Mudanças entre as edições de "Projeto de Lei 240/1950"

De Memória CVJ
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A fixa foi uma remuneração de 250 cruzeiros e a variável era paga a vereadores que não residiam no perímetro urbano ou suburbano, composta de 50 cruzeiros por comparecimento.<ref>Prefeitura Municipal de Joinville. '''Coleção de Leis e Decretos do ano de 1950.''' Lei nº 238, de 13 de novembro de 1950</ref> A parte variável já existia, sendo inclusive maior, pois a lei 147/1949 já estipulava que vereadores que residiam fora da sede receberiam 100 cruzeiros de ajuda de custo, mas a parte fixa era novidade.  
A fixa foi uma remuneração de 250 cruzeiros e a variável era paga a vereadores que não residiam no perímetro urbano ou suburbano, composta de 50 cruzeiros por comparecimento.<ref>Prefeitura Municipal de Joinville. '''Coleção de Leis e Decretos do ano de 1950.''' Lei nº 238, de 13 de novembro de 1950</ref> A parte variável já existia, sendo inclusive maior, pois a lei 147/1949 já estipulava que vereadores que residiam fora da sede receberiam 100 cruzeiros de ajuda de custo, mas a parte fixa era novidade.  


[[Arquivo:1950 vereadores impedidos.png|288px|miniaturadaimagem|Jornal de Joinville, na edição de 10 de novembro de 1950, informando as implicações trazidas pela lei.]]
[[Arquivo:1950 vereadores impedidos.png|288px|right|miniaturadaimagem|Jornal de Joinville, na edição de 10 de novembro de 1950, informando as implicações trazidas pela lei.]]
Isso acabou gerando problemas para vereadores eleitos para a legislatura seguinte: Os que já exerciam funções públicas não podiam renunciar ao subsídio de vereadores, não podiam acumular dois cargos remunerados e dificilmente poderiam deixar seu outro cargo para sobreviver somente com a baixa remuneração que esse subsídio de vereador representava. Dois vereadores pessedistas, [[Henrique Schneider Jr.]] e [[Edgar Klein]], votaram contra o projeto. Os dois serem do PSD não é acaso, já que com a nova lei, três vereadores desse partido eleitos no pleito de outubro de 1950 ficariam impedidos de assumir seus cargos.<ref name="jj">Jornal de Joinville. '''Estarão Impedidos de Tomar Posse Três Vereadores eleitos pelo PSD'''.  Edição de 10 de novembro de 1950.</ref>
Isso acabou gerando problemas para vereadores eleitos para a legislatura seguinte: Os que já exerciam funções públicas não podiam renunciar ao subsídio de vereadores, não podiam acumular dois cargos remunerados e dificilmente poderiam deixar seu outro cargo para sobreviver somente com a baixa remuneração que esse subsídio de vereador representava. Dois vereadores pessedistas, [[Henrique Schneider Jr.]] e [[Edgar Klein]], votaram contra o projeto. Os dois serem do PSD não é acaso, já que com a nova lei, três vereadores desse partido eleitos no pleito de outubro de 1950 ficariam impedidos de assumir seus cargos.<ref name="jj">Jornal de Joinville. '''Estarão Impedidos de Tomar Posse Três Vereadores eleitos pelo PSD'''.  Edição de 10 de novembro de 1950.</ref>



Edição das 17h30min de 15 de setembro de 2022

Capa do Projeto 240/1950, que criou subsídios para vereadores

Durante a 1ª Legislatura, em Novembro de 1950, os vereadores votaram o projeto de autoria de Plácido Olímpio de Oliveira, Gustavo Schossland, Fernando Nunes de Santana, Francisco Eberhardt e Afonso Jahn, e que se tornou a lei 238/1950, que estabeleceu um subsídio mensal para os vereadores, composto por uma parte fixa e outra variável.

A fixa foi uma remuneração de 250 cruzeiros e a variável era paga a vereadores que não residiam no perímetro urbano ou suburbano, composta de 50 cruzeiros por comparecimento.[1] A parte variável já existia, sendo inclusive maior, pois a lei 147/1949 já estipulava que vereadores que residiam fora da sede receberiam 100 cruzeiros de ajuda de custo, mas a parte fixa era novidade.

Jornal de Joinville, na edição de 10 de novembro de 1950, informando as implicações trazidas pela lei.

Isso acabou gerando problemas para vereadores eleitos para a legislatura seguinte: Os que já exerciam funções públicas não podiam renunciar ao subsídio de vereadores, não podiam acumular dois cargos remunerados e dificilmente poderiam deixar seu outro cargo para sobreviver somente com a baixa remuneração que esse subsídio de vereador representava. Dois vereadores pessedistas, Henrique Schneider Jr. e Edgar Klein, votaram contra o projeto. Os dois serem do PSD não é acaso, já que com a nova lei, três vereadores desse partido eleitos no pleito de outubro de 1950 ficariam impedidos de assumir seus cargos.[2]



Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Projeto de Lei 240/1950. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Projeto_de_Lei_240/1950>. Acesso em: 15 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Referências

  1. Prefeitura Municipal de Joinville. Coleção de Leis e Decretos do ano de 1950. Lei nº 238, de 13 de novembro de 1950
  2. Jornal de Joinville. Estarão Impedidos de Tomar Posse Três Vereadores eleitos pelo PSD. Edição de 10 de novembro de 1950.