Mário de Souza Lobo
Mário de Souza Lobo | |
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Foto: Memória Política de Santa Catarina | |
Partido(s) | |
Legislaturas | 10ª legislatura da Primeira República |
Em Joinville, o major Mário de Souza Lobo foi vereador da 10ª Legislatura da Primeira República.
Vereador
- 10ª Legislatura da Primeira República (1919-1923): Em 1918, Mário Lobo foi eleito vereador ao conquistar 579 votos.[1] Ele foi 1º secretário em 1921.
Outros Mandatos
Deputado Estadual

- 1ª Legislatura da Primeira República (1891): 7.383 votos. Mário foi deputado constituinte e ajudou a confeccionar a primeira carta magna da história do estado de Santa Catarina. Tal constituição teve vida curtíssima, pois no ano seguinte, os federalistas já tinham tomado o poder em Desterro e promulgado nova constituição.
- Mário decidiu compareceu a uma das sessões durante a votação que ocorria em São Bento do Sul, estando naquela que fora instalada no salão Zipperer. Mais tarde entrou no recinto um grupo que com muito vozerio desejava garantir votação para seus candidatos. Enfrentados pelos mesários, os baderneiros entraram em luta corporal. Na confusão que se armou, sobrou até para Mário Lobo, que levou uma cadeirada na cabeça. (ou uma chicotada segundo outra fonte). A Gazeta de Joinville descreveu que Mario ficou "bastante offendido", ou seja, machucado, na face e nariz.[2][3]
- 8ª Legislatura da Primeira República (1910-1912): Eleito deputado, Mário foi novamente deputado constituinte. Em 1910, foi promulgada nova constituição estadual.
Informações Biográficas
Mário de Souza Lobo nasceu em 11 de junho de 1869 e era natural de Florianópolis.[nota 1] Ele foi advogado, Escrivão da Coletoria Provincial (a partir de 1883), Tabelião de Notas Registros e Imóveis e Diretor do Núcleo Colonial Barão do Rio Branco, localizado no distrito de Bananal (atual Guaramirim–SC). Em 1917, Mário era Agente do 5º Distrito do Comissariado do Estado. No mesmo ano, ele foi Presidente do Partido Republicano de Joinville.[4]
Mário Lobo também foi acionista da afamada Companhia Industrial Catharinense, uma empresa bem sucedida no ramo da Erva Mate, cujos sócios não raro estavam entre as lideranças políticas e econômicas da cidade.[5] Diversificando sua atuação comercial, com Otto Boehm ele se tornou agente da Companhia Geral de Seguros.[6]
Mário Lobo e a Educação em Joinville
No fim de 1906, chegou a Joinville o professor Orestes Guimarães para dirigir o Colégio Municipal. Orestes era representante do novo método educacional empregado no estado de São Paulo, e vinha para Joinville a convite da municipalidade, para implantar em Joinville as novidades no método de ensino. Orestes acabou ficando marcado na história de Joinville, ganhando inclusive nome de rua no bairro América. Mas tudo começou com Mario Lobo e sua assinatura do Jornal O Estado de São Paulo. Pelo jornal paulista, Mário ficou sabendo das inovações que lá estavam sendo realizadas, depois que uma comissão paulista havia estudo o método norte-americano de educação. Abdon Baptista comprou a ideia propagada por Mario e seu Jornal, o que levou à contratação de Orestes Guimarães.[7]
Outros Fatos Importantes
- 1886 - Membro-fundador do Clube Republicano.[8]
- 1895 - Mário foi promovido a Capitão-Ajudante da Guarda Nacional.[8]
- 1896 - Membro-fundador e primeiro secretário do Club União Joinvillense.[8]
- 1905: Mário foi um dos três membros de uma comissão do Club União Joinvillense que se uniria às comissões do Congresso Joinvillense e do Clube Republicano para criar o Clube Joinville.
Ver Também: Formação do Clube Joinville.
- 1910 - Mário consta como sócio da empresa Cesar de Souza & Cia, firma cujo sócio majoritário era Cesar Pereira de Souza.[9]
Morte
Mário Lobo faleceu em 26 de junho de 1923, em Joinville.[4]
Família
Um bisavô materno de Souza Lobo, Francisco da Silva França, foi três vezes Deputado na Assembleia Legislativa catarinense. Também foram deputados em Santa Catarina seu pai, Pedro José de Souza Lobo, seu tio Joaquim de Sousa Lobo, seu irmão Marinho de Souza Lobo e seu filho Rodrigo Lobo. Pedro, Marinho e Rodrigo também foram vereadores em Joinville, como Mário. Rodrigo Lobo foi senador da república.
Homenagens
Entre as atuais ruas Dr. João Colin e Blumenau existia uma trilha que com o tempo passou a dar passagem ao hospital Dona Helena. Como na esquina dessa trilha com a João Colin um comerciante chamado August Urban tinha um comércio, o caminho foi naturalmente sendo chamado de Auguststrasse.[10] Em 1924, um mapa de Joinville já mostrava que a rua recebera um novo nome: Mário Lobo, que havia falecido em 1923.
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Mário de Souza Lobo. Memória CVJ, 2025. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=M%C3%A1rio_de_Souza_Lobo>. Acesso em: 1 de abril de 2025. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2025) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2025) |
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Notas
- ↑ O site Memória Política de Santa Catarina informa que Mário nasceu em Joinville. O documento de óbito, disponível no Familysearch, informa que Mário era natural de Florianópolis.
Referências
- ↑ Notícias Locaes – Eleições. Actualidade, 6 de agosto de 1918.
- ↑ Desordens em S. Bento do Sul. Gazeta de Joinville, 15 de março de 1891. Visitado em 12/03/2025.
- ↑ Henrique Fendrich. Grupo São Bento no Passado. Facebook. Visitado em 12/03/2025.
- ↑ Ir para: 4,0 4,1 Memória Política de Santa Catarina. Visitado em 12/03/2025
- ↑ Companhia Industrial – Ata da Assembleia Geral Ordinaria. Commercio de Joinville, 10 de junho de 1905. Visitado em 13/03/2025.
- ↑ Commercio de Joinville, 12 de agosto de 1905. Visitado em 13/03/2025.
- ↑ Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. Curitiba: Gráf. Mundial, 1951.
- ↑ Ir para: 8,0 8,1 8,2 Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
- ↑ Notícias Locaes. Gazeta de Joinville, 15 de janeiro de 1910. Visitado em 12/03/2025.
- ↑ Maria Cristina Dias. Mario Lobo, o Caminho de Augusto. AN Cidade. A Notícia, 28 de junho de 1998.