Mudanças entre as edições de "Henrique Alves Dingee"

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Em Joinville, '''Henrique Alves Dingee''' foi vereador da [[1920-1923 - 10ª Legislatura da Primeira República|10ª Legislatura da Primeira República]].  
Em Joinville, '''Henrique Alves Dingee''' foi vereador da [[1919-1923 - 10ª Legislatura da Primeira República|10ª Legislatura da Primeira República]].  


=Vereador=
=Vereador=
*'''10ª Legislatura da Primeira República (1920-1923):'''  
*'''10ª Legislatura da Primeira República (1919-1923):''' Em 1918, Dingee foi eleito com 357 votos.<ref> Notícias Locaes – Eleições. Actualidade, 6 de agosto de 1918.</ref>


=Informações Biográficas=
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===Sapatos e a Casa Dingee===
===Sapatos e a Casa Dingee===
[[Arquivo:Henrique dingee anuncio.png|left|238px|miniaturadaimagem|Anúncio em 1951. A Casa Dingee é de 1920, mas a Loja de Calçados é de 1903. (Anúncio no Álbum do Centenário de Joinville, em 1951.)]]
[[Arquivo:Henrique dingee anuncio.png|left|238px|miniaturadaimagem|Anúncio em 1951. O atual imóvel chamado Casa Dingee é de 1920, mas a Loja de Calçados é de 1903. (Anúncio no Álbum do Centenário de Joinville, em 1951.)]]
[[Arquivo:Henrique dingee casa dingee.JPG|238px|miniaturadaimagem|A Casa Dingee em 1924.(Foto: Alberto Diegel. Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)]]
[[Arquivo:Henrique dingee casa dingee.JPG|238px|miniaturadaimagem|A Casa Dingee em 1924.(Foto: Alberto Diegel. Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)]]
Dingee fez renome na cidade devido a sua sapataria e loja de sapatos, aberta em 1903. É de conhecimento que a Casa Dingee na rua do Príncipe era a sede de seu negócio, porém, ele tinha a "Sapataria Popular" na rua São Pedro, atual rua Ministro Calógeras.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/886173/788 Commercio de Joinville]. 1 de janeiro de 1910. Visitado em 24/09/2024</ref> Em 1910, Dingee anunciou que estava levando o negócio para a rua do Príncipe,<ref>[http://memoria.bn.gov.br/docreader/886173/816 Commercio de Joinville]. 1 de janeiro de 1910. Visitado em 24/09/2024</ref> mas anúncios posteriores continuaram falando de uma "Sapataria Popular" na rua São Pedo.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/886173/976 Commercio de Joinville]. 26 de novembro de 1910. Visitado em 24/09/2024</ref>  
Dingee fez renome na cidade devido a sua sapataria e loja de sapatos, aberta em 1903. É de conhecimento que a Casa Dingee na rua do Príncipe era a sede de seu negócio, porém, ele tinha a "Sapataria Popular" na rua São Pedro, atual rua Ministro Calógeras.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/886173/788 Commercio de Joinville]. 1 de janeiro de 1910. Visitado em 24/09/2024</ref> Em 1910, Dingee anunciou que estava levando o negócio para a rua do Príncipe,<ref>[http://memoria.bn.gov.br/docreader/886173/816 Commercio de Joinville]. 19 de fevereiro de 1910. Visitado em 24/09/2024</ref> mas anúncios posteriores continuaram falando de uma "Sapataria Popular" na rua São Pedro.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/886173/976 Commercio de Joinville]. 26 de novembro de 1910. Visitado em 24/09/2024</ref>  


Fica a incerteza de se (a) ele manteve duas lojas de calçados, (b) desistiu de mover a loja para a rua do Príncipe naquele momento, a despeito do anúncio, ou (c) se mudou loja, mas depois reabriu a primeira. Seja como tenha sido, se em 1910 ele abriu alguma loja na rua do Príncipe, ainda não seria na "Casa Dingee". Essa bela construção, que foi sua residência e abrigou também loja, seria edificada somente em 1920. A [https://maps.app.goo.gl/hpjN2mW5DbAFEBNf6 Casa Dingee] até hoje está de pé. Em 1982, o imóvel saiu das mãos da família, sendo vendido por Alice, filha de Henrique. A Casa Dingee é tombada como patrimônio histórico.
Fica a incerteza de se (a) ele manteve duas lojas de calçados, (b) desistiu de mover a loja para a rua do Príncipe naquele momento, a despeito do anúncio, ou (c) se mudou loja, mas depois reabriu a primeira. Seja como tenha sido, uma loja na rua do Príncipe passou com o tempo a chamar-se "Casa Dingee".<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/305766/1256 Gazeta do Commercio], 8 de dezembro de 1917. Visitado em 24/09/2024</ref> Porém, a bela construção também chamada de "Casa Dingee", que foi residência e abrigou também a sapataria, seria edificada somente em 1920. A [https://maps.app.goo.gl/hpjN2mW5DbAFEBNf6 Casa Dingee] até hoje está de pé. Em 1982, o imóvel saiu das mãos da família, sendo vendido por Alice, filha de Henrique. A Casa Dingee é tombada como patrimônio histórico.


Um pouco mais da história das vivências da família na casa Dingee pode ser [https://web.archive.org/web/20240924162255/https://ndmais.com.br/noticias/casa-dingee-uma-referencia-em-calcados-na-joinville-do-inicio-do-seculo-20/ lida aqui (clique)], na matéria de Ana Cristina Dias, para o portal de notícias ND+.
Um pouco mais da história e das vivências da família na casa Dingee pode ser [https://web.archive.org/web/20240924162255/https://ndmais.com.br/noticias/casa-dingee-uma-referencia-em-calcados-na-joinville-do-inicio-do-seculo-20/ lida aqui (clique)], na matéria de Ana Cristina Dias, para o portal de notícias ND+.


===Saudando a Mandioca===
===Saudando a Mandioca===
[[Arquivo:Henrique dingee casa fundos.jpg|238px|miniaturadaimagem|Os fundos da Casa Dingee, lugar bom pra plantar aipim.(Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)]]
[[Arquivo:Henrique dingee casa fundos.jpg|238px|miniaturadaimagem|Os fundos da Casa Dingee, lugar bom pra plantar aipim.(Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)]]
As terras do centro de Joinville talvez fossem adequadas para algumas agriculturas. Em 1937, uma mandioca cultivada no fértil quintal do Dingee se ramificou, e suas raízes geraram 26 quilos de mandioca. Apelidade de "Madioca Monstro" pelo jornal A Notíca, aquela raiz ficou exposta na loja de calçados de Dingee, na rua do Príncipe.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/843709/13642 Mandioca Monstro]. A Notícia, 22 de junho de 1937. Visitado em 24/09/2024</ref>  
As terras do centro de Joinville talvez fossem adequadas para algumas agriculturas. Em 1937, uma mandioca cultivada no fértil quintal do Dingee se ramificou, e suas raízes geraram 26 quilos de mandioca. Apelidada de "Madioca Monstro" pelo jornal A Notícia, aquela raiz ficou exposta na loja de calçados de Dingee, na rua do Príncipe.<ref>[http://memoria.bn.gov.br/DocReader/843709/13642 Mandioca Monstro]. A Notícia, 22 de junho de 1937. Visitado em 24/09/2024</ref>


===Outros Fatos Importantes===
===Outros Fatos Importantes===

Edição atual tal como às 01h18min de 12 de fevereiro de 2025

Henrique Alves Dingee
Henrique dingee.jpg
Foto: Acervo de Vitor Fernando.[1]
Partido(s)
Legislaturas 10ª legislatura da Primeira República

Em Joinville, Henrique Alves Dingee foi vereador da 10ª Legislatura da Primeira República.

Vereador

  • 10ª Legislatura da Primeira República (1919-1923): Em 1918, Dingee foi eleito com 357 votos.[2]

Informações Biográficas

Henrique Dingee nasceu em 28 de abril de 1872 e era natural de São José–SC.[1]

Sapatos e a Casa Dingee

Anúncio em 1951. O atual imóvel chamado Casa Dingee é de 1920, mas a Loja de Calçados é de 1903. (Anúncio no Álbum do Centenário de Joinville, em 1951.)
A Casa Dingee em 1924.(Foto: Alberto Diegel. Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)

Dingee fez renome na cidade devido a sua sapataria e loja de sapatos, aberta em 1903. É de conhecimento que a Casa Dingee na rua do Príncipe era a sede de seu negócio, porém, ele tinha a "Sapataria Popular" na rua São Pedro, atual rua Ministro Calógeras.[3] Em 1910, Dingee anunciou que estava levando o negócio para a rua do Príncipe,[4] mas anúncios posteriores continuaram falando de uma "Sapataria Popular" na rua São Pedro.[5]

Fica a incerteza de se (a) ele manteve duas lojas de calçados, (b) desistiu de mover a loja para a rua do Príncipe naquele momento, a despeito do anúncio, ou (c) se mudou loja, mas depois reabriu a primeira. Seja como tenha sido, uma loja na rua do Príncipe passou com o tempo a chamar-se "Casa Dingee".[6] Porém, a bela construção também chamada de "Casa Dingee", que foi residência e abrigou também a sapataria, seria edificada somente em 1920. A Casa Dingee até hoje está de pé. Em 1982, o imóvel saiu das mãos da família, sendo vendido por Alice, filha de Henrique. A Casa Dingee é tombada como patrimônio histórico.

Um pouco mais da história e das vivências da família na casa Dingee pode ser lida aqui (clique), na matéria de Ana Cristina Dias, para o portal de notícias ND+.

Saudando a Mandioca

Os fundos da Casa Dingee, lugar bom pra plantar aipim.(Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)

As terras do centro de Joinville talvez fossem adequadas para algumas agriculturas. Em 1937, uma mandioca cultivada no fértil quintal do Dingee se ramificou, e suas raízes geraram 26 quilos de mandioca. Apelidada de "Madioca Monstro" pelo jornal A Notícia, aquela raiz ficou exposta na loja de calçados de Dingee, na rua do Príncipe.[7]

Outros Fatos Importantes

Helena Beck com o marido Dingee em 1938. (Foto: acervo de Vitor Fernando.[1]
  • 1906: Dingee se casou com Helena Beck, em Joinville.[1]
  • 1910: A luz elétrica era instalada na igreja católica em novembro, graças à doação de alguns cidadãos. Dingee figurou entre os doadores, auxiliando com dois mil réis.[8]
  • 1912: Dingee emprestou Cr$ 15.000,00 para o Clube Joinville, que estava prestes a construir sua sede (atual Casa Sofia). O empréstimo foi feito sob hipoteca dos bens do clube.[9]
  • 1915: Devido a uma seca no norte do país, joinvilenses foram incentivados a darem donativos para auxiliar as vítimas. Dingee ajudou com cinco mil réis.[10]

Morte

Henrique Dingee teve um "mal súbito" nos dias finais de abril de 1940.[11] Ele faleceu às 22h30 de 28 de julho de 1940, em Joinville. O atestado assinado pelo Dr. Plácido Gomes informava que Dingee sofrera "letus apoplético, pneumonia hipostática".[1]

Homenagens

Uma rua no bairro Guanabara leva o nome de Henrique Dingee.

Vereadores da 10ª Legislatura da Primeira República
Austergilio de MenezesEugênio MoreiraFrancisco Gomes de OliveiraHenrique Alves DingeeHumberto Chaves de GusmãoJosé Navarro LinsMário de Souza Lobo




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Henrique Alves Dingee. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Henrique_Alves_Dingee>. Acesso em: 8 de abril de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

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Referências

  1. Ir para: 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Henrique Alves Dingee. Familysearch. Visitado em 24/09/2024
  2. Notícias Locaes – Eleições. Actualidade, 6 de agosto de 1918.
  3. Commercio de Joinville. 1 de janeiro de 1910. Visitado em 24/09/2024
  4. Commercio de Joinville. 19 de fevereiro de 1910. Visitado em 24/09/2024
  5. Commercio de Joinville. 26 de novembro de 1910. Visitado em 24/09/2024
  6. Gazeta do Commercio, 8 de dezembro de 1917. Visitado em 24/09/2024
  7. Mandioca Monstro. A Notícia, 22 de junho de 1937. Visitado em 24/09/2024
  8. Lista. Commercio de Joinville, 19 de março de 1910. Visitado em 20/09/2024
  9. Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
  10. Em Pról da Victimas da Secca. Gazeta do Commercio, 17 de julho de 1915. Visitado em 24/09/2024
  11. Página de Florianópolis. A Notícia, 25 de abril de 1940. Visitado em 24/09/2024