Luiz Niemeyer

De Memória CVJ
Revisão de 13h51min de 18 de março de 2025 por Patrik roger (discussão | contribs) (→‎Vereador)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar
Luiz Niemeyer
Luiz niemeyer.jpg
Foto: Familysearch.
Partido(s)
Legislatura 5ª legislatura da Primeira República

Em Joinville, Luiz Niemeyer foi vereador da 5ª Legislatura da Primeira República.

Vereador

5ª Legislatura da Primeira República (1899-1903): Recebendo 629 votos nas eleições de 1898, Luiz Niemeyer foi eleito conselheiro.[1]

Eleições Perdidas

1914 - 533 votos. Niemeyer obtivera a mesma votação de Avelino Alves de Carvalho e Guilherme Walther. Walther foi diplomado porque era o mais velho dos três.[2]

Informações Biográficas

Luiz Niemeyer nasceu em 31 de maio de 1869, em Joinville.[3] Durante anos, Luiz trabalhou no comércio do sogro Hermann Lepper.[4]

Outros Fatos Importantes

O Palacete, olhando da rua Luiz Niemeyer. (Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville)
  • 1886: Membro fundador e primeiro presidente da Lira, que mais tarde seu uniria ao Harmonie, para se tornar o Harmonia-Lyra.[5]
  • 1906: Niemeyer foi um dos organizadores da a celebração dos 44 anos de educador do Padre Carlos Boergshausen. Niemeyer ofertou uma coroa de louros ao professor e pároco.[6]
  • 1906: Edificação do Palacete Niemeyer (mais informações abaixo).

Família

Luiz é filho Johann Otto Louis Niemeyer. O homônimo pai muitas vezes foi chamado de Louis Niemeyer, enquanto o filho era escrito de modo mais aportuguesado. O pai foi diretor da Colônia de 1860 a 1873.[5] Sua esposa, Sofia, era filha de Hermann Lepper, que foi conselheiro municipal e fundador da empresa têxtil Lepper, e de Helena Trinks, que dá nome ao hospital em Joinville.

Morte

Niemeyer faleceu em 9 de maio de 1929, em Joinville. Seu corpo repousa no Cemitério Municipal de Joinville.[3]

O Palacete Niemeyer

Fachada do Palacete Niemeyer. (Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville)

Edificado em 1906 por Luiz, o palacete ganhou renome na cidade por sua longevidade e posição privilegiada: olhando ao longo da Rua do Príncipe no sentido Sul-Norte, o casarão sempre aparece no fim da estrada. A jornalista Ana Cristina Dias trouxe em reportagem as memórias de Hedy Niemeyer, neta de Luiz, que faz uma descrição afetiva da vida no casarão:

Era a casa da vovó. Quando ia para Joinville com meus pais, dormia no quarto com ela.

Dias comentou também que entre as lembranças de Hedy estava o quarto da avó, recoberto com papel de parede com grandes rosas amarelas. A neta também relembrou os pães de batata que a avó fazia e assava na Confeitaria Dietrich. Hedy também lembrava com carinho da cozinha com uma despensa, onde não faltavam o melado e o açúcar cristal.[4]

O local do casarão já era histórico antes mesmo da edificação deste. Antes, aquele terreno abrigou a casa da Direção da Colônia.

Homenagens

A histórica rua Luiz Niemeyer. (Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville)
Jornal anunciando o decreto que alterava o nome de muitos logradouros, entre eles, o da atual rua Luiz Niemeyer. (Jornal de Joinville, 27/02/1957)

Pelo decreto 544/1957, assinado pelo prefeito João Colin, rua onde se localiza o Palacete Niemeyer passou a se chamar rua Luiz Niemeyer.[7] Antes disso, já foi nomeada de rua do templo, porque terminava na igreja luterana,[8] e de rua Quintino Bocaiúva, que mais tarde nomeou outra rua na cidade.[9] A rua nasceu como uma picada que cortava caminho para chegar à igreja, para quem vinha da estrada Dona Francisca. Era uma alternativa ao acesso principal pela Rua Princesa Isabel.[10]


Vereadores da 5ª Legislatura da Primeira República
Augusto SchrammAugusto Urban Sênior • Bernardo EnzmannFrancisco José RibeiroJoão Gregório PereiraJoão Adolfo MüllerLuiz Niemeyer


Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Luiz Niemeyer. Memória CVJ, 2025. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Luiz_Niemeyer>. Acesso em: 10 de abril de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2025)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2025)

Se você tiver mais informações ou correções sobre o biografado e quiser compartilhá-las, por favor, entre em contato conosco usando os canais descritos nessa página (clique).


Referências

  1. Das Wahlresultat. Joinvilenser Zeitung, 16 de novembro de 1898.
  2. Acta. Gazeta do Commercio, 2 de setembro de 1941. Visitado em 18/03/2025.
  3. Ir para: 3,0 3,1 Árvore Genealógica de Johann Otto Louis Niemeyer. Familysearch. 03/02/2025.
  4. Ir para: 4,0 4,1 Ana Cristina Dias, Palacete Niemeyer, uma lembrança dos primórdios de Joinville. ND+. Arquivado do original. Visitado em 03/02/2025.
  5. Ir para: 5,0 5,1 Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
  6. Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. Curitiba: Gráf. Mundial, 1951.
  7. Decreto Municipal nº 544, de 12 de fevereiro de 1957. Visitado em 03/02/2025.
  8. Planta da Cidade de Joinville. Administração Marinho de Souza Lobo. Executada por Luiz Monteiro da Silva. 1924.
  9. Planta da Cidade de Joinville. 1942.
  10. Maria Cristina Dias. Caminho de Fé. AN Cidade. A Notícia, 13 de setembro de 1998.