Mudanças entre as edições de "1887-1890 - 6ª Legislatura Monárquica"

De Memória CVJ
Ir para navegação Ir para pesquisar
Linha 29: Linha 29:
*Fiscal: Carlos klingner continuou no cargo.  
*Fiscal: Carlos klingner continuou no cargo.  
*Procurador: Ulrich Ulrichsen até 8 de outubro de 1888, quando ele pede exoneração por motivo de saúde e é substituído por Eugênio Schmidt.<ref>Ata da Sessão de 8 de outubro de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref>
*Procurador: Ulrich Ulrichsen até 8 de outubro de 1888, quando ele pede exoneração por motivo de saúde e é substituído por Eugênio Schmidt.<ref>Ata da Sessão de 8 de outubro de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref>
*Arruador: August Heeren.<ref>Ata da Sessão de 29 de julho de 1889, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref>


===Cemitério de Brütherthal===
===Cemitério de Brütherthal===
Linha 65: Linha 66:
==Notas==
==Notas==
<references group="nota"/>
<references group="nota"/>
=Referências=
=Referências=
[[Category:Legislaturas do Período Monárquico]]
[[Category:Legislaturas do Período Monárquico]]
[[Category:6ª Legislatura do Período Monárquico]]
[[Category:6ª Legislatura do Período Monárquico]]
[[Category:Legislaturas]]
[[Category:Legislaturas]]

Edição das 15h17min de 20 de novembro de 2023

A Legislatura de 1887 a 1890 foi a 6ª e última Legislatura do Período Monárquico.

Eleições

Krisch foi o mais votado no pleito de 1886.

As eleições de 1886 ocorreram em 1º de julho. Reunindo os efeitos da Lei Saraiva na diminuição do eleitorado com uma aparente falta de interesse dos eleitores, apenas 111 deles compareceram às urnas. Nesse dia, 5 vereadores se elegeram e foi marcado um segundo escrutínio para o dia 21 do mesmo mês, reunindo os que não atingiram o quociente necessário. Eduardo Krisch foi o vereador mais votado, com 16 votos.[1]

Presidência

Brüstlein presidiu a Câmara na sua última legislatura monárquica.

Conforme precoizava a lei Saraiva, a cada ano deveria ser feita a eleição do presidente da Câmara. Frederico Brüstlein foi eleito presidente todos os anos dessa legislatura.

  • 1887: Em janeiro de 1887, Carlos Ficker cita que os vereadores elegeram Frederico Brüstlein como seu presidente, sendo Alberto Kröhne o vice.[2]
  • 1888: As atas desse período mostram Brüstlein ausente durante muitas reuniões ordinárias, mas Kröhne é sempre mecionado como vice-presidente.
  • 1889: Na primeira sessão do ano houve nova eleição para presidente. Brustlein obteve sete votos e Alberto Kröhne obteve um. No escrutinio para vice, Kröhne ganhou sete votos e Rogner um. Dos nove vereadores, Krisch não estava presente.[3]

Vereadores

O número de votos fora dos parênteses se refere ao alcançado no primeiro pleito. Entre parênteses estão os votos conquistados na segunda eleição, para os que não conseguiram quociente na primeira:

Aconteceu Nessa Legislatura

Funcionários Designados

  • Secretário: Otto Lauer continuou no cargo.
  • Fiscal: Carlos klingner continuou no cargo.
  • Procurador: Ulrich Ulrichsen até 8 de outubro de 1888, quando ele pede exoneração por motivo de saúde e é substituído por Eugênio Schmidt.[4]
  • Arruador: August Heeren.[5]

Cemitério de Brütherthal

O lote 1744 de Brüderthal em vermelho no mapa, no fim da estrada do Sul, hoje SC-108

Numa petição datada de 20 de março de 1888, Wilhem Lange solicitava à Câmara permissão para criar um cemitério em Brütherthal, em frente ao terreno 1744, o que foi deferido. Hoje o cemitério está em frente à igreja luterana dos Imigrantes.[6] Wilhelm, chamado de Guilherme na Ata, era pastor, e veio para Joinville em 1886 para formar uma comunidade. Sua esposa Claire veio um ano depois. Brüderthal hoje integra o município de Guaramirim.[7]

Abolição da Escravatura

Telegrama do dia 13 de maio: Abolição da Escratura.

Na Sessão Ordinária de 23 de maio de 1888 foi lido um telegrama da Presidência da Província que dizia:

Hoje às 12 horas e 40 minutos aprovou o senado o projecto de abolição. A Princeza Regente sancionou às 3 horas e 15 minutos.[8]

Após a leitura do telegrama, apenas o protocolar "inteirado". Era a primeira sessão após o dia 13. A cidade, é claro, já estava cientificada do teor de tal telegrama. Carlos Ficker (1965) afirmou que:

Na noite do dia 15, sob chuvisco e tempo nebuloso, percorreram a cidade de Joinville os negros e mulatos, moradores da redondeza, soltando foguetes e bombas, manifestando assim a sua alegria e dando vivas à Princesa Isabel e ao Conselheiro Antônio Prado.[2]

A Câmara recebeu também uma circular do presidente da província, datada de 14 de maio, recomendando que a lei fosse acatada imediatamente.[8]

Registro Civil

Através de um ofício de 27 de outubro de 1888, da presidência da Província, a Câmara de Joinville foi cientificada de que a partir de janeiro do ano seguinte todo o império deveria realizar registros civis de nascimentos, casamentos e óbitos.[9] Essa alteração ocorria em obedediência ao decreto 10.044, de 22 de setembro de 1888. Nesse caso o matrimônio não era um casamento civil, mas um registro civil de um casamento celebrado pelas igrejas. O primeiro casamento com registro civil de Joinville foi o de Antonio Alves de Oliveira com Bernardina Roza Moreira, registrado em 2 de janeiro de 1890. Os nubentes se casaram na igreja Bom Jesus do Parati, em Araquari.[10][nota 1]

Dissolução da Câmara Municipal

Magnifying glass 01.svg.png Ver artigo principal: Proclamação da República em Joinville

Com a proclamação da República em 15 de Novembro de 1889, a organização política do Brasil passou por uma reestruturação que alcançou a Câmara de Joinville em janeiro, sendo esta dissolvida em 15 de janeiro de 1890, pela resolução estadual nº 61, de 7 de janeiro daquele ano.[11]

Legislaturas do Período Monárquico
Precedida pela
5ª Legislatura do Período Monárquico
6ª Legislatura do Período Monárquico Sucedida pela
1ª Legislatura da Primeira República


Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Câmara de Joinville: 1887-1890 - 6ª Legislatura Monárquica. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=1887-1890_-_6%C2%AA_Legislatura_Mon%C3%A1rquica>. Acesso em: 15 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Notas

  1. Carlos Ficker, na obra "História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca", relata que o primeiro casamento civil de Joinville se realizou em 12 de junho de 1890, sendo nubentes Otto Bernardo Leonardo Parucker e Mathilde Henriqueta Luisa Richlin. Deve-se perceber nesse caso a diferença entre casamento com registro civil, que foi o de 1889 relatado neste artigo, e casamento civil, que foi o de 1890, relatado por Ficker.

Referências

  1. Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.
  2. 2,0 2,1 Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
  3. Ata da Sessão de 2 de janeiro de 1889, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  4. Ata da Sessão de 8 de outubro de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  5. Ata da Sessão de 29 de julho de 1889, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  6. Ata da Sessão de 26 de março de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  7. Marcela Elias Santos Gonçalves; Marina Massimi. Memórias autobiográficas e cartas de Claire Lange: uma análise fenomenológica. Memorandum 36, 2019. Belo Horizonte: UFMG. ISSN 1676-1669. Visitado em 31/10/2023
  8. 8,0 8,1 Ata da Sessão de 23 de maio de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  9. Ata da Sessão de 5 de novembro de 1888, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  10. Brasil, Santa Catarina, Registro Civil, Joinville, Matrimônios, Jan-1889 a Nov-1892. Familysearch. Visitado em 08/11/2023
  11. Parte Official - Governo do Estado de Santa Catharina. República, de Florianópolis, 8 de janeiro de 1890. Visitado em 21/10/2022