Mudanças entre as edições de "Conrado de Mira"

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Presidente da Comissão de Redação e Leis - 1956
Segundo Secretário
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Em Joinville, [[Conrado de Mira]] foi vereador da [[3ª Legislatura]] pós-Era Vargas.
=Vereador=
=Vereador=
Em Joinville, [[Conrado de Mira]] foi vereador da [[3ª Legislatura]] pós Era Vargas.  
[[Arquivo:Conrado de mira campanha vereador.jpg|180px|miniaturadaimagem|Conrado em Campanha para vereador, em 1954. (Jornal de Joinville, 12 de setembro de 1954)]]
'''3ª Legislatura (1955-1959)''': Mira foi o 3º vereador mais votado nas eleições de 1954, fazendo 837 votos.<ref>Quais os Cidadãos Escolhidos por Joinville para a Futura Câmara. Jornal de Joinville, 09 de outubro de 1954.</ref><ref>Resultados Oficiais em Joinville. A Notícia, 09 de outubro de 1954.</ref> Ele foi Presidente da Comissão de Redação e Leis e em 1956 foi 2º Secretário da Mesa diretora.<ref>Eleita Ante-Ontem a Nova Mesa da Câmara Municipal de Joinville. Jornal de Joinville, 09 de fevereiro de 1956.</ref> Era do PTB, e foi eleito pela AST, uma aliança eleitoral de seu partido com o PSD.
Conrado se caracterizou como autor de vários projetos e indicações. Por exemplo, em maio de 1955 ele pedia abertura de crédito para cobrir indenizações de servidores municipais, um projeto para criar uma casa para abrigar menores desamparados, aumentando o salário-família dos servidores, a criação de um departamento de trânsito, remodelação de ruas, e outros mais.<ref>Câmara Municipal - Debatido o Caso da Interrupção da Rodovia Joinville-Itajaí. Jornal de Joinville, 27 de maio de 1955.</ref>


Mira foi o 3º vereador mais votado nas eleições de 1954 fazendo 777 votos.Resultados das eleições: <ref>Correio do Povo '''Terminados os trabalhos de apuração em Joinville'''.  Edição 1812, de 10 de outubro de 1954. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=886440&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=8555. Visitado em 09/12/2021</ref>
Quando entendeu que a Aliança o traiu no primero ano da legislatura, Mira articulou a resposta no ano seguinte. Em 1955, o PSD fez acordos com a UDN sem seu consentimento ou conhecimento. No ano seguinte, Mira buscou unir-se aos udenistas, que formando maioria não mais precisariam de acordos com os pessedistas.
(Ver também: "'''[[3ª Legislatura#A AST se desfaz|A AST se desfaz]]'''" e "'''[[3ª Legislatura#UDN domina as Comissões|A UDN domina as Comissões]]'''", no artigo da [[3ª Legislatura]].


[[Arquivo:Adhemar garcia campanha.png|miniaturadaimagem|Adhemar Garcia em campanha para Vereador]]
Em agosto de 1958, Mira propôs a criação de mais dois feriados municipais: Corpus Christi e Assunção de Nossa Senhora. O projeto foi aprovado e se tornou a [http://leismunicipa.is/rikhb lei 484/1958]. Mira já havia feito a mesma proposta em 1955, mas sem sucesso naquela ocasião.<ref>Projeto 495/1958, arquivado na Câmara de Vereadores.</ref> Muitos anos mais tarde, em 1991, Baltasar Buschle disse que a ideia era colocá-lo numa sinuca: Sancionar o feriado e desagradar os católicos, ou vetar e contrariar os luteranos. Buschle disse que essa era mais uma das artimanhas da oposição na Câmara, que era maioria.<ref name="Mudança">Mudança de Feriado Provoca Polêmica. A Notícia, 6 de novembro de 1991.</ref> Se o projeto foi de Mira, e se Buschle entendia como vindo da oposição, isso parece indicar que Mira deixou novamente de apoiar o PSD, flutuando entre as bancadas conforme lhe fosse conveniente. Justamente em num projeto de lei de 1958, Mira assina como Vereador e Líder do PSP na Câmara Municipal, o que indica que em dado momento ele abandonou o PTB e trocou de sigla.<ref>Projeto 494/1958, arquivado na Câmara de Vereadores.</ref>
==Mandato Cassado==
{{Ver Também}} ''[[Feriados Municipais em Joinville]]''
Além dos cargos mencionados abaixo, Ademar também era diretor da Empresul (Empresa Sul Brasileira de Eletricidade), segundo a Câmara, cargos incompatíveis segundo a legislação vigente (Lei orgânica dos Munícipios e outras). Por isso, na sessão ordinária de 15 de setembro de 1948, ouve a votação que cassou o mandato do vereador Garcia. Este interpôs recurso na Assembleia Legislativa. O relator, deputado Cid Loures Ribas, entendeu que a cassação foi indevida porque se de início o contrato da Empresul fora firmado diretamente com o município de Joinville, mais tarde o governo federal tomou o lugar dos municípios e atribuiu a si mesmo o poder de conceder o direito à exploração do serviço de energia. Nesse caso, segundo Cid Loures Ribas, o contrato na época vigente já era mais entre Joinville e a Empresul, mas sim, entre a União e a Empresul, tornando o cargo de direção que Ademar Garcia ocupava compatível com o de vereador.<ref>O Estado '''O Recurso do Vereador Ademar Garcia'''.  Edição 10460, de 11 de fevereiro de 1949. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=884120&Pesq=%22ademar%20garcia%22&pagfis=58332. Visitado em 22/11/2021</ref>


Apesar desse parecer favorável do relator, Ademar Garcia não volta ser citado como vereador nos jornais locais.  
=Outros Mandatos=
==Prefeito==
===Eleições perdidas===
*1947 - PTB - 324 votos. 3º mais votado. O vencedor, João Colin, fez pela UDN 5.266 votos. Norberto Bahchmann fez 3.068 votos pelo PSD.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/884120/79321 Resultados Finais das Eleições em Joinville]. O Estado. Florianópolis. Edição de 11/05/1958. Visitado em 09/12/2021.</ref>
*1955 - 153 votos. 3º mais votado. Novamente vencedor, o udenista João Colin fez 8.603 votos. Segundo mais votado, Jota Gonçalves fez 6.116 votos.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/886440/8831 Eleições em Joinville]. O Estado. Florianópolis. Edição de 09/10/1955. Visitado em 02/05/2024.</ref>


=Homenagens=
=Homenagens=
Um [https://goo.gl/maps/SSxtQnYY2PArqJqE9 bairro em Joinville], criado em 1993, <ref>Lei Municipal nº 2815, de 30 de abril de 1993, disponível em http://leismunicipa.is/ejrki. Visitado em 22/11/2021</ref> leva o nome de Adhemar Garcia.
No bairro [https://goo.gl/maps/LeCGWA7nfXAy6iXp8 Costa e Silva, uma rua] leva o nome do vereador Conrado de Mira.
 
[[Arquivo:Rua vereador conrado.png|miniaturadaimagem|A rua Vereador Conrado de Mira]]
=Informações Biográficas=
Conrado era sindicalista e sua força política derivava do operariado. Foi presidente da Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Olaria, Cerâmica e derivados de Joinville.<ref>O Estado de Florianópolis '''Promissores os Primeiros Movimentos de Celso Ramos'''.  Edição 14119, de 2 de março de 1961. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=884120&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=793211. Visitado em 09/12/2021</ref> Em 1936 ele era secretário do Círculo Operário de Joinville. <ref>A Notícia.  Edição 2450, de 28 de novembro de 1936. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=12032. Visitado em 09/12/2021</ref> Já em 1939, seu nome consta como presidente do "Syndicato Operários da Construcção Civil",<ref>A Notícia.  Edição 2739, de 20 de novembro de 1937. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=14856. Visitado em 09/12/2021</ref> entidade da qual ele foi um dos membros fundadores, em 1931.<ref name="GN">Gente Nossa: Histórias de gente que fez e faz a cidade. Salvador Neto. Joinville: Legere / Nova Letra, 2014. ISBN: 978-85-67447-05-6</ref>
 
Em 1941, Conrado de Mira viu-se envolvido num incidente que repercutiu na mídia, quando ofereceu-se para ajudar na organização da recém criada Associação dos Tecelões. O presidente Guilherme Corrêa acusou Mira de manipulador e alegou que ele pareceu querer ajudar, mas manipulou os assuntos em benefício próprio. Segundo o acusador, Mira acabou usando sua experiência não só para conseguir empregar-se na Associação com bom ordenado, como também de imiscuir-se onde não devia, tentando tomar as rédeas da situação. Mira também foi acusado de ser uma mau elemento, criador de casos e alguém que maltratava os associados. Mira acabou demitido.<ref>A Notícia. '''A Associação dos Tecelões.'''  Edição 3512, de 9 de julho de 1941. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=5666. Visitado em 09/12/2021</ref> Usando seu direito de resposta, Mira informou que iria processar Guilherme por caluniá-lo e chamá-lo de mau elemento, sendo que quando saiu, mira recebeu uma declaração que atestava "relevantes e perfeitos os serviços prestados pelo snr. Conrado de Mira a esta Associação. Entre muitos outros argumentos, Mira ainda lembrou que ser empregado (como ele foi da Associação) não é crime e que o próprio acusador era um.<ref>A Notícia. '''A Associação dos Tecelões.'''  Edição 3513, de 10 de julho de 1941. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&Pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&pagfis=5672. Visitado em 09/12/2021</ref>
 
Em 1945 Mira constava no quadro de conselheiros fiscais do Caxias Futebol Clube.<ref>Correio do Povo '''Caixas F.C.'''.  Edição 1307, de 6 de dezembro de 1945. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=886440&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=5857. Visitado em 09/12/2021</ref>


[[Arquivo:Vila amazilda.jpg|miniaturadaimagem|Casa de Ademar Garcia, na rua Abdon Batista]]
Getulista, nas comemorações de 10 de Novembro Conrado de Mira proferiu um discurso de apoio ao presidente Vargas.<ref>A Notícia. '''Echos das commemorações'''. Edição 3334, de 15 de novembro de 1939. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=20851. Visitado em 09/12/2021</ref> 10 de Novembro celebrava a data da instalação da 3ª república, em 1957.


=Outras informações=
Sua esposa dona Irany, em entrevista ao jornalista Salvador Neto, descreveu Mira como sendo alguém muito animado, festeiro e alvoroçado. “Ele não parava nunca! Trabalhava direto, no sindicato, e trazia trabalho prá casa. Não tinha ano novo, nada. Só descansou quando morreu mesmo”. Nos anos da ditadura civil-militar, Mira foi preso enquanto estava no sindicato, levado para Florianópolis e depois para o Rio de Janeiro. Foi liberado só meses depois. Conrado de Mira faleceu de infarto fulminante em 1981. <ref>[http://www.palavralivre.com.br/2012/04/memoria-conrado-de-mira-o-organizador-do-sindicalismo-joinvilense/ Memória: Conrado de Mira, o organizador do sindicalismo joinvilense] Palavra Livre. Salvador Neto. Visitado em 14/12/2021</ref>
Em 1945 Conrado constava no quadro de conselheiros fiscais do Caxias Futebol Clube. <ref>Correio do Povo '''Caixas F.C.'''.  Edição 1307, de 6 de dezembro de 1945. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=886440&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=5857. Visitado em 09/12/2021</ref>


{{:Quadro_3ªLegislatura}}
{{:Quadro_3ªLegislatura}}


==Referências==
{{Autor 2025}}
Ternes, A; Vicenzi, H. '''Legislativo de Joinville - Subsídios para sua história'''. 2 Ed. Joinville: Editora Letra D'Água, 2006. ISBN: 85-87648-09-8
<br>Bitencourt, R. '''Da Comuna aos Tempos Atuais: A História do Legislativo de Joinville'''. Joinville: Fábrica de Comunicação. ISBN: 978-85-99833-04-9


=Referências=
[[Category:Vereadores Pós Era Vargas]]
[[Category:Vereadores Pós Era Vargas]]
[[Category:Vereadores]]
[[Category:Vereadores]]
[[Category:3ª Legislatura]]
[[Category:3ª Legislatura]]
[[Category:Vereadores da 3ª Legislatura]]
[[Category:Vereadores da 3ª Legislatura]]
[[Category:Vereadores da AST]]
[[Category:Vereadores do PTB]]
[[Category:Vereadores do PSP]]

Edição atual tal como às 14h57min de 8 de janeiro de 2025

Conrado de Mira
Conrado de mira.jpg
Foto: Arquivo CVJ
Partido(s) PTB e PSP
Legislatura
Assinatura Conrado de mira assina.png

Em Joinville, Conrado de Mira foi vereador da 3ª Legislatura pós-Era Vargas.

Vereador

Conrado em Campanha para vereador, em 1954. (Jornal de Joinville, 12 de setembro de 1954)

3ª Legislatura (1955-1959): Mira foi o 3º vereador mais votado nas eleições de 1954, fazendo 837 votos.[1][2] Ele foi Presidente da Comissão de Redação e Leis e em 1956 foi 2º Secretário da Mesa diretora.[3] Era do PTB, e foi eleito pela AST, uma aliança eleitoral de seu partido com o PSD.

Conrado se caracterizou como autor de vários projetos e indicações. Por exemplo, em maio de 1955 ele pedia abertura de crédito para cobrir indenizações de servidores municipais, um projeto para criar uma casa para abrigar menores desamparados, aumentando o salário-família dos servidores, a criação de um departamento de trânsito, remodelação de ruas, e outros mais.[4]

Quando entendeu que a Aliança o traiu no primero ano da legislatura, Mira articulou a resposta no ano seguinte. Em 1955, o PSD fez acordos com a UDN sem seu consentimento ou conhecimento. No ano seguinte, Mira buscou unir-se aos udenistas, que formando maioria não mais precisariam de acordos com os pessedistas. (Ver também: "A AST se desfaz" e "A UDN domina as Comissões", no artigo da 3ª Legislatura.

Em agosto de 1958, Mira propôs a criação de mais dois feriados municipais: Corpus Christi e Assunção de Nossa Senhora. O projeto foi aprovado e se tornou a lei 484/1958. Mira já havia feito a mesma proposta em 1955, mas sem sucesso naquela ocasião.[5] Muitos anos mais tarde, em 1991, Baltasar Buschle disse que a ideia era colocá-lo numa sinuca: Sancionar o feriado e desagradar os católicos, ou vetar e contrariar os luteranos. Buschle disse que essa era mais uma das artimanhas da oposição na Câmara, que era maioria.[6] Se o projeto foi de Mira, e se Buschle entendia como vindo da oposição, isso parece indicar que Mira deixou novamente de apoiar o PSD, flutuando entre as bancadas conforme lhe fosse conveniente. Justamente em num projeto de lei de 1958, Mira assina como Vereador e Líder do PSP na Câmara Municipal, o que indica que em dado momento ele abandonou o PTB e trocou de sigla.[7]

Magnifying glass 01.svg.png Ver Também: Feriados Municipais em Joinville

Outros Mandatos

Prefeito

Eleições perdidas

  • 1947 - PTB - 324 votos. 3º mais votado. O vencedor, João Colin, fez pela UDN 5.266 votos. Norberto Bahchmann fez 3.068 votos pelo PSD.[8]
  • 1955 - 153 votos. 3º mais votado. Novamente vencedor, o udenista João Colin fez 8.603 votos. Segundo mais votado, Jota Gonçalves fez 6.116 votos.[9]

Homenagens

No bairro Costa e Silva, uma rua leva o nome do vereador Conrado de Mira.

A rua Vereador Conrado de Mira

Informações Biográficas

Conrado era sindicalista e sua força política derivava do operariado. Foi presidente da Associação Profissional dos Trabalhadores nas Indústrias de Olaria, Cerâmica e derivados de Joinville.[10] Em 1936 ele era secretário do Círculo Operário de Joinville. [11] Já em 1939, seu nome consta como presidente do "Syndicato Operários da Construcção Civil",[12] entidade da qual ele foi um dos membros fundadores, em 1931.[13]

Em 1941, Conrado de Mira viu-se envolvido num incidente que repercutiu na mídia, quando ofereceu-se para ajudar na organização da recém criada Associação dos Tecelões. O presidente Guilherme Corrêa acusou Mira de manipulador e alegou que ele pareceu querer ajudar, mas manipulou os assuntos em benefício próprio. Segundo o acusador, Mira acabou usando sua experiência não só para conseguir empregar-se na Associação com bom ordenado, como também de imiscuir-se onde não devia, tentando tomar as rédeas da situação. Mira também foi acusado de ser uma mau elemento, criador de casos e alguém que maltratava os associados. Mira acabou demitido.[14] Usando seu direito de resposta, Mira informou que iria processar Guilherme por caluniá-lo e chamá-lo de mau elemento, sendo que quando saiu, mira recebeu uma declaração que atestava "relevantes e perfeitos os serviços prestados pelo snr. Conrado de Mira a esta Associação. Entre muitos outros argumentos, Mira ainda lembrou que ser empregado (como ele foi da Associação) não é crime e que o próprio acusador era um.[15]

Em 1945 Mira constava no quadro de conselheiros fiscais do Caxias Futebol Clube.[16]

Getulista, nas comemorações de 10 de Novembro Conrado de Mira proferiu um discurso de apoio ao presidente Vargas.[17] 10 de Novembro celebrava a data da instalação da 3ª república, em 1957.

Sua esposa dona Irany, em entrevista ao jornalista Salvador Neto, descreveu Mira como sendo alguém muito animado, festeiro e alvoroçado. “Ele não parava nunca! Trabalhava direto, no sindicato, e trazia trabalho prá casa. Não tinha ano novo, nada. Só descansou quando morreu mesmo”. Nos anos da ditadura civil-militar, Mira foi preso enquanto estava no sindicato, levado para Florianópolis e depois para o Rio de Janeiro. Foi liberado só meses depois. Conrado de Mira faleceu de infarto fulminante em 1981. [18]

Vereadores da 3ª Legislatura
Ademar GarciaAluísio Condeixa PiresAloizius SehnenArno Waldemar DöhlerCélio BücheleConrado de MiraDagoberto José de CamposDario Geraldo SallesEugênio JurgensGustavo SchosslandHubert HubnerJosé (Jota) GonçalvesMatilde Amin Ghanem




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Conrado de Mira. Memória CVJ, 2025. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Conrado_de_Mira>. Acesso em: 15 de março de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2025)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2025)

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Referências

  1. Quais os Cidadãos Escolhidos por Joinville para a Futura Câmara. Jornal de Joinville, 09 de outubro de 1954.
  2. Resultados Oficiais em Joinville. A Notícia, 09 de outubro de 1954.
  3. Eleita Ante-Ontem a Nova Mesa da Câmara Municipal de Joinville. Jornal de Joinville, 09 de fevereiro de 1956.
  4. Câmara Municipal - Debatido o Caso da Interrupção da Rodovia Joinville-Itajaí. Jornal de Joinville, 27 de maio de 1955.
  5. Projeto 495/1958, arquivado na Câmara de Vereadores.
  6. Mudança de Feriado Provoca Polêmica. A Notícia, 6 de novembro de 1991.
  7. Projeto 494/1958, arquivado na Câmara de Vereadores.
  8. Resultados Finais das Eleições em Joinville. O Estado. Florianópolis. Edição de 11/05/1958. Visitado em 09/12/2021.
  9. Eleições em Joinville. O Estado. Florianópolis. Edição de 09/10/1955. Visitado em 02/05/2024.
  10. O Estado de Florianópolis Promissores os Primeiros Movimentos de Celso Ramos. Edição 14119, de 2 de março de 1961. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=884120&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=793211. Visitado em 09/12/2021
  11. A Notícia. Edição 2450, de 28 de novembro de 1936. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=12032. Visitado em 09/12/2021
  12. A Notícia. Edição 2739, de 20 de novembro de 1937. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=14856. Visitado em 09/12/2021
  13. Gente Nossa: Histórias de gente que fez e faz a cidade. Salvador Neto. Joinville: Legere / Nova Letra, 2014. ISBN: 978-85-67447-05-6
  14. A Notícia. A Associação dos Tecelões. Edição 3512, de 9 de julho de 1941. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=5666. Visitado em 09/12/2021
  15. A Notícia. A Associação dos Tecelões. Edição 3513, de 10 de julho de 1941. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&Pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&pagfis=5672. Visitado em 09/12/2021
  16. Correio do Povo Caixas F.C.. Edição 1307, de 6 de dezembro de 1945. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=886440&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=5857. Visitado em 09/12/2021
  17. A Notícia. Echos das commemorações. Edição 3334, de 15 de novembro de 1939. Site:http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=843709&pesq=%22Conrado%20de%20Mira%22&hf=memoria.bn.br&pagfis=20851. Visitado em 09/12/2021
  18. Memória: Conrado de Mira, o organizador do sindicalismo joinvilense Palavra Livre. Salvador Neto. Visitado em 14/12/2021