Mudanças entre as edições de "O Caso da Ponte Sobre o Rio Jaguarão"
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Na sessão seguinte, de 6 de abril, a Comissão das Contas verificou que a Comissão das Obras estava aprovando pagamentos, estando ausente o "pague-se" do presidente da casa. Tal comissão apresentou um parecer sugerindo que as comissões poderiam aprovar quaisquer contas, mas somente o presidente da Câmara teria o direito de mandar efetuar os pagamentos, o que foi aprovado.<ref>Ata da Sessão Ordinária de 6 de abril de 1881, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> | Na sessão seguinte, de 6 de abril, a Comissão das Contas verificou que a Comissão das Obras estava aprovando pagamentos, estando ausente o "pague-se" do presidente da casa. Tal comissão apresentou um parecer sugerindo que as comissões poderiam aprovar quaisquer contas, mas somente o presidente da Câmara teria o direito de mandar efetuar os pagamentos, o que foi aprovado.<ref>Ata da Sessão Ordinária de 6 de abril de 1881, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> | ||
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Consta na ata da Sessão de 7 de abril que Antonio Sinke, na condição de presidente da Câmara, havia suspendido as obras da ponte no dia anterior. Por isso, ele pedia nessa sessão que a Câmara aprovasse tal suspensão enquanto a comissão externa não apresentasse seu relatório sobre o assunto. Esta é clara demonstração de que as decisões eram colegiadas, e não havia uma figura que assumia funções executivas, como se propagou posteriormente. | |||
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Edição das 16h31min de 7 de julho de 2023
Em abril de 1881, a construção de uma ponte gerou uma calorosa discussão durante a 4ª Legislatura Monárquica, irradiando o debate para as sessões seguintes.
Apontada uma Necessidade
Na Sessão Ordinária de 17 de janeiro, o vereador Sinke indicou a necessidade de construir uma ponte de pedra sobre o rio Jaguarão, no ponto em que este atravessa a avenida Getúlio Vargas, então chamada de Rua Santa Catharina (no ponto da atual Assembleia de Deus).[1]
Uma Conta Muito Alta
Na sessão de 5 de abril, a Comissão de Obras fez uma prestação de contas da construção de tal ponte, na monta de 1:055$000 Réis (um conto e 55 mil). Tal comissão era composta pelos vereadores Rogner, Bauer e Walter.[2] A Câmara, porém achou que o gasto foi muito elevado e a quantidade de material usada, exagerada. Na Ata de reunião de 5 de abril consta a expressão "(...) a comissão das Obras Publicas tinha abusado da confiança n'ella posta, por ter traspassado os limites do orçamento."
A Comissão de Obras replicou que não havia orçamento, para que este pudesse ter sido ultrapassado. Além disso, disse que tudo ocorreou através de arrematação pública, o que hoje chamaríamos de licitação. A própria ata relatou que se seguiu uma calorosa discussão (acalorada, provavelmente), até que Frederico Lange propusesse que fosse criada uma comissão externa para fazer uma análise da situação. A Câmara votou os nomes, e os trÊs escolhidos foram (Frederico Brüstlein, August Heeren (engenheiro, arruador, irmão de Frederico Heeren) e Carlos Zillmann (pedreiro).[3]
Só o Presidente Autorizará Pagamentos
Na sessão seguinte, de 6 de abril, a Comissão das Contas verificou que a Comissão das Obras estava aprovando pagamentos, estando ausente o "pague-se" do presidente da casa. Tal comissão apresentou um parecer sugerindo que as comissões poderiam aprovar quaisquer contas, mas somente o presidente da Câmara teria o direito de mandar efetuar os pagamentos, o que foi aprovado.[4]
Suspensas as Obras
Consta na ata da Sessão de 7 de abril que Antonio Sinke, na condição de presidente da Câmara, havia suspendido as obras da ponte no dia anterior. Por isso, ele pedia nessa sessão que a Câmara aprovasse tal suspensão enquanto a comissão externa não apresentasse seu relatório sobre o assunto. Esta é clara demonstração de que as decisões eram colegiadas, e não havia uma figura que assumia funções executivas, como se propagou posteriormente.
Ver Também: Presidente da Câmara no Período Monárquico
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. O Caso da Ponte Sobre o Rio Jaguarão. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=O_Caso_da_Ponte_Sobre_o_Rio_Jaguar%C3%A3o>. Acesso em: 15 de março de 2025. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2023) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2023) |
Referências
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 17 de janeiro de 1881, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão de 11 de janeiro de 1881, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 5 de abril de 1881, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 6 de abril de 1881, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.