Oswaldo Altino Doria

De Memória CVJ
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Oswaldo Altino Doria
Oswaldo doria.jpg
Arquivo CVJ
Partido(s) UDN
Legislaturas
Assinatura Oswaldo assina.png

Em Joinville, Dr. Oswaldo Altino Doria foi vereador da 2ª Legislatura pós-Era Vargas. Foi presidente comissão de Finanças e membro da comissão de Viação e Obras Públicas.

Vereador

Doria é mencionado na inauguração do prédio da Biblioteca Pública.
  • 2ª Legislatura (1951-1955): Nas eleições de 1950, Doria foi eleito vereador pela UDN com 429 votos,[1] sendo líder do governo em 1951.[2]
No dia 09 de março de 1951 a Câmara realizou uma Sessão Solene em homenagem ao centenário da cidade de Joinville. Compareceu à sessão o governador do estado catarinense, Irineu Bornhausen, e o governador do Paraná, Bento Munhoz da Rocha Neto. Na ocasião, Oswaldo Altino Doria discursou sobre aspectos gerais da vida de Joinville, sendo seguido por discurso do governador.[3]
Foi de Altino Doria o projeto de lei que culminou na lei 257/1951, que criou um fundo Social para prestar assistência aos joinvilenses em necessidade. O fundo seria gerido por uma "Comissão de Serviço Social", de 5 membros, dos quais um seria um vereador, presidida pelo prefeito.[4]
Também foi dele o projeto de lei 312/51, que se tornaria a lei 301/1951 e daria um impulso à instalação da Biblioteca Pública em Joinville. O projeto autorizava o prefeito Rolf Colin a reorganizar a biblioteca já existente, mas inoperante. Também previa abertura de crédito de 100 mil cruzeiros para aquisição de livros, móveis e utensílios.[5]

Renúncia Tácita

Magnifying glass 01.svg.png Ver artigo principal: O Caso dos Auxílios aos Clubes Desportivos
Jornal A Notícia ventilando o fim do mandato do vereador Doria. (ver nota no rodapé)[6]
Em maio de 1952, Doria esteve à frente de projetos que destinavam auxílios financeiros aos clubes desportivos Glória e América. Os fundos eram provenientes de um saldo nas contas da municipalidade. A princípio a indicação foi aprovada, mas com a corrida de outros clubes buscando semelhante auxílio, alguns vereadores voltaram atrás.[7] Como entres os que retrocederam estavam alguns udenistas, bancada da qual Doria era líder, ele ficou inconformado.[8] Ficou evidente que a partir dali seu perfil atuante seria abandonado, pois Doria solicitou ser removido das diversas comissões que integrava.[9] Com o tempo, Doria deixou de comparecer às Sessões da Câmara Municipal, e por força da Lei Orgânica dos Municípios, ele perdeu seu mandato na sessão de 3 de dezembro de 1952, ao deixar de comparecer às sessões de duas legislaturas consecutivas, sem justificativa.[6][nota 1]

Informações Biográficas

O Palacete Doria

Oswaldo nasceu em 29 de Junho de 1905 e era natural do Rio de Janeiro, RJ.[10] Segundo o Jornal "A Notícia", Dr. Oswaldo era hygienista (bacteriologista) com renome no Rio de Janeiro. Ao se transferir para Joinville, ele instalou seu laboratório de bacteriologia no prédio da farmácia Minâncora, no centro da cidade.[11] Inclusive, o farmacêutico português Eduardo Augusto Gonçalves, criador da pomada Minâncora,[12] era seu sogro.[13]

Sua casa é uma das mais famosas em Joinville, o Palacete Doria, localizado na rua Jerônimo Coelho, 240. Em 2021 o prédio pertencia ao Banco Itaú, com agência do Itaú Personnalité.

Homenagens

Uma rua no bairro Adhemar Garcia leva o nome vereador Oswaldo Altino Doria. [14]

Vereadores da 2ª Legislatura
Affonso SchmidtAlfredo Soares PereiraArno Waldemar DöhlerArthur EberhardtBernardo TankEugênio GilgenGeraldo WetzelGustavo SchosslandHenrique Meyer Jr.José Américo Dias BarretoJuventino José da SilvaMauzirio MoreiraOswaldo Altino DoriaHenrique Schneider Jr.Hermínio Celso MoreiraPaulo HenkPaulo ScholzWaldemiro Palhares




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Oswaldo Altino Doria. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Oswaldo_Altino_Doria>. Acesso em: 20 de abril de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Notas

  1. O Jornal A Notícia, de 4 de dezembro de 1952, empregou o termo "cassado" para se referir à perda do mandato do vereador Oswaldo Doria. Não foi uma cassação, foi uma renúncia tácita. A Lei Orgânica dos Municípios que vigorava na época e era uma lei estadual, declarava no seu artigo 31: "Importa renúncia do mandato a ausência do Vereador a duas Sessões Legislativas consecutivas sem motivo justificado." A situação de Doria foi a mesma de David Ernesto de Oliveira: ambos simplesmente deixaram de comparecer às reuniões na Câmara, sem enviar renúncia expressa.

Referências

  1. 7 Vereadores da UDN; 4 do PSD e 2 do PTB - O Resultado Final. Jornal de Joinville. Edição de 15 de outubro de 1950.
  2. Câmara Municipal de Joinville. Jornal de Joinville, 13 de março de 1951.
  3. Câmara Municipal de Joinville. Jornal de Joinville, 13 de março de 1951.
  4. Com mais de 800 mil Cruzeiros Anuais Contará o Serviço de Assistência Social em Joinville. Jornal de Joinville, 19 de maio de 1951.
  5. Projeto 312/51, arquivado na Câmara de Vereadores.
  6. 6,0 6,1 Cassado o Mandato do Vereador Oswaldo Altino Doria. A Notícia, 04 de dezembro de 1952.
  7. Agitou a Camara Municipal o Caso do Auxilio aos Clubes Esportivos. A Notícia, 16 de maio de 1952.
  8. Camara Municipal - Aprovado o Auxílio ao Gloria F.C. Jornal de Joinville, 16 de maio de 1952.
  9. Camara Municipal - Aprovado o Parecer Favorável à Concessão de um Auxílio ao América. Jornal de Joinville, 16 de maio de 1952.
  10. Site Oswaldo Altino Doria. Familysearch. Visitado em 21/09/2022
  11. O Leite que o Rio de Janeiro Consome. A Notícia. Visitado em 08/11/2021
  12. Conheça nossa história. Site da Minâncora. Visitado em 21/09/2022
  13. Site Árvore Genealógica de Oswaldo Altino Doria. Familysearch. Visitado em 21/09/2022
  14. Lei Municipal nº 2962, de 02 de maio de 1994, disponível em http://leismunicipa.is/kijhr. Visitado em 08/11/2021