Benno von Frankenberg

De Memória CVJ
Ir para navegação Ir para pesquisar
Benno von Frankenberg-Ludwigsdorf
Sin foto.svg
Partido(s) Partido Liberal (1831)
Legislatura 1ª Monárquica
Assinatura Frankenberg assina.jpg

Em Joinville, Benno von Frankenberg-Ludwigsdorf foi vereador da 1ª Legislatura do período monárquico.

Vereador

1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Fazendo 136 votos pelo Partido Liberal, Frankenberg foi o 4º vereador mais votado nas eleições de 1868.[1] Ele integrou a comissão de três membros responsável por criar o primeiro Código de Posturas de Joinville, que estava usando temporariamente o de Itajaí.[2] Designado subdelegado de polícia em Abril de 1873, Benno precisou deixar seu cargo na Câmara.[3]

Informações Biográficas

Vida na Europa

Benno Von Frankenberg era oficial do exército de Schleswig-Holstein, que lutou contra a anexação de ducados alemães por parte da Dinamarca. Com a derrota dos alemães nessa primeira fase da guerra dos ducados, devido à interferência de potências, o exército de Schleswig-Holstein foi dissolvido e os oficiais ficaram sem a pensão prometida, recebendo apenas uma indenização insignificante. Com isso, Frankenberg decidiu imigrar para o Brasil.[4] Influente entre os militares por sua patente de capitão, Frankenberg inspirou outros a imigrar com ele,[5] e de fato as listagens de imigração em Joinville apontavam muitos imigrantes como originários de Schleswig-Holstein. Mais tarde, quando os ducados novamente se rebelaram com êxito na segunda fase da guerra, Frankenberg foi recompensado com uma pensão condizente ao seu posto de capitão.[4]

Diretor da Colônia Dona Francisca

No começo de 1851 o diretor da colônia Dona Francisca era Eduardo Schröder, filho do presidente da Sociedade Colonizadora, mas Eduardo ocupava interinamente o cargo e quando Frankenberg chegou na colônia em 27 de agosto daquele ano, Eduardo renunciou e o apresentou como novo diretor.

Como diretor da Colônia, Frankenberg era constantemente confrontado por desafios. Uma disenteria bacilar disseminou-se na colônia, levando muitos dos brasileiros que trabalhavam no desmatamento das terras a abandonar seu serviço, que ficou então a cargo de imigrantes inexperientes na obra. Em 1854 a Sociedade Colonizadora passou por uma crise financeira e algumas subvenções prometidas pelo governo imperial não estavam sendo remetidas. Por isso, em 28 de março de 1855, Frankenberg decidiu que era hora de deixar a direção da Colônia e continuar auxiliando a crescente localidade de outros modos.[1]

As Terras de Frankenberg (lote 35) tinham como limites as atuais ruas Benjamin Constant (norte), Dr. João Colin (leste) e Ribeirão Morro Alto (sul - praticamente rua Quintino Bocaiúva)

O Empreendedor

Frankenberg adquiriu terras já preparadas e cultivadas por noruegueses no caminho do Norte. As terras dele iam das proximidades de onde o ribeirão Morro Alto encontra a atual João Colin até a esquina com a atual rua Benjamin Constant. Encontrando em suas terras barro apropriado, Frankenberg contratou Heinrich Lepper como mestre ceramista e montou ali uma lucrativa olaria. Segundo Carlos Ficker, na Obra “História de Joinville”, A localização exata dessa cerâmica é a esquina da Rua Dr. João Colin com a Rua Gaspar.[1]

Em 1864, seu engenho passou a produzir polvilho de araruta, que teve boa aceitação no mercado de Santos. O artigo foi considerado de melhor qualidade do que o proveniente das Índias Ocidentais. Frankenberg também recebeu pedidos do Rio de Janeiro.[6]

Outros fatos importantes

  • 1855 - Membro-fundador da Schützen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil
  • 1857 - Frankenberg assina, com outros cidadãos, uma petição enviada à presidência da província de Santa Catarina, solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.
  • 1873 - Eleito juiz de paz com 131 votos
  • 1876 - Reeleito juiz de paz[1]

Frankenberg no fim de sua vida

Terminado seu mandato, em 1873, o ex-capitão decidiu retirar-se aos poucos da vida pública, recolhendo-se na sua já mencionada propriedade na atual rua Dr. João Colin. Ele faleceu em 16 de maio de 1883.[4]

Vereadores da 1ª Legislatura Monárquica
Adolph HaltenhoffBenno von FrankenbergBernardo Poschaan Jr.Carlos MonichFrederico JordanFrederico LangeFrederico SchlemmJacob RichlinJean BauerLudovico von LaspergOttokar Dörffel




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Benno von Frankenberg. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Benno_von_Frankenberg>. Acesso em: 11 de dezembro de 2024.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2023)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2023)

Se você tiver mais informações ou correções sobre o biografado e quiser compartilhá-las, por favor, entre em contato conosco usando os canais descritos nessa página (clique).

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
  2. Vídeo Legislaturas Históricas - Primeira Legislatura. Câmara de Vereadores de Joinville. Visitado em 25/10/2022
  3. Ata da Sessão Ordinária de 11 de abril de 1873, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  4. 4,0 4,1 4,2 Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 24 de maio de 1852.
  5. Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.
  6. Rosa Herkenhoff. Subsídios Históricos. Blumenau em Cadernos, edição de Abril de 1986.