Fernando Lepper
Fernando Lepper | |
Partido | Partido Republicano Catharinense |
Legislaturas | 4ª e 7ª Legislatura da Primeira República |
Em Joinville, Fernando Lepper, ou Hans Martin Ferdinand Lepper, foi vereador da 4ª e da 7ª Legislatura da Primeira República
Vereador
- 4ª Legislatura da Primeira República (1895-1899): Recebendo 348 votos nas eleições de abril de 1895, Fernando foi eleito vereador.[1]
- 7ª Legislatura da Primeira República (1907-1910): Fazendo 391 votos para vereador, Fernando Lepper foi o 6º mais votado nas eleições de 1906.[2]
Informações Biográficas
Fernando Lepper[nota 1] nasceu em 4 de julho de 1844 e era natural de Glückstadt, Alemanha.[3] Ele migrou com os pais e irmãos em 1852, quando tinha 7 anos.[nota 2][4]
Em Joinville, Lepper foi Tenente Secretário do 10º Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional.[3] Ele era marceneiro e sua marcenaria era bem aparelhada. Por exemplo, em 1908 sua oficina é descrita como tendo máquinas que funcionavam a vapor.[5] Em 1884, quando o Conde d'Eu visitou Joinville, excursionou pela cidade para conhecer instalações públicas e empreendimentos, entre eles, a marcenaria de Fernando Lepper.[6]
Abaixo-Assinado pelo Rio Cachoeira
Em 1907, Fernando fez circular na cidade um abaixo-assinado endereçado a Hercílio Luz, pedindo a este que intercedesse junto ao governo federal para realizar melhorias a fim de facilitar a navegação no rio Cachoeira. Na ocasião, Hercílio era senador.[7]
Uma tragédia Familiar
Fernando era casado com Albertina, nascida Meyer. Ocorreu que no dia 11 de março de 1880, Albertina foi às 8 da manhã até a marcenaria do marido. Ao passar por um eixo de transmissão, de uma das máquinas, seu vestido prendeu-se a um anel daquele eixo. O eixo a puxou e quando pararam a máquina, viram-na com o pescoço, braço e queixo fraturado. Ela morreu alguns minutos depois, nos braços do marido, deixando cinco filhos pequenos órfãos de mãe. Disse o jornal Gazeta de Joinville:[8]
Tão lamentável desastre encheo de consternação toda a população d'esta cidade, que correo pressurosa a acompanhar à sua última morada aquella que em vida fôra o modelo de todas as virtudes.
Morte
Fernando morreu em 8 de dezembro de 1934, em Joinville.[3]
Família
Fernando era irmão de outros dois ex-vereadores: Hermann e Henrique. Hermann foi o fundador da empresa têxtil que leva até hoje leva o nome da família. O pai deles, Moritz Heinrich Lepper, foi mestre ceramista na olaria de Benno von Frankenberg.
Vereadores da 4ª Legislatura da Primeira República |
Albino Kohlbach • Ernesto Canac • Fernando Lepper • Frederico Hudler • Henrique Hänsch • Miguel Vogelsanger • Otto Boehm • Pedro José de Souza Lobo |
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Fernando Lepper. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Fernando_Lepper>. Acesso em: 6 de dezembro de 2024. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2024) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2024) |
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Notas
- ↑ Hans Martin Ferdinand Lepper tinha um filho chamado Ferdinand Ludwig Heinrich Lepper, que nasceu em 1870. O filho tinha idade para ser vereador na mesma época que o pai. O historiador do Memória CVJ concluiu que o Fernando Lepper vereador era o pai. Na época, um anúncio de jornal informava que Fernando Lepper deixava seu filho Henrique temporariamente no comando dos negócios, enquanto ele se ausentaria da cidade (Gazeta de Joinville, 28 de setembro de 1907 - http://memoria.bn.gov.br/DocReader/711608/1870). O Fernando Lepper pai, alvo dessa biografia, tinha um filho que poderia ser identificado como Henrique, justamente o Ferdinand Ludwig Heinrich. Mas o Fernando Lepper júnior não tinha um filho que podia ser chamado de Henrique. Então, parece claro que os jornais da época chamavam de Fernando Lepper, aquele que era o pai entre esses dois.
- ↑ Na lista de imigrantes, ele consta como Johann. Hans e Johann são variantes do mesmo nome, que chamamos em português de João.
Referências
- ↑ Das Wahlresultat. Kolonie Zeitung, 09 de abril de 1895.
- ↑ As Eleições. Commercio de Joinville, 8 de dezembro de 1906. Visitado em 22/05/2023
- ↑ 3,0 3,1 3,2 Famílias brasileiras de origem germânica. Volume VI. Publicação do Instituto Hans Staden. São Paulo: 1975
- ↑ Helena Remina Richlin, Maria Thereza Böbel. Lista Digitalizada de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 16 de março de 1880. Visitado em 09/08/2024.
- ↑ S.A. o Príncipe Conde D'Eu. A União, 10 de dezembro de 1884. Visitado em 09/08/2024.
- ↑ Santa Catarina na Exposição Nacional. Gazeta de Joinville, 15 de agosto de 1880. Visitado em 09/08/2024.
- ↑ Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 26 de outubro de 1907. Visitado em 09/08/2024.