Jacob Richlin

De Memória CVJ
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Jacob Richlin
Jacob richlin.png
Arquivo Histórico de Joinville
Partido(s)
Legislatura 1ª legislatura Monárquica
Assinatura Jacob richlin assina.jpg

Em Joinville, Jacob Richlin foi vereador da 1ª Legislatura Monárquica.

Vereador

  • 1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Nas eleições de 1868, Jacob Richlin ficou na suplência, mas foi convocado em 1873 para preencher o número legal de vereadores, já que Frederico Jordan precisaria se ausentar por pouco tempo. Das seis sessões ordinárias de abril, Richlin aparece nas últimas cinco.[1]

Informações Biográficas

Imigração

O suíço Jacob Richlin chegou à colônia Dona Francisca em julho de 1851, trazido pela embarcação Emma & Louise, sendo este o segundo desembarque de imigrantes na colônia Dona Francisca. Jacob tinha 28 anos na ocasião, e com ele veio sua esposa. Ele veio listado como sapateiro.[2]

Jacob e seu Curtume

Casa do sapateiro Jacob Richlin na rua do Príncipe, em 1866.[3]
Rua Jacob, em vermelho no mapa de 1886

Fiel a profissão, Jacob continou trabalhando com couro. Segundo o historiador Dilney Cunha (2003, p.143):

Jacob utilizava a resina das folhas do mangue, planta abundante na região, para obter um couro resistente e sólido, com o qual confeccionava solas de sapato.[4] 

Carlos Ficker (1965, p.86) dá outros detalhes sobre o cortume de Jacob, informando que este era:

(...) o primeiro curtume da Colônia, aproveitando uma pequena lagoa no local da hoje Rua Padre Carlos, na altura da Prefeitura Municipal. Descia do morro, hoje em parte aplainado e ocupado pelo Colégio Santos Anjos e pela sede do Corpo de Bombeiros, um riacho de águas límpidas e murmurantes à sombra de árvores seculares e densa vegetação. Os produtos dêsse curtume, couro de solas, constituiu a primeira mercadoria transportada, a lombo de burros, de Joinville, serra acima para Curitiba, em 15 de julho de 1865.[5]

O negócio prosperou. Na década de 1880, Jacob e seus filhos já tinham adquirido terras na margem esquerda do rio Cachoeira, na região do Boa Vista, para onde transferiram seu curtume.

Morte

Túmulo de Jacob Richlin e esposa, no Cemitério dos Imigrantes de Joinville

Richlin morreu em maio de 1901. Uma nota no jornal República, de Florianópolis, noticiou sua morte, citando-o como um respeitável e honrado ancião.[6]

Família

Jacob era pai de Gustavo Adolfo Richlin, superintendente de Joinville, cargo comparável ao de atual prefeito.[7]

Homenagens

Uma rua no centro de Joinville, que sai da rua do Príncipe, homenageia o vereador Jacob Richlin.

Galeria de Imagens


Vereadores da 1ª Legislatura Monárquica
Adolph HaltenhoffBenno von FrankenbergBernardo Poschaan Jr.Carlos MonichFrederico JordanFrederico LangeFrederico SchlemmJacob RichlinJean BauerLudovico von LaspergOttokar Dörffel




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Jacob Richlin. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Jacob_Richlin>. Acesso em: 9 de maio de 2024.

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PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

Referências

  1. Atas da Sessões Ordinárias de abril de 1873, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
  2. Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
  3. Foto de Otto Louis Niemeyer, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
  4. Cunha, Dilney Fermino. Suíços em Joinville - O Duplo Desterro. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 2003. ISBN: 8578020197
  5. Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. Joinville: Letra D'água, 2003. ISBN: 85-87648-39-X
  6. Jacob Richlin. República, 7 de maio de 1901. Visitado em 11/11/2022
  7. Maria Cristina Dias. Casa Richlin, Um Negócio Comandado pela Família há Quatro Gerações. NDmais, arquivado do original. Visitado em 12/11/2022.