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===Uma Família Empreendedora===
===Uma Família Empreendedora===
Eduardo e seu pai, João (Johann) tinham um plano bem definido: Empreender na estrada Blumenau, nas proximidade de onde se tencionava abrir a estrada para Serra acima. As perspectivas de contato com o planalto e a proximidade com Joinville tornavam a ideia um bom projeto. Os Krischs montaram serraria, engenhos de açúcar e de aguardente. Mas e a estrada? Não passou por ali, isolando os empreendimentos, que fracassaram.<ref name="SubsIII">Famílias brasileiras de origem germânica: Subsídios Genealógicos. Volume III. Publicação conjunta do Instituto Genealógico Brasileiro e do Instituto Hans Staden. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, 1964</ref>
Eduardo e seu pai, João (Johann) tinham um plano bem definido: Empreender na estrada Blumenau, nas proximidade de onde se tencionava abrir a estrada para Serra acima. As perspectivas de contato com o planalto e a proximidade com Joinville tornavam a ideia um bom projeto. Os Krischs montaram serraria, engenhos de açúcar e de aguardente. Mas e a estrada? Não estava passando de Neudorf, isolando os empreendimentos, que fracassaram.<ref name="SubsIII">Famílias brasileiras de origem germânica: Subsídios Genealógicos. Volume III. Publicação conjunta do Instituto Genealógico Brasileiro e do Instituto Hans Staden. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, 1964</ref> O planalto acabou sendo conectado via estrada Imperial Dona Francisca, passando por Pirabeiraba, diminuindo muito a importância de Neudorf e Estrada Blumenau.


Eduardo foi contratado pela “Sociedade Colonizadora de Hamburgo” para substituir o engenheiro Frederico Heeren na continuação da construção da Estrada do Sul, atual Rodovia do Arroz, de Brütherthal para adiante. Ele também executou os projetos para Hansa-Humbold, atual Corupá, e foi nomeado administrador da localidade. Nas suas muitas idas e vindas entre sua casa e  Hansa-Humbold, Eduardo adoeceu, e pediu demissão da função.
Eduardo foi contratado pela “Sociedade Colonizadora de Hamburgo” para substituir o engenheiro Frederico Heeren na continuação da construção da Estrada do Sul, atual Rodovia do Arroz, de Brütherthal para adiante. Ele também executou os projetos para Hansa-Humbold, atual Corupá, e foi nomeado administrador da localidade. Nas suas muitas idas e vindas entre sua casa e  Hansa-Humbold, Eduardo adoeceu, e pediu demissão da função.

Edição das 12h36min de 15 de maio de 2023

Eduardo Krisch
Eduardo krisch.jpg
Foto: Atelier Kehm. Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.
Partido
Legislatura 6ª legislatura Monárquica

Em Joinville, Eduardo Krisch foi vereador da 6ª Legislatura Monárquica.

Vereador

  • 6ª Legislatura Monárquica (1887-1890): Nas eleições de 1886, Krisch conquistou 16 votos, sendo o vereador mais votado naquele pleito.[1]

Informações Biográficas

Casamento de Eduardo, em 1864. Em destaque, a dispensa do impedimento de consanguinidade.

Eduardo Krisch nasceu em Römerstadt, Morávia (Império Austríaco, hoje dentro da Tchéquia) e imigrou no navio Caroline, em 1863, com seu pai, mãe e irmãos.[2] Ele se casou em Joinville com Gabriela Krisch, em 17 de julho de 1864. O sobrenome da noiva, o local de origem de ambos, e a dispensa de parentesco que consta no registro de casamento evidenciam a consanguinidade do casal.[3]

Uma Família Empreendedora

Eduardo e seu pai, João (Johann) tinham um plano bem definido: Empreender na estrada Blumenau, nas proximidade de onde se tencionava abrir a estrada para Serra acima. As perspectivas de contato com o planalto e a proximidade com Joinville tornavam a ideia um bom projeto. Os Krischs montaram serraria, engenhos de açúcar e de aguardente. Mas e a estrada? Não estava passando de Neudorf, isolando os empreendimentos, que fracassaram.[4] O planalto acabou sendo conectado via estrada Imperial Dona Francisca, passando por Pirabeiraba, diminuindo muito a importância de Neudorf e Estrada Blumenau.

Eduardo foi contratado pela “Sociedade Colonizadora de Hamburgo” para substituir o engenheiro Frederico Heeren na continuação da construção da Estrada do Sul, atual Rodovia do Arroz, de Brütherthal para adiante. Ele também executou os projetos para Hansa-Humbold, atual Corupá, e foi nomeado administrador da localidade. Nas suas muitas idas e vindas entre sua casa e Hansa-Humbold, Eduardo adoeceu, e pediu demissão da função.

Quando a Sociedade Colonizadora adquiriu as terras do Príncipe Schoerburg-Waldenburg, Eduardo foi contratado para organizar a colonização daquelas terras, no chamado "Distrito Piraí". A saúde dele havia melhorado sensivelmente. No desmatamento da região, valiosa foi a ajuda de seu filho João, que estava ainda em plena saúde. Isso permitiu a Eduardo concentrar-se em atividades mais administrativas, como confecção de mapas e demarcação de lotes.

Mais tarde, Eduardo foi convidado a integrar a administração da colônia Hamônia, em Blumenau, hoje cidade de Ibirama. Chegando lá, Krisch náo andou bem de saúde, e a conselho do Dr. Wigando Engelke, médico que residira na colônia Dona Francisca, Krisch regressou a Joinville. Ele faleceu 8 dias depois do regresso, aos 68 anos de idade, em 1903.[5]

Perdidas no Mato

Em 1880, duas moças de Neudorf foram visitar colonos recém-instalados no Caminho do Sul, atual Rodovia do Arroz. Como as duas não voltaram para casa, Eduardo Krisch reuniu um grupo de 8 homens e os 9 foram em busca das perdidas. Descobriram os rastros delas numa árvore onde elas dormiram. Como foram longe e não tinham mantimentos, os homens voltaram, e no dia seguinte, com o engenheiro Augusto Heeren e um grupo entre 40 e 50 pessoas, voltaram às buscas. As duas moças foram encontradas três dias depois numa casa perto das margens do rio Itapocu. Elas ouviram um canto de um galo e seguiram nessa direção, até encontrar a casa de um brasileiro. Com a barreira do idioma, o anfitrião foi busca de um intérprete, mas avistou a expedição. Para alívio dos pais, as meninas voltaram para casa sãs e salvas.[6]

Homenagens

Convergindo a esquerda na rua Itaiópolis, entramos na rua Eduardo Krisch)

Um logradouro no bairro América leva o nome de Rua Eduardo Krisch. O nome anterior era Rua Vitória.[7]


Vereadores da 6ª Legislatura Monárquica
Alberto KröhneCarlos KumlehnEduardo KrischJoão Eugênio Moreira JúniorFernando RognerFrancisco Gomes de OliveiraFrederico BrüstleinJohann ColinLudolfo Schultz




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Eduardo Krisch. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Eduardo_Krisch>. Acesso em: 9 de junho de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

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Referências

  1. Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.
  2. Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
  3. Casamento de Eduardo Krisch com Gabriela Krisch. Familysearch. Visitado em 11/05/2023
  4. Famílias brasileiras de origem germânica: Subsídios Genealógicos. Volume III. Publicação conjunta do Instituto Genealógico Brasileiro e do Instituto Hans Staden. São Paulo: Instituto Genealógico Brasileiro, 1964
  5. Nelci Seibel. Eduardo Krisch. Academia Joinvilense de Letras. Visitado em 22/03/2023
  6. Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 3 de agosto de 1880. Visitado em 11/05/2023
  7. Mapa da Prefeitura de Joinville, 1964. Desenhista D. U. Krüger. Prefeito Helmut Fallgatter.