Mudanças entre as edições de "Benno von Frankenberg"

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=Informações Biográficas=
=Informações Biográficas=
[[Arquivo:Video haltenhoff.png|220px|left|miniaturadaimagem|[[Arquivo:Play cvj.png]] [https://www.youtube.com/watch?v=_gQKN0xwUWo Vídeo: História de Haltenhoff na série "Legislatura Históricas"] ]]
[[Arquivo:Video frankenberg.png|220px|left|miniaturadaimagem|[[Arquivo:Play cvj.png]] [https://www.youtube.com/watch?v=kfqJTey2AE4 Vídeo: História de Haltenhoff na série "Legislatura Históricas"] ]]
===Imigração===
===Vida na Europa===
Haltenhoff migrou do reino de Hanover para a Colônia Dona Francisca na brigue dinamarquesa Gloriosa, em 1851, sendo essa a terceira embarcação de imigrantes. Junto, trouxe sua esposa Dorothea e três filhas,<ref>[https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf Listas de Imigrantes], Arquivo Histórico de Joinville.</ref> que se casariam com pessoas de grande vulto na colônia: Maria, que se casaria com o engenheiro e futuro vereador [[Frederico Heeren]]; Anna, que se casaria com Aubé e emprestaria seu nome à localidade de Anaburgo; e Louise, que se casaria com Otto Niemeyer.
Benno Von Frankenberg era oficial do dissolvido exército de Schleswig-Holstein, que lutou contra a anexação de ducados alemãos por parte da Dinamarca. Com a derrota nessa primeira fase da guerra dos ducados, ele decidiu vir para o Brasil. Influente entre os militares por sua patente de capitão, Frankenberg inspirou outros a imigrar com ele, e de fato as listagens de imigração em Joinville apontavam muitos imigrantes como originários de Schleswig-Holstein.<ref name="Ficker">Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197</ref>  


===Início da Colônia===
===Diretor da Colônia Dona Francisca===
Sendo jurista e contador, desde o início Haltenhoff foi uma liderança na crescente colônia Dona Francisca. Já em 1851, quando a colônia votou a composição de uma comissão para criar os estatutos da comuna, Haltenhoff não só estava entre os 11 eleitos, como foi o relator, usando como modelo os estatutos de Hanover. Ele também foi escolhido como um dos 3 membros da direção da Colônia nos seus primórdios, quando [[Benno von Frankenberg]] era o diretor.<ref>Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.</ref>
No começo de 1851 o diretor da colônia Dona Francisca era Eduardo Schröder, filho do presidente da Sociedade Colonizadora, mas Eduardo ocupava interinamente o cargo e quando Frankenberg chegou na colônia em 27 de agosto daquele ano, Eduardo renunciou e o apresentou como novo diretor.
 
Como diretor da Colônia, Frankenberg era constantemente confrontado por desafios. Uma disenteria bacilar disseminou-se na colônia, levando muitos dos brasileiros que trabalhavam no desmatamento das terras a abandonar seu serviço, que ficou então a cargo de imigrantes inexperientes na obra. Em 1854 a Sociedade Colonizadora passou por uma crise financeira e algumas subvenções prometidas pelo governo imperial não estavam sendo remetidas. Por isso, em 28 de março de 1855, Frankenberg decidiu que era hora de deixar a direção da Colônia e continuar auxiliando a crescente localidade de outros modos.<ref name="Ficker"></ref>  


===O Empreendedor===
===O Empreendedor===
O dinâmico Haltenhoff era proprietário de uma olaria. A maior parte dos tijolos que hoje compõe o museu nacional de imigração veieram da olaria dele.<ref name="Ficker">Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197</ref>
Frankenberg adquiriu terras já preparadas e cultivadas por noruegueses no caminho do Norte. As terras dele iam das proximidades de onde o ribeirão Morro Alto encontra a atual João Colin até a esquina com a atual rua Benjamin Constant. Encontrando em suas terras barro apropriado, Frankenberg contratou Heinrich Lepper como mestre ceramista e montou ali uma lucrativa olaria. Segundo Carlos Ficker, na Obra “História de Joinville”, A localização exata dessa cerâmica é a esquina da Rua Dr. João Colin com a Rua Gaspar.<ref name="Ficker"></ref>  


===Outros fatos importantes===
===Outros fatos importantes===
*1855 - Eleito juiz de paz
*1855 - Membro-fundador da Schützen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil
*1855 - Haltenhoff apresenta os estatutos para a criação da Schuetzen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil
*1857 - Frankenberg assina, com outros cidadãos, uma petição enviada à presidência da província de Santa Catarina, solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.  
*1857 - Haltenhoff assina, com outros cidadãos, uma petição enviada à presidência da província de Santa Catarina, solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.  
*1873 - Eleito juiz de paz com 131 votos
*1863 - Designado sub-delegado de polícia
*1876 - Reeleito juiz de paz<ref name="Ficker"></ref>
*1865 - Convocação para a guerra do Paraguai: Na condição de sub-delegado de polícia, Haltenhoff lançou uma enfática convocação aos colonos, incentivando-os a formarem um batalhão em defesa do Brasil na Guerra do Paraguai, os famosos voluntários da Pátria.<ref name="Ficker">Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197</ref>


===Haltenhoff no fim de sua vida===
===Haltenhoff no fim de sua vida===
Em 1870 Haltenhoff se tornou viúvo. Em 1873, por motivo de doença, ele renunciou ao cargo de presidente da câmara e em 1874 regressou à França, onde morreu um ano depois, com 73 anos de idade. A rua que liga a 9 de março à Engenheiro Niemeyer chamava-se rua Haltenhoff, homenageando a pessoa nada incomum abordada nesse vídeo. Mais tarde o nome da rua foi alterado para “São Joaquim”, de modo que não há atualmente na cidade nenhum logradouro que remeta à atuante personalidade do primeiro presidente da história do legislativo joinvilense.<ref name="Elly">Herkenhoff, E. Nossos Prefeitos - 1869-1903. Joinville: Prefeitura de Joinville, 1984.</ref>
Terminado seu mandato, em 1873, o ex-capitão decidiu retirar-se aos poucos da vida pública, recolhendo-se na sua já mencionada propriedade na atual rua Dr. João Colin. Ele faleceu em 16 de maio de 1883.<ref name="Ficker"></ref>  
 
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Edição das 12h56min de 25 de outubro de 2022

Johann Adolph Haltenhoff
Partido(s) Partido Liberal
Legislatura 1ª Monárquica
Assinatura Haltenhoff assina.png

Em Joinville, Johann Adolph Haltenhoff, ou João Adolfo Haltenhoff, foi vereador da 1ª Legislatura do perído monárquico.

Vereador

1ª Legislatura monárquica (1969-1974): Fazendo 136 votos pelo Partido Liberal, Frankenberg foi o 4º vereador mais votado nas eleições de 1868.[1]

Informações Biográficas

Vida na Europa

Benno Von Frankenberg era oficial do dissolvido exército de Schleswig-Holstein, que lutou contra a anexação de ducados alemãos por parte da Dinamarca. Com a derrota nessa primeira fase da guerra dos ducados, ele decidiu vir para o Brasil. Influente entre os militares por sua patente de capitão, Frankenberg inspirou outros a imigrar com ele, e de fato as listagens de imigração em Joinville apontavam muitos imigrantes como originários de Schleswig-Holstein.[1]

Diretor da Colônia Dona Francisca

No começo de 1851 o diretor da colônia Dona Francisca era Eduardo Schröder, filho do presidente da Sociedade Colonizadora, mas Eduardo ocupava interinamente o cargo e quando Frankenberg chegou na colônia em 27 de agosto daquele ano, Eduardo renunciou e o apresentou como novo diretor.

Como diretor da Colônia, Frankenberg era constantemente confrontado por desafios. Uma disenteria bacilar disseminou-se na colônia, levando muitos dos brasileiros que trabalhavam no desmatamento das terras a abandonar seu serviço, que ficou então a cargo de imigrantes inexperientes na obra. Em 1854 a Sociedade Colonizadora passou por uma crise financeira e algumas subvenções prometidas pelo governo imperial não estavam sendo remetidas. Por isso, em 28 de março de 1855, Frankenberg decidiu que era hora de deixar a direção da Colônia e continuar auxiliando a crescente localidade de outros modos.[1]

O Empreendedor

Frankenberg adquiriu terras já preparadas e cultivadas por noruegueses no caminho do Norte. As terras dele iam das proximidades de onde o ribeirão Morro Alto encontra a atual João Colin até a esquina com a atual rua Benjamin Constant. Encontrando em suas terras barro apropriado, Frankenberg contratou Heinrich Lepper como mestre ceramista e montou ali uma lucrativa olaria. Segundo Carlos Ficker, na Obra “História de Joinville”, A localização exata dessa cerâmica é a esquina da Rua Dr. João Colin com a Rua Gaspar.[1]

Outros fatos importantes

  • 1855 - Membro-fundador da Schützen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil
  • 1857 - Frankenberg assina, com outros cidadãos, uma petição enviada à presidência da província de Santa Catarina, solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.
  • 1873 - Eleito juiz de paz com 131 votos
  • 1876 - Reeleito juiz de paz[1]

Haltenhoff no fim de sua vida

Terminado seu mandato, em 1873, o ex-capitão decidiu retirar-se aos poucos da vida pública, recolhendo-se na sua já mencionada propriedade na atual rua Dr. João Colin. Ele faleceu em 16 de maio de 1883.[1]

Vereadores da 1ª Legislatura Monárquica
Adolph HaltenhoffBenno von FrankenbergBernardo Poschaan Jr.Carlos MonichFrederico JordanFrederico LangeFrederico SchlemmJacob RichlinJean BauerLudovico von LaspergOttokar Dörffel




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Benno von Frankenberg. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Benno_von_Frankenberg>. Acesso em: 15 de maio de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197