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo. Traduzidos por Helena Remina Richlin. Organizado pelo Arquivo Histórico de Joinville.</ref> Agora, a Câmara advogava pra si o direito e a obrigação de manter as estradas e fiscalizar a limpeza da frente dos terrenos. Chegando ao conhecimento dos vereadores que a frente do grande imóvel do Príncipe de Schönburg-Waldenburg prescindia de manutenção, a Câmara seguiu seu Código de Posturas então vigente e tomou as medidas que serão descritas abaixo. | ||
===Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870=== | ===Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870=== |
Edição das 01h04min de 8 de novembro de 2022
Durante a 1ª Legislatura do Período Monárquico, um incidente de manutenção da frente das propriedades acabou colocando o Príncipe de Schönburg-Waldenburg em oposição à Câmara Municipal.
O Problema
Em Joinville o Príncipe Victor, de Schönburg-Waldenburg, adquiriu um vasto latinfúndio[1] que vinha do Salto do Piraí e vinha pela margem direita do Rio Piraí (às vezes pegando terras além do rio, no começo do seu trajeto) até o encontro do rio com a Estrada Blumenau, depois seguia por essa estrada e terminava nas proximidades de onde agora há uma igreja luterana, antes de chegar a Neudorf. Um imóvel, no entanto, que ficara desabitado,a despeito de obrigação contratrual de habitá-lo, e que, ortanto, ficava sem ser roçado na frente para as estradas. O 19º Relatório da Direção da Sociedade Colonizadors de 1849 em Hamburgo traz com alívio a informação de que as preocupações com a manutenção das terras do príncipe de Schönburg-Waldenburg não seriam mais problema da direção da Colônia.[2] Agora, a Câmara advogava pra si o direito e a obrigação de manter as estradas e fiscalizar a limpeza da frente dos terrenos. Chegando ao conhecimento dos vereadores que a frente do grande imóvel do Príncipe de Schönburg-Waldenburg prescindia de manutenção, a Câmara seguiu seu Código de Posturas então vigente e tomou as medidas que serão descritas abaixo.
Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870
Na Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870 menciona-se a decisão de se publicar um edital convidando o príncipe ou seu procurador a limpar "as frentes de seu terreno cito na estrada de Blumenau." O prazo seria de 15 dias, caso contrário, a Câmara providenciaria a manutenção e cobraria do proprietário em forma de multa.[3]
Ata da Sessão Ordinária de 22 de fevereiro de 1870
Lançado o edital e passados os 15 dias, na Ata da Sessão Ordinária de 22 de fevereiro de 1870 a Câmara determinou que seu fiscal providenciasse a limpeza dos valos e de 5 braças a partir da frente do imóvel.[4]
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. O Príncipe de Schönburg-Waldenburg e a Limpeza da Frente do Seu Terreno. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=O_Pr%C3%ADncipe_de_Sch%C3%B6nburg-Waldenburg_e_a_Limpeza_da_Frente_do_Seu_Terreno>. Acesso em: 20 de maio de 2024. |
Citação com autor incluído no texto
PINHEIRO (2024) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2024) |
Referências
- ↑ Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
- ↑ Relatórios da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo. Traduzidos por Helena Remina Richlin. Organizado pelo Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 27 de janeiro de 1870. Em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 22 de fevereiro de 1870. Em guarda do Arquivo Historico de Joinville.