Mudanças entre as edições de "Primeiros Semáforos de Santa Catarina"

De Memória CVJ
Ir para navegação Ir para pesquisar
Linha 39: Linha 39:
Já instalada a novidade, motoristas, ciclistas e pedestres procuraram respeitar a nova sinalização, mas uma matéria no Jornal A Notícia dava conta de que ainda seria necessária uma maior familiaridade do joinvilense com os semáforos, para permitir maior eficiência do serviço. Curioso para os dias atuais foi a necessidade de informar o público sobre o que significavam as cores (vide imagem).<ref name="AN"></ref>
Já instalada a novidade, motoristas, ciclistas e pedestres procuraram respeitar a nova sinalização, mas uma matéria no Jornal A Notícia dava conta de que ainda seria necessária uma maior familiaridade do joinvilense com os semáforos, para permitir maior eficiência do serviço. Curioso para os dias atuais foi a necessidade de informar o público sobre o que significavam as cores (vide imagem).<ref name="AN"></ref>


A campanha de arrecadação para outros sinaleiros continuaria, assumindo a SAJ a responsabilidade por cobrar impostos sobre bicicletas, cobrando na ocasião uma taxa extra destinada aos semáforos.
A campanha de arrecadação para outros sinaleiros continuaria, assumindo a SAJ a responsabilidade por cobrar impostos sobre bicicletas, cobrando na ocasião uma taxa extra destinada aos semáforos.<ref group="nota">Na ocasião da outorga do título de [[Cidadão Benemérito]] à Albano, o jornal A Notícia (09/04/1978 - clipagem do Arquivo histórico de Joinville) menciona que os seis primeiros semáforos de Joinville foram instalados com o restante do dinheiro dos festejos des centenário, organizados pela SAJ. O discurso proferido pelo vereador [[Celso José Pereira|Celso Pereira]], na mesma ocasião, voltava a repetir essa ideia. Porém, o orçamento apresentado pela SAJ no jornal A Notícia, edição de 24 de fevereiro de 1956, deixa claro que a doação da SAJ pagou somente um dos primeiros três sinaleiros instalados em Joinville. Uma verba municipal e doações de empresas e comércios completaram o valor, sempre sob a organização da Comissão Pró Sinalização Semafórica da SAJ. Os demais semáforos foram adquiridos principalmente pelas taxas sobre as bicicletas, e aparecem no orçamento já menciona sob a rubrica que menciona o nome do delegado e a arrecadação anual. Conclui-se que dizer que os primeiros seis semáforos foram adquiridos com verba que sobrou dos festejos do centenário é uma declarçao imprecisa.
{{Ver Também}} ''[[Extinto o Imposto Sobre Bicicletas]]''
{{Ver Também}} ''[[Extinto o Imposto Sobre Bicicletas]]''



Edição das 16h29min de 26 de setembro de 2023

Em 1952, durante a 2ª Legislatura, Joinville experimentou inaugurou a sinalização eletrônica em Santa Catarina.[1][2]

A SAJ e a sua Comissão Pró Sinalização Semafórica

Em 1952, a SAJ formou a "Comissão Pró Sinalização Semafórica", com o objetivo de estudar e promover a instação de sinalização eletrônica em Joinville. Com 35 mil cruzeiros que restaram das festividades do centenário, a Comissão passou a angariar donativos de empresas e comércios de Joinville.

Jornal de Joinville: Semáforos estão chegando.

Em 16 de outubro chegava em joinville Alberto Horta, engenheiro da Hortafil S.A., que iniciava as análises prévias para a instalação dos semáforos em Joinville. Inicialmente, seriam três sinaleiros, na ruas Duque de Caxias (atual Dr. João Colin pós rua Princesa Isabel), avenida Getúlio Vargas e rua Cruzeiro (parte inicial da atual Dr. João Colin).[1]

O Projeto de Lei

Capa do Projeto de Lei 367/52.

Em outubro de 1952, um projeto de lei (367/52) do executivo transitou na Câmara, pedindo crédito especial de quarenta mil cruzeiros para instalar sinalização semáforos na cidade. Ao passar pela comissão de finanças projeto, o projeto ganhou parecer favorável. Manifestou-se aquela comissão dizendo que se tratava de "um serviço de utilidade pública de há muito reclamado e que merece todo apoio do Poder Público." A aprovação se deu em 4 de novembro e o projeto se tornou a lei Ordinária 359/1952.[3] Curiosamente, o projeto de lei não menciona a SAJ ou sua Comissão Pró Sinalização Semafórica.

Orçamento da Comissão Pró Sinalização Semafórica

Num balancete apresentado em 1955 podemos ver como foi a arrecadação e gastos em 1952. Com a verba doada pela SAJ somada ao crédito votado na Câmara, já era possível instalar dois semáforos. Mas houve outros donativos, como segue:

Doador Valor em Cruzeiros
Dr. João Colin 1.000,00
Henrique Meyer e Cia 3.000,00
Instituto Nacional do Pinho 2.000,00
SAJ 35.000,00
Henrique Meyer e Cia 3.000,00

Os gastos com a instalação dos três semáfotos, realizados pela Hortafil, foram de 100.248,00 cruzeiros.

Repercussão na Cidade

Pra quem não sabe ainda: No verde pode pra ir; no vermelho, pare.

Já instalada a novidade, motoristas, ciclistas e pedestres procuraram respeitar a nova sinalização, mas uma matéria no Jornal A Notícia dava conta de que ainda seria necessária uma maior familiaridade do joinvilense com os semáforos, para permitir maior eficiência do serviço. Curioso para os dias atuais foi a necessidade de informar o público sobre o que significavam as cores (vide imagem).[2]

A campanha de arrecadação para outros sinaleiros continuaria, assumindo a SAJ a responsabilidade por cobrar impostos sobre bicicletas, cobrando na ocasião uma taxa extra destinada aos semáforos.<ref group="nota">Na ocasião da outorga do título de Cidadão Benemérito à Albano, o jornal A Notícia (09/04/1978 - clipagem do Arquivo histórico de Joinville) menciona que os seis primeiros semáforos de Joinville foram instalados com o restante do dinheiro dos festejos des centenário, organizados pela SAJ. O discurso proferido pelo vereador Celso Pereira, na mesma ocasião, voltava a repetir essa ideia. Porém, o orçamento apresentado pela SAJ no jornal A Notícia, edição de 24 de fevereiro de 1956, deixa claro que a doação da SAJ pagou somente um dos primeiros três sinaleiros instalados em Joinville. Uma verba municipal e doações de empresas e comércios completaram o valor, sempre sob a organização da Comissão Pró Sinalização Semafórica da SAJ. Os demais semáforos foram adquiridos principalmente pelas taxas sobre as bicicletas, e aparecem no orçamento já menciona sob a rubrica que menciona o nome do delegado e a arrecadação anual. Conclui-se que dizer que os primeiros seis semáforos foram adquiridos com verba que sobrou dos festejos do centenário é uma declarçao imprecisa.

Magnifying glass 01.svg.png Ver Também: Extinto o Imposto Sobre Bicicletas


Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Primeiros Semáforos de Santa Catarina. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Primeiros_Sem%C3%A1foros_de_Santa_Catarina>. Acesso em: 28 de abril de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2023)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2023)


Referências

  1. Ir para: 1,0 1,1 Joinville Será em Breve Dotada do Serviço de Sinalização Elétrica. Jornal de Joinville, 17 de outubro de 1952.
  2. Ir para: 2,0 2,1 Bons Resultados da Sinalizaçao Luminosa do Trânsito. A Notícia, 13 de novembro de 1952.
  3. Projeto 367/1952, arquivado na Câmara de Vereadores.