Mudanças entre as edições de "Aumento no Número de Assessores"

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Ao longo da sua história, a Câmara passou por alterações no número de assessores comissionadores que poderia cada gabinete ter. A partir de 2025, esse número passou a ser de nove comissionados. Parte da história desse crescimento ou decréscimo desses assessores está narrada abaixo:<ref group="nota">Este artigo pretende reunir pesquisas históricas sobre o crescimento, ou decréscimo e irá crescendo conforme novas informações forem sendo encontradas.</ref>
Ao longo da sua história, a Câmara passou por alterações no número de assessores comissionadores que poderia cada gabinete ter. A partir de 2025, esse número passou a ser de nove comissionados. Parte da história desse crescimento ou decréscimo desses assessores está narrada abaixo:<ref group="nota">Este artigo pretende reunir pesquisas históricas sobre o crescimento, ou decréscimo e irá crescendo conforme novas informações forem sendo encontradas.</ref>


=As primeiras Legislaturas Pós-Vargas: CVJ com Um Só Servidor=
=Primeiras Legislaturas Pós-Vargas: Um Só Servidor=
Após a queda do Estado Novo e o restabelecimento da democracia, quando a Câmara de Joinville iniciou sua atual contagem das legislaturas, o poder legislativo municipal contava apenas com um servidor, Alpheu Carneiro Lins, ativo membro da UDN local. Lins era Diretor de Expediente, e seu nome está incluído em praticamente todo projeto de lei constante no arquivo da Câmara, quando ele informa e confirma o trânsito da indicação entre as comissões.<ref name="coluna">Coluna "Comentário do Dia". A Notícia, 18 de agosto de 1959.</ref>  
Após a queda do Estado Novo e o restabelecimento da democracia, quando a Câmara de Joinville iniciou sua atual contagem das legislaturas, o poder legislativo municipal contava apenas com um servidor, Alpheu Carneiro Lins, ativo membro da UDN local. Lins era Diretor de Expediente, e seu nome está incluído em praticamente todo projeto de lei constante no arquivo da Câmara, quando ele informa e confirma o trânsito da indicação entre as comissões.<ref name="coluna">Coluna "Comentário do Dia". A Notícia, 18 de agosto de 1959.</ref>  
Este funcionário não era assessor de vereadores, mas um servidor da Câmara de Vereadores.
Este funcionário não era assessor de vereadores, mas um servidor da Câmara de Vereadores.

Edição das 13h03min de 19 de novembro de 2024

ARTIGO EM EDIÇÃO

Ao longo da sua história, a Câmara passou por alterações no número de assessores comissionadores que poderia cada gabinete ter. A partir de 2025, esse número passou a ser de nove comissionados. Parte da história desse crescimento ou decréscimo desses assessores está narrada abaixo:[nota 1]

Primeiras Legislaturas Pós-Vargas: Um Só Servidor

Após a queda do Estado Novo e o restabelecimento da democracia, quando a Câmara de Joinville iniciou sua atual contagem das legislaturas, o poder legislativo municipal contava apenas com um servidor, Alpheu Carneiro Lins, ativo membro da UDN local. Lins era Diretor de Expediente, e seu nome está incluído em praticamente todo projeto de lei constante no arquivo da Câmara, quando ele informa e confirma o trânsito da indicação entre as comissões.[1] Este funcionário não era assessor de vereadores, mas um servidor da Câmara de Vereadores.

1988: Comissionados por Bancada

Cerca de trinta anos depois, os vereadores indicavam servidores comissionados para bancadas, não para seus gabinetes. Partido com três vereadores ou mais tinham direito a Assessor e Secretário. Partidos com dois ou menos, só teriam direito ao Assessor de Bancada.[2]

1989: Vendeta contra o PT

Em 1989, João Fachini e o presidente João Pessoa Machado divergiram sobre o pagamento de sessões, ordinárias para o petista, e extraordinárias para o presidente da CVJ. Fachini decidiu devolver a importância paga a mais, e pediu um parecer jurídico da casa.[3] A divergência entre eles chegou aos tribunais, com derrota para Fachini.[4]

Na esteira dos acontecimentos, Wilmar D'angelis,

Magnifying glass 01.svg.png Ver artigo principal: Pagamento por Sessões Extraordinárias em 1989


1990 - Trem da Alegria?

2007: Treze Assessores

Em 2007, durante 15ª Legislatura, foi aprovada a Resolução Nº 3, que permitia que os gabinetes tivessem treze assessores comissionados, desde que um valor específico, corrigido ano a ano, não fosse ultrapassado (12 mil reais, em 2007).

2014/2015: TAC - Sete no Máximo

João Carlos Gonçalves (esq.) e Rodrigo Fachini (dir.), presidentes do mandato que estava findando e do por vir, assinam acordo com o MP, em 20214

Em dezembro de 2014, estando a CVJ na sua 17ª Legislatura, foi assinado um Termo de Ajuste de Conduta pela Câmara de Vereadores, se comprometendo com o Ministério Público em limitar os assessores comissionados em no máximo sete. Além disso, seria criada normas claras sobre o controle de ponto e relatórios de atividades externas.[5]

2019: Redução?

Ninfo: Reduzir é possível.

Em 2019, na 18ª Legislatura, Ninfo König apresentou o Projeto de Resolução nº 12/2019, que pretendia diminuir de sete para quatro o número de assessores comissionados lotados nos gabinetes. Ninfo dizia que seu gabinete era a prova de que tal diminuição era possível. A proposta passou por algumas comissões, mas em 2023 ficou esperando trancada na Comissão de Finanças, aguardando relatoria, conforme o último movimento registrado.[6]

2022: De Sete para Oito

Em dezembro de 2022, durante a 19ª Legislatura, a Câmara aprovou uma mudança no Resolução nº 30, que dispõe sobra a Assessoria Parlamentar. A alteração aumentaria de sete para oito o número de Assessores que cada gabinete poderia ter.[7]

Passou a dizer o caput do artigo 2º da referida resolução:

"Art. 2º Fica limitado em oito (8) o total de Assessores por Gabinete, sendo um (1) Chefe de Gabinete, dois (2) Assessores Parlamentares de Apoio Técnico, quatro (4) Assessores Parlamentares de Apoio Operacional e (1) um Assessor que poderá ser de Apoio Técnico ou de Apoio Operacional, devendo o Parlamentar, no ato de nomeação do oitavo servidor, definir seu regime de trabalho e suas atribuições, inclusive para que coincidam com as de Assessor Parlamentar de Apoio Técnico ou Assessor Parlamentar de Apoio Operacional."

2024: De Oito Para Nove

Estando a 19ª Legislatura no seu epílogo, em novembro de 2024, a Câmara aprovou um aumento no número de assessores, de oito para nove por gabinete. Em 4 de novembro de 2024, a mesa diretora e outros vereadores co-assinaram o projeto de Resolução nº 3/2024. A justificativa era de que a população de Joinville tinha uma população estimada em 654.888 habitantes, mas somente 19 vereadores. Com as demandas da sociedade sempre crescendo, mas o número de vereadores se mantendo inalterado, entenderam os vereadores que o número de assessores por gabinete era inadequado para recepcionar os anseios dos munícipes.[8]

No dia 6 de novembro de 2024, o plenário aprovou a alteração, permitindo que a partir de 2025 cada vereador possa ter nove assessores. O projeto foi aprovado com 11 votos favoráveis e cinco contra.

  • Votaram à Favor do Projeto:

Adilson Girardi (MDB) • Cassiano Ucker (PL) • Cláudio Aragão (MDB) • Henrique Deckmann (MDB) • Kiko do Restaurante (PSD) • Lucas Souza (Republicanos) • Nado (PSD) • Ascendino Batista (PSD) • Pelé (MDB) • Tânia Larson (União) • Wilian Tonezi (PL)

  • Votaram contra o Projeto:

Alisson (Novo) • Ana Lucia Martins (PT) • Érico Vinicius (Novo) • Luiz Carlos Sales (PRD) • Neto Petters (Novo)
Destes, Ana Lúcia, Érico e Sales constaram entre os autores da proposta. Ana disse que depois verificou a orientação do partido e fez uma reavaliação do assunto, retirando depois disso seu apoio. Érico, como outros vereadores do seu partido, não concordaram com o aumento de assessores, mas ele assinou o projeto como membro da mesa diretora, para dar vazão aos trabalhos.

O presidente Diego Machado só votaria em caso de empate.[9]



Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Aumento no Número de Assessores. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Aumento_no_N%C3%BAmero_de_Assessores>. Acesso em: 12 de abril de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Notas

  1. Este artigo pretende reunir pesquisas históricas sobre o crescimento, ou decréscimo e irá crescendo conforme novas informações forem sendo encontradas.

Referências

  1. Coluna "Comentário do Dia". A Notícia, 18 de agosto de 1959.
  2. Lei Municipal nº 2280, de 22 de novembro de 1988. Visitado em 18/11/2024
  3. Requerimento Questiona a Sessão Extra. A Notícia, 7 de abril de 1989.
  4. Sessões Extras Forma Consideradas Legais. A Notícia, 26 de abril de 1990.
  5. Assinado TAC do número de comissionados. Câmara de Vereadores de Joinville. Arquivado do original. Visitado em 12/11/2024.
  6. Projeto de Resolução Nº 12/2019, Câmara de Vereadores de Joinville. Visitado em 12/11/2024
  7. Resolução nº 99, de 20 de dezembro de 2022. Visitado em 12/11/2024
  8. Projeto de Resolução Nº 3/2024. Câmara de Vereadores de Joinville. Visitado em 11/11/2024.
  9. Vereadores de Joinville aprovam aumento no número de assessores. ND+. Arquivado do [1]. Visitado em 11/11/2024.