Marinho de Souza Lobo

De Memória CVJ
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Marinho Lobo
Marinho lobo.jpg
Arquivo Histórico de Joinville
Partido(s)
Legislaturas 12ª legislatura da Primeira República

Em Joinville, Marinho Parísio de Souza Lobo foi vereador da 12ª Legislatura da Primeira República.

Vereador

  • 12ª Legislatura da Primeira República (1927-1930): Em 1926, Marinho fez 2052 votos, elegendo-se conselheiro municipal.[1] Marinho foi presidente do Conselho de 1927 a 1928.

Outros Mandatos

Superintendente Municipal (Prefeito)

  • 1922 - 1º substituto do superintendente Abdon Batista, seu sogro. Assumiu a superintendência no último ano daquele mandato (1918-1922) após a morte de Abdon, em 1922.
  • 1923-1926 - PRC (Republicano Catarinense)[2]

Deputado Estadual

  • 13ª Legislatura (1925-1927) - PRC (Republicano Catarinense) - 14.979 votos votos.[3]
  • 14ª Legislatura (1928-1930) - PRC (Republicano Catarinense) - 17.707 votos.[3] Marinho foi deputado constituinte no "Emendão" de 1928, uma emenda constitucional que alterou quase a totalidade do texto anterior.

Informações Biográficas

Marinho nasceu em 11 de junho de 1887, em Campo Alegre–SC.[4]

Marinho começou seus estudos na escola pública dirigida pelo padre Carlos Boerghausen.[5] Ele fez o estudo secundário no Colégio Viana, em Curitiba–PR. O curso superior foi feito na Faculdade de Direito de São Paulo–SP. Marinho alcançou a graduação de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito).

Em 1925, Marinho atendia na rua Engenheiro Niemeyer. (Imagem: Jornal A Notícia)

Em 1911 Marinho assumiu como Promotor Público de São Bento do Sul–SC. De 1912 a 1913 ele foi Diretor do Grupo Escolar Conselheiro Mafra e Professor da Escola Complementar, em Joinville. De 1913 a 28 de agosto de 1919 foi administrador dos Correios de Santa Catarina. Marinho foi o redator do jornal A Gazeta do Comércio e foi um dos primeiros diretores e fundadores do jornal O Estado, em 1914. Em 1920 ele atuou como Promotor Público interino da Câmara Municipal de Joinville.

Marinho foi chefe de Polícia, em Joinville, de 27 de janeiro a 26 de maio de 1930, cargo que precisou deixar para ocupar a de Secretário de Estado do Interior e Justiça, de maio até setembro daquele mesmo ano. Em 1930, foi eleito presidente do Clube Joinville. De 1935 a 1937 Marinho foi Desembargador da Corte de Apelação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Depois disso, ele reabriu se escritório de advocacia. Em 1937 Marinho foi eleito presidente do Rotary Clube e do Joinville Tênis Clube.[3]

No "Álbum do Centenário de Joinville", uma obra editada a pedido da Sociedade Amigos de Joinville para celebrar os cem anos de Joinville, Marinho colacorou com dois artigos sobre a história da cidade: Colonia Dona Francisca" e "Energia Elétrica em Joinville (inauguração)”.[6]

Morte

Marinho faleceu em 19 de fevereiro de 1959, em Joinville.[4]

Família

Marinho é filho de Pedro Lobo, que presidiu a Câmara de 1895 a 1898. Seu irmão Mário de Souza Lobo também foi vereador na cidade e deputado estadual e seu sobrinho Rodrigo ocupou mandato no legislativo das três esferas, chegando ao senado. Seu sogro era Abdon Baptista, e através de sua mãe ele se liga aos Oliveiras, outra família que liderou econômica e politicamente a cidade.

Homenagens

Três mudanças de nome: Arago, Missões e Marinho Lobo (Mapas de 1903, 1947 e 2025 (Google Maps), respectivamente)

Administrador das posses dos príncipes em Joinville, Frederico Brüstlein loteou as terras que ficavam nas proximidades do atual Museu Nacional de Imigração e Colonização. para isso, ele precisou abrir ruas, entre elas uma que ele chamou de Arago, em homenagem a um de seus professores da afamada Escola Politécnica de Paris. Mais tarde, Brüstlein firmou acordo com a municipalidade e gradualmente a rua Arago e outros do entorno foram sendo passadas para o poder público. Mais tarde, a rua passou a se chamar das Missões e integrava o trajeto da procissão de Corpus Christi, que partia da igreja na rua do Príncipe, passava pela rua em questão, acessava a atual Rio branco e voltava ao ponto original através da rua 3 de Maio.[7]

Porém, desde 1958, a rua passou a ser chamada de Marinho Lobo.[8] O homenageado tinha sua residência que dava os fundos para essa rua. Curiosamente, um ano depois da homenagem, Marinho veio a falecer.

Magnifying glass 01.svg.png Ver Também: 3ª Legislatura Monárquica - Ruas Particulares Passando para o Poder Público
Magnifying glass 01.svg.png Ver Também: 5ª Legislatura Monárquica - Ruas Particulares Passam para o Poder Público


Presidente da Câmara Municipal de Joinville na 1ª República
Precedido por
Hans Jordan
Presidente de 1927 a 1928 Sucedido por
Gustavo Richlin
Vereadores da 12ª Legislatura da Primeira República
Eduardo SchwartzGustavo RichlinHans JordanMax ColinMarinho de Souza LoboPlácido Gomes de OliveiraRicardo KarmannRoberto SchmidlinRodolpho SchlemmSérgio Vieira




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Marinho de Souza Lobo. Memória CVJ, 2025. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Marinho_de_Souza_Lobo>. Acesso em: 1 de abril de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2025)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2025)

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Referências

  1. Eleição Municipal. Jornal de Joinville, 8 de novembro de 1926.
  2. Dr. Marinho Lobo. A Notícia, 11 de junho de 1927. Visitado em 29/11/2024
  3. Ir para: 3,0 3,1 3,2 Memória Política de Santa Catarina. Visitado em 28/11/2024
  4. Ir para: 4,0 4,1 Marinho Parísio de Souza Lobo. Familysearch. Visitado em 28/11/2024
  5. Dr. Marinho Lobo. A Notícia, 11 de junho de 1927. Visitado em 29/11/2024
  6. Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. Curitiba: Gráf. Mundial, 1951.
  7. Maria Cristina Dias. Rua Marinho Lobo. AN Cidade. A Notícia, 26 de abril de 1998.
  8. Planta da Cidade de Joinville. 1958.