Henrique Alves Dingee
Henrique Alves Dingee | |
Foto: Acervo de Vitor Fernando.[1] | |
Partido(s) | |
Legislaturas | 10ª legislatura da Primeira República |
Em Joinville, Henrique Alves Dingee foi vereador da 10ª Legislatura da Primeira República.
Vereador
- 10ª Legislatura da Primeira República (1919-1923): Em 1918, Dingee foi eleito com 357 votos.[2]
Informações Biográficas
Henrique Dingee nasceu em 28 de abril de 1872 e era natural de São José–SC.[1]
Sapatos e a Casa Dingee
Dingee fez renome na cidade devido a sua sapataria e loja de sapatos, aberta em 1903. É de conhecimento que a Casa Dingee na rua do Príncipe era a sede de seu negócio, porém, ele tinha a "Sapataria Popular" na rua São Pedro, atual rua Ministro Calógeras.[3] Em 1910, Dingee anunciou que estava levando o negócio para a rua do Príncipe,[4] mas anúncios posteriores continuaram falando de uma "Sapataria Popular" na rua São Pedro.[5]
Fica a incerteza de se (a) ele manteve duas lojas de calçados, (b) desistiu de mover a loja para a rua do Príncipe naquele momento, a despeito do anúncio, ou (c) se mudou loja, mas depois reabriu a primeira. Seja como tenha sido, uma loja na rua do Príncipe passou com o tempo a chamar-se "Casa Dingee".[6] Porém, a bela construção também chamada de "Casa Dingee", que foi residência e abrigou também a sapataria, seria edificada somente em 1920. A Casa Dingee até hoje está de pé. Em 1982, o imóvel saiu das mãos da família, sendo vendido por Alice, filha de Henrique. A Casa Dingee é tombada como patrimônio histórico.
Um pouco mais da história e das vivências da família na casa Dingee pode ser lida aqui (clique), na matéria de Ana Cristina Dias, para o portal de notícias ND+.
Saudando a Mandioca
As terras do centro de Joinville talvez fossem adequadas para algumas agriculturas. Em 1937, uma mandioca cultivada no fértil quintal do Dingee se ramificou, e suas raízes geraram 26 quilos de mandioca. Apelidade de "Madioca Monstro" pelo jornal A Notíca, aquela raiz ficou exposta na loja de calçados de Dingee, na rua do Príncipe.[7]
Outros Fatos Importantes
- 1906: Dingee se casou com Helena Beck, em Joinville.[1]
- 1910: A luz elétrica era instalada na igreja católica em novembro, graças à doação de alguns cidadãos. Dingee figurou entre os doadores, auxiliando com dois mil réis.[8]
- 1912: Dingee emprestou Cr$ 15.000,00 para o Clube Joinville, que estava prestes a construir sua sede (atual Casa Sofia). O empréstimo foi feito sob hipoteca dos bens do clube.[9]
- 1915: Devido a uma seca no norte do país, joinvilenses foram incentivados a darem donativos para auxiliar as vítimas. Dingee ajudou com cinco mil réis.[10]
Morte
Henrique Dingee teve um "mal súbito" nos dias finais de abril de 1940.[11] Ele faleceu às 22h30 de 28 de julho de 1940, em Joinville. O atestado assinado pelo Dr. Plácido Gomes informava que Dingee sofrera "letus apoplético, pneumonia hipostática".[1]
Homenagens
Uma rua no bairro Guanabara leva o nome de Henrique Dingee.
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Henrique Alves Dingee. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Henrique_Alves_Dingee>. Acesso em: 6 de dezembro de 2024. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2024) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2024) |
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Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Henrique Alves Dingee. Familysearch. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Notícias Locaes – Eleições. Actualidade, 6 de agosto de 1918.
- ↑ Commercio de Joinville. 1 de janeiro de 1910. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Commercio de Joinville. 19 de fevereiro de 1910. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Commercio de Joinville. 26 de novembro de 1910. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Gazeta do Commercio, 8 de dezembro de 1917. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Mandioca Monstro. A Notícia, 22 de junho de 1937. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Lista. Commercio de Joinville, 19 de março de 1910. Visitado em 20/09/2024
- ↑ Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
- ↑ Em Pról da Victimas da Secca. Gazeta do Commercio, 17 de julho de 1915. Visitado em 24/09/2024
- ↑ Página de Florianópolis. A Notícia, 25 de abril de 1940. Visitado em 24/09/2024