Escola João Colin

De Memória CVJ
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A escola João COlin, por volta de 1970. Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.

Em Joinville, durante 2ª Legislatura, a Câmara de Vereadores autorizou a prefeitura a doar um terreno ao governo do estado para a construção de uma escola. Tal instituição recebeu mais tarde o nome de Escola João Colin, em homenagem ao prefeito da cidade que falecera em 1957.

A Construção da Escola

Croqui do terreno que receberia o grupo escolar, anexado ao projeto 380/53.
O detalhe do entorno, em mapa anexado ao projeto 380/53.

Em maio de 1954, o Jornal de Joinville noticiou que o governo do estado, chefiado por Irineu Bornhausen, tinha a intenção de criar uma escola em Joinville. Dizia a matéria:

"O governo do estado está interessado na construção de um grupo escolar na cidade de Joinville. Êsse estabelecimento de ensino, segundo conseguimos apurar ficará localizado no Itaum, um dos mais populosos bairros da cidade dos príncipes que vinha de há muito reclamando êsse melhoramento. Sabe-se que a construção do novo edifício escolar deverá ser iniciada dentro de pouco tempo."[1]

Na Câmara de Vereadores

Capa do projeto 380/53, que doava o terreno ao governo estadual.

É provável que houvera um acordo no qual o governo estadual construiria a escola, mas a prefeitura entraria com o terreno. Um mapa contido no Projeto de lei 380/53 contém informação que diz "Planta do terreno a ser adquirido pela prefeitura (...)", ou seja, não era o caso de ser um terreno que já integrava antecipadamente o patrimônio municipal. As terras ficavam no bairro Itaum e pertencia a Alois Kahlhofer Filho, que foi vereador na 1ª Legislatura. Hoje o terreno fica na rua Botafogo. O trecho dessa rua que passa na frente da escola só existia ainda no projeto. O outro trecho, que corta a São Paulo (ainda inexistente na época) e encontra seu termo na Rua Santa Catarina, na ocasião era uma particular. O rio Bucarein, não retificado, serpenteava no lado oeste do terreno.

Parece que o preço foi módico, já que o vereador Dias Barreto afirmou que se gastou Cr$ 118.532,20 por uma área de 11.853m², ou seja, Cr$ 10,00 por metro quadrado. Sem apelarmos para a conversão da moeda, podemos nos apegar ao comentário de Dias Barreto, que ao citar as cifras elogiou a compra.

Feita a aquisição, em junho, o prefeito Rolf Colin encaminhou à câmara o projeto de lei que recebeu o número de 380/53, no qual pedia autorização dos vereadores para realizar a doação deste terreno para o estado. A Comissão de Viação e Obras aprovou o projeto em 23 de junho. Foram seus membros os vereadores Henrique Meyer Júnior (presidente), Arno Waldemar Döhler e Arthur Eberhardt. Aprovado em plenário em outubro, o projeto se tornou a lei 380/1953.[2]

O Prefeito Recém-Falecido e o Nome da Escola

João Colin. Foto: Jornal de Joinville, 07-10-1955.
Manchete do Jornal de Joinville, de 24 de dezembro de 1957.

Prevista para ser inaugurada em 31 janeiro de 1958, a escola recebeu em dezembro de 1957 o nome de João Colin, que faleceu no dia 12 daquele mês. Foi a maneira que o poder público estadual encontrou para homenagear o popular ex-prefeito da cidade, que morreu no cargo da chefia do executivo municipal.[3]



Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Escola João Colin. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Escola_Jo%C3%A3o_Colin>. Acesso em: 3 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)


Referências

  1. Construção de um grupo escolar em Joinville, no bairro Itaum. Jornal de Joinville, 24 de maio de 1953.
  2. Projeto 380/1953, arquivado na Câmara de Vereadores.
  3. Homenagem do Governo do Estado a Memória do Dr. João Colin. Jornal de Joinville, 24 de dezembro de 1957.