Mudanças entre as edições de "1887-1890 - 6ª Legislatura Monárquica"

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[[Arquivo:6 leg mon - lote 1744.jpg|150px|miniaturadaimagem|O lote 1744 em vermelho no mapa, no fim da estrada do Sul, hoje SC-108]]
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Numa petição datada de 20 de março de 1888, Wilhem Lange solicitava à Câmara permissão para criar um cemitério em Brütherthal, em frente ao terreno 1744, o que foi deferido. Hoje o [https://maps.app.goo.gl/jBmoAHXpJqea6ybBA cemitério está em frente à igreja luterana dos Imigrantes].<ref>Ata da Sessão de 26 de março de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref> Wilhelm, chamado de Guilherme na Ata, era pastor, e veio para Joinville em 1886 para formar uma comunidade. Sua esposa Claire veio um ano depois. Brüderthal hoje integra o município de Guaramirim.<ref>Marcela Elias Santos Gonçalves; Marina Massimi. [https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6868 Memórias autobiográficas e cartas de Claire Lange: uma análise fenomenológica.]  Memorandum 36, 2019. Belo Horizonte: UFMG. ISSN 1676-1669. Visitado em 31/10/2023</ref>
Numa petição datada de 20 de março de 1888, Wilhem Lange solicitava à Câmara permissão para criar um cemitério em Brütherthal, em frente ao terreno 1744, o que foi deferido. Hoje o [https://maps.app.goo.gl/jBmoAHXpJqea6ybBA cemitério está em frente à igreja luterana dos Imigrantes].<ref>Ata da Sessão de 26 de março de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref> Wilhelm, chamado de Guilherme na Ata, era pastor, e veio para Joinville em 1886 para formar uma comunidade. Sua esposa Claire veio um ano depois. Brüderthal hoje integra o município de Guaramirim.<ref>Marcela Elias Santos Gonçalves; Marina Massimi. [https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6868 Memórias autobiográficas e cartas de Claire Lange: uma análise fenomenológica.]  Memorandum 36, 2019. Belo Horizonte: UFMG. ISSN 1676-1669. Visitado em 31/10/2023</ref>
===Abolição da Escravatura===
[[Arquivo:6 leg mon - lote 1744.jpg|150px|miniaturadaimagem|O lote 1744 em vermelho no mapa, no fim da estrada do Sul, hoje SC-108]]
Na Sessão Ordinária de 23 de maio de 1888 foi lido um telegrama da Presidência da Província que dizia:
Hoje às 12 horas e 40 minutos aprovou o senado o projecto de abolição. A Princeza Regente sancionou às 3 horas e 15 minutos.<ref>Ata da Sessão de 23 de maio de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref>
Era a primeira sessão após o dia 13. A cidade, é claro, já estava cientificado do teor de tal telegrama. Carlos Ficker (1965) afirmou que:
Na noite do dia 15, sob chuvisco e tempo nebuloso, percorreram a cidade de Joinville os negros e mulatos, moradores da redondeza, soltando foguetes e bombas, manifestando assim a sua alegria e dando vivas à Princesa Isabel e ao Conselheiro Antônio Prado.<ref name="Ficker"></ref>


===Abolição da Escravatura===
===Abolição da Escravatura===

Edição das 15h56min de 31 de outubro de 2023

A Legislatura de 1887 a 1890 foi a 6ª e última Legislatura do Período Monárquico.

Eleições

Krisch foi o mais votado no pleito de 1886.

As eleições de 1886 ocorreram em 1º de julho. Reunindo os efeitos da Lei Saraiva na diminuição do eleitorado com uma aparente falta de interesse dos eleitores, apenas 111 deles compareceram às urnas. Nesse dia, 5 vereadores se elegeram e foi marcado um segundo escrutínio para o dia 21 do mesmo mês, reunindo os que não atingiram o quociente necessário. Eduardo Krisch foi o vereador mais votado, com 16 votos.[1]

Presidência

Brüstlein presidiu a Câmara na sua última legislatura monárquica.

EM janeiro de 1887, os vereadores elegeram Frederico Brüstlein como seu presidente, sendo Alberto Kröhne o vice.[2]

Vereadores

O número de votos fora dos parênteses se refere ao alcançado no primeiro pleito. Entre parênteses estão os votos conquistados na segunda eleição, para os que não conseguiram quociente na primeira:

Aconteceu Nessa Legislatura

Cemitério de Brütherthal

O lote 1744 em vermelho no mapa, no fim da estrada do Sul, hoje SC-108

Numa petição datada de 20 de março de 1888, Wilhem Lange solicitava à Câmara permissão para criar um cemitério em Brütherthal, em frente ao terreno 1744, o que foi deferido. Hoje o cemitério está em frente à igreja luterana dos Imigrantes.[3] Wilhelm, chamado de Guilherme na Ata, era pastor, e veio para Joinville em 1886 para formar uma comunidade. Sua esposa Claire veio um ano depois. Brüderthal hoje integra o município de Guaramirim.[4]

Abolição da Escravatura

O lote 1744 em vermelho no mapa, no fim da estrada do Sul, hoje SC-108

Na Sessão Ordinária de 23 de maio de 1888 foi lido um telegrama da Presidência da Província que dizia:

Hoje às 12 horas e 40 minutos aprovou o senado o projecto de abolição. A Princeza Regente sancionou às 3 horas e 15 minutos.[5]

Era a primeira sessão após o dia 13. A cidade, é claro, já estava cientificado do teor de tal telegrama. Carlos Ficker (1965) afirmou que:

Na noite do dia 15, sob chuvisco e tempo nebuloso, percorreram a cidade de Joinville os negros e mulatos, moradores da redondeza, soltando foguetes e bombas, manifestando assim a sua alegria e dando vivas à Princesa Isabel e ao Conselheiro Antônio Prado.[2]

Abolição da Escravatura

O lote 1744 em vermelho no mapa, no fim da estrada do Sul, hoje SC-108

Na Sessão Ordinária de 23 de maio de 1888 foi lido um telegrama da Presidência da Província que dizia:

Hoje às 12 horas e 40 minutos aprovou o senado o projecto de abolição. A Princeza Regente sancionou às 3 horas e 15 minutos.

Era a primeira sessão após o dia 13. A cidade, é claro, já estava cientificado do teor de tal telegrama. Carlos Ficker (1965) afirmou que:

Na noite do dia 15, sob chuvisco e tempo nebuloso, percorreram a cidade de Joinville os negros e mulatos, moradores da redondeza, soltando foguetes e bombas, manifestando assim a sua alegria e dando vivas à Princesa Isabel e ao Conselheiro Antônio Prado.

Dissolução da Câmara Municipal

Magnifying glass 01.svg.png Ver artigo principal: Proclamação da República em Joinville

Com a proclamação da República em 15 de Novembro de 1889, a organização política do Brasil passou por uma reestruturação que alcançou a Câmara de Joinville em janeiro, sendo esta dissolvida em 15 de janeiro de 1890, pela resolução estadual nº 61, de 7 de janeiro daquele ano.[6]

Legislaturas do Período Monárquico
Precedida pela
5ª Legislatura do Período Monárquico
6ª Legislatura do Período Monárquico Sucedida pela
1ª Legislatura da Primeira República


Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Câmara de Joinville: 1887-1890 - 6ª Legislatura Monárquica. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=1887-1890_-_6%C2%AA_Legislatura_Mon%C3%A1rquica>. Acesso em: 15 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)


Referências

  1. Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.
  2. 2,0 2,1 Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
  3. Ata da Sessão de 26 de março de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  4. Marcela Elias Santos Gonçalves; Marina Massimi. Memórias autobiográficas e cartas de Claire Lange: uma análise fenomenológica. Memorandum 36, 2019. Belo Horizonte: UFMG. ISSN 1676-1669. Visitado em 31/10/2023
  5. Ata da Sessão de 23 de maio de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  6. Parte Official - Governo do Estado de Santa Catharina. República, de Florianópolis, 8 de janeiro de 1890. Visitado em 21/10/2022