Jacob Richlin
Jacob Richlin | |
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Arquivo Histórico de Joinville | |
Partido(s) | |
Legislaturas | 1ª e 6ª legislaturas Monárquicas |
Assinatura | ![]() |
Em Joinville, Jacob Richlin foi vereador da 1ª e da 6ª Legislatura Monárquica.
Vereador
- 1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Nas eleições de 1868, Jacob Richlin ficou na suplência, mas foi convocado em 1873 para preencher o número legal de vereadores, já que Frederico Jordan precisaria se ausentar por pouco tempo. Das seis sessões ordinárias de abril, Richlin aparece nas últimas cinco.[1]
- 6ª Legislatura Monárquica (1887-1890): Em 1889, Francisco Gomes de Oliveira foi nomeado Coletor das Rendas Provinciais, cargo incompatível com o de vereador. Para substituí-lo, foi designado o dia 8 de setembro daquele ano para nova eleição.[2] Nesse período, a Lei Saraiva, no seu artigo 22, parágrafo 3, rezava que caso algum vereador precisasse ser substituído, não seria chamado nenhum suplente, e uma eleição seria realizada. Jacob Richlin venceu esse pleito suplementar, com 38 votos.[3]
Informações Biográficas
Imigração
O suíço Jacob Richlin chegou à colônia Dona Francisca em julho de 1851, trazido pela embarcação Emma & Louise, sendo este o segundo desembarque de imigrantes na colônia Dona Francisca. Jacob tinha 28 anos na ocasião, e com ele veio sua esposa. Ele veio listado como sapateiro.[4]
Jacob e seu Curtume
![](/images/thumb/8/86/Jacob_richlin_casa.png/288px-Jacob_richlin_casa.png)
Fiel à profissão, Jacob continou trabalhando com couro. Segundo o historiador Dilney Cunha (2003, p.143):
Jacob utilizava a resina das folhas do mangue, planta abundante na região, para obter um couro resistente e sólido, com o qual confeccionava solas de sapato.[6]
Carlos Ficker (1965, p.86) dá outros detalhes sobre o cortume de Jacob, informando que este era:
(...) o primeiro curtume da Colônia, aproveitando uma pequena lagoa no local da hoje Rua Padre Carlos, na altura da Prefeitura Municipal. Descia do morro, hoje em parte aplainado e ocupado pelo Colégio Santos Anjos e pela sede do Corpo de Bombeiros, um riacho de águas límpidas e murmurantes à sombra de árvores seculares e densa vegetação. Os produtos dêsse curtume, couro de solas, constituiu a primeira mercadoria transportada, a lombo de burros, de Joinville, serra acima para Curitiba, em 15 de julho de 1865.[7]
O negócio prosperou. Na década de 1880, Jacob e seus filhos já tinham adquirido terras na margem esquerda do rio Cachoeira, na região do Boa Vista, para onde transferiram seu curtume.
Outros Fatos Importantes
- 1877: Richlin esteve entre os que fizeram donativos para ajudar os enfermos de São Francisco do Sul, onde grassou uma epidemia de febre amarela. Ele contribuiu com 5 mil réis.[8]
Morte
Richlin morreu em maio de 1901. Uma nota no jornal República, de Florianópolis, noticiou sua morte, citando-o como um respeitável e honrado ancião.[9]
Família
Jacob era pai de Gustavo Adolfo Richlin, superintendente de Joinville, cargo comparável ao de atual prefeito.[10]
Homenagens
Uma rua no centro de Joinville, que sai da rua do Príncipe, homenageia o vereador Jacob Richlin.
Galeria de Imagens
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Jacob Richlin. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Jacob_Richlin>. Acesso em: 14 de janeiro de 2025. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2023) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2023) |
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Referências
- ↑ Atas da Sessões Ordinárias de abril de 1873, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Parte Official - Governo da Província. A Regeneração, 24 de julho de 1889. Visitado em 30/10/2023
- ↑ Ata da Sessão de 16 de setembro de 1889, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Helena Remina Richlin, Maria Thereza Böbel. Lista Digitalizada de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Foto de Otto Louis Niemeyer, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Cunha, Dilney Fermino. Suíços em Joinville - O Duplo Desterro. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 2003. ISBN: 8578020197
- ↑ Ficker, Carlos. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
- ↑ Annuncios Gazeta de Joinville, 2 de abril de 1878. Visitado em 22/11/2022
- ↑ Jacob Richlin. República, 7 de maio de 1901. Visitado em 11/11/2022
- ↑ Maria Cristina Dias. Casa Richlin, Um Negócio Comandado pela Família há Quatro Gerações. NDmais, arquivado do original. Visitado em 12/11/2022.