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| Eduardo Trinks nasceu em 18 de fevereiro de 1811, em Waldenburg.<ref name="FS">[https://www.familysearch.org/tree/pedigree/landscape/MTK2-TBQ Árvore Genealógica de Eduard Gustav Friedrich Trinks.] Familysearch. Visitado em 02/07/2024</ref> Ele imigrou em 1854 para Joinville, a bordo da embarcação Florentin. A mesma leva trouxe [[Ottokar Dörffel]]. Ambos vieram de Glauchau, Saxônia. Trinks, com 43 anos, trouxe consigo a esposa Pauline e sete filhos.<ref>Helena Remina Richlin, Maria Thereza Böbel. [https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf Lista Digitalizada de Imigrantes], Arquivo Histórico de Joinville.</ref> Ele instalou-se com comércio de secos e molhados na rua do Porto, atual 9 de Março.<ref name="Ficker">Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.</ref> | | O Memória CVJ não conseguiu determinar qual Eduardo Trinks foi vereador. O patriarca que imigrou com Dörffel em 1854 faleceu em 1872.<ref name="FS">[https://www.familysearch.org/tree/pedigree/landscape/MTK2-TBQ Árvore Genealógica de Eduard Gustav Friedrich Trinks.] Familysearch. Visitado em 02/07/2024</ref><ref>Helena Remina Richlin, Maria Thereza Böbel. [https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf Lista Digitalizada de Imigrantes], Arquivo Histórico de Joinville.</ref> |
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| ===O Harmonia-Lyra===
| | A obra "Famílias brasileiras de origem germânica. Volume V." oferece mais Trinks com prenomes "Eduard", que poderia ser esse vereador: |
| O nome de Eduardo Trinks está fortemente entrelaçado com o do Harmonia-Lyra. Ele foi um dos membros-fundadores da Harmonie-Gesellsschaft, o clube embrionário da atual Harmonia-Lyra, e os primeiros sócios já o elegeram primeiro presidente da história da agremiação. Além disso, é possível que o Harmonie tenha iniciado suas atividades nos fundos do comércio de Trinks. Seu armazém foi o primeiro palco do grupo cultural.<ref>Machado, Edson Buch; Guerreiro, Walter de Quiroz. Hamonia-Lyra. Palco das Musas, desde 1858. Papelmaçã Edições, 2010.</ref><ref group="nota">Na obra "Hamonia-Lyra. Palco das Musas, desde 1858", os autores tiveram o cuidado de mostrar que há dois candidatos a local de fundação da Harmonie. Diz a obra, na página 13: "Quanto ao local de nascimento da entidade há divergência entre os dois tradicionais historiadores de Joinville, os já citados Elly Herkenhoff e Carlos Ficker. Ficker, tendo como fonte o livreto de José de Diniz, Era uma vez ... , de 1958, traz como local de criação da
| | Ferdinand '''Eduard''' Trinks, nascido em 1842, filho do patriarca; |
| Harmonie-Gessellschaft a sala dos fundos da casa comercial de Eduard Trinks. Já Dona Elly, aponta o salão de Adalbert Ravache. Ambos ficavam na Rua do Norte (Nordstrasse), atual Rua João Colin, o primeiro na esquina com a Rua do Meio (Mittelweg), atual Rua 15 de Novembro,
| | Gustav '''Eduard''' Bernhardt Trinks, nascido em 1871, filho do Ferdinand acima; |
| e o segundo uma quadra depois, na esquina da Rua Cachoeira (Cachoeirastrasse), atual Rua Princesa Izabel. O jornal Kolonie-Zeitung, na edição de 4 de junho de 1908, ao registrar os festejos do cinquentenário da entidade, reproduz relato do arquiteto Albert Krohne, único dos
| | Eduard Carl Georg Trinks, nascido em 1875, filho de Georg Trinks. |
| fundadores ainda vivo à época, que por sua vez cita o Sala o Ravache como local de fundação.
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| Já Ottokar Doerffel, que secretariou a dita reunião, em carta à sua mãe na Alemanha, datada de 21 de junho de i858, diz o seguinte: "No dia 25 de maio (de 1858) encenamos novamente uma comédia na casa dos Trinks, onde foi armado um aprazível teatro. Para esse fim formou-se especialmente uma associação, a qual foi denominada provisoriamente de "Sociedade Harmonia" (Harmoniegesellschaft). Uma grande sede com um salão grande e dois pequenos encontra-se em construção".
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| A obra conclui, na página 15, que a reunião de fundação se deu no Salão Ravache, e que o primeiro palco foi o armazém de Trinks</ref>
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| ===O Problema do abastecimento de Água===
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| Como a vila de Joinville sofria com o problemático abastecimento de água, durante a [[1869-1874 - 1ª Legislatura Monárquica|1ª Legislatura do período monárquico]] foi criada uma comissão para buscar uma solução, e Trinks foi convidado a integrá-la. A comissão decidiu aproveitar as águas do Morro do Boa Vista e canalizá-las até um poço no centro. O riacho que fornecia a água ainda hoje pode ser visto ladeando a rua Pastor Guilherme Rau, na subido do morro do Boa Vista.<ref name="Ficker"></ref>
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| ===Outros Fatos Importantes===
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| *1855 - Eduardo foi um dos sócios-fundadores a aprovar os estatutos definitivos da Sociedade Atiradores de Joinville, ou Schützen-Verein zu Joinville. (Ficker, 1965. p.167)<ref name="Ficker"></ref>
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| *1871 - Eleito para nova diretoria da Kultur-Verein (Sociedade Cultural), que estava prestes a ser dissolvida.<ref name="Ficker"></ref>
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| *1886 - Eduardo estava entre os fundadores da Sociedade Musical Lira, aquela se mais tarde se uniria à Harmonie para formar o Harmonia-Lyra.<ref name="Cent">Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. Curitiba: Gráf. Mundial, 1951.</ref>
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| Eduardo faleceu em 15 de maio de 1872.<ref name="FS"></ref>
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| ===Família===
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| A filha mais velha de Eduardo, Pauline, casou-se com [[Carlos Julio Parucker]], que foi procurador da Câmara por um tempo. Sua outra filha, Sophie, foi esposa de [[Alberto Kröhne]], o engenheiro. Helene se casou com [[Hermann August Lepper]], o fundador da Lepper; ela empresta nome ao hospital Dona Helena.<ref>Helena Remina Richlin, Maria Thereza Böbel. [https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf Lista Digitalizada de Imigrantes], Arquivo Histórico de Joinville.</ref>
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| Seu filho, [[Jorge Trinks|Georg]], também foi vereador em Joinville. Foi o comércio de Georg que sofreu o incêndio que deu início às discussões sobre a necessidade da formação de um corpo de bombeiros. Foi dele o primeiro automóvel da cidade.<ref name="Ficker"></ref> Seu neto, Adolf, foi sócio da Grossenbacher & Trinks, empresa que inaugurou a telefonia em Joinville. Liselott Trinks, afamada professora de Ballet, era neta de Eduardo.<ref name="SubsV">Famílias brasileiras de origem germânica. Volume V. Publicação do Instituto Hans Staden. São Paulo: 1967</ref>
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| {{:Quadro_6ª Legislatura da Primeira República}} | | {{:Quadro_6ª Legislatura da Primeira República}} |