Mudanças entre as edições de "Oscar Antonio Schneider"

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Oscar Schneider foi um empresário reconhecido em Joinville. Ele foi sócio de [[Abdon Baptista]] na firma A. Baptista & Oscar.
[[Arquivo:Oscar schneider moinho de trigo.jpg|200px|miniaturadaimagem|O Moinho de Trigo da empresa de Oscar Schneider. (Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)]]
Oscar Schneider foi um empresário reconhecido em Joinville. Ele foi sócio de [[Abdon Baptista]] na firma A. Baptista & Oscar.<ref name="Ficker"></ref> Mais tarde, foi formada a firma Oscar Schneider & Cia, que construiu em 1913 o afamado Moinho de Trigo localizado à beira do Rio Cachoeira.


Quando Gumercindo Saraiva e o exército federalista passaram por Joinville, eles levaram "emprestados" inúmeros cavalos dos colonos locais. Buscando mitigar as perdas, uma comissão foi criada para contabilizar o número de cavalos desaparecidos e o valor dos mantimentos fornecidos aos revolucionários. Oscar Schneider esteve entre os membros dessa comissão.<ref name="Ficker">Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.</ref>
Quando Gumercindo Saraiva e o exército federalista passaram por Joinville, eles levaram "emprestados" inúmeros cavalos dos colonos locais. Buscando mitigar as perdas, uma comissão foi criada para contabilizar o número de cavalos desaparecidos e o valor dos mantimentos fornecidos aos revolucionários. Oscar Schneider esteve entre os membros dessa comissão.<ref name="Ficker">Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.</ref>
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Foi esse hospício que anos mais tarde foi empregado pelo Estado Novo como campo de concentração, reprimindo os que não se alinhavam ao regime e os descendentes de países do eixo que não pareciam ter se "abrasileirado", entres estes, os teuto-brasileiros.
Foi esse hospício que anos mais tarde foi empregado pelo Estado Novo como campo de concentração, reprimindo os que não se alinhavam ao regime e os descendentes de países do eixo que não pareciam ter se "abrasileirado", entres estes, os teuto-brasileiros.


Vizinho ao cemitério municipal, o hospício acabou sendo demolido e seu terreno integrado ao cemitério.<ref name="MEM">Mariana Zabot; Allan Henrique Gomes (orgs.) Memórias da Loucura em Joinville: O (Des)apararecimento do Abrigo de Alienados na Cidade. Joinville: Refidim, 2015.</ref>
Vizinho ao cemitério municipal, o hospício acabou sendo demolido e seu terreno integrado ao cemitério.<ref name="MEM">Mariana Zabot; Allan Henrique Gomes (orgs.) Memórias da Loucura em Joinville: O (Des)aparecimento do Abrigo de Alienados na Cidade. Joinville: Refidim, 2015.</ref>


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Edição das 16h13min de 8 de julho de 2024

Oscar Schneider
Partido(s)
Legislaturas 6ª Legislaturas da Primeira República.
Assinatura

Em Joinville, Oscar Antonio Schneider (Heinrich Friedrich Wilhelm Jordan), foi vereador da e da 6ª Legislatura da Primeira República.

Vereador

  • 3ª Legislatura da Primeira República (1893-1895): Nas eleições de 1892, Oscar Schneider foi eleito com 451 votos.[1]
  • 6ª Legislatura da Primeira República (1903-1907): Nas eleições de 1902, Oscar recebeu 1288 votos, sendo eleito vereador.[2]

Outros Mandatos

Superintendente Municipal

1907-1910 - Em 1906, Schneider fez 1040 votos, elegendo-se Superintendente Municipal, o equivalente ao atual cargo de prefeito. Outros três votados receberam um voto cada (Procópio Gomes, Luiz Niemeyer e Henrique Jordan).[3][nota 1]

Informações Biográficas

O Moinho de Trigo da empresa de Oscar Schneider. (Foto: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville.)

Oscar Schneider foi um empresário reconhecido em Joinville. Ele foi sócio de Abdon Baptista na firma A. Baptista & Oscar.[4] Mais tarde, foi formada a firma Oscar Schneider & Cia, que construiu em 1913 o afamado Moinho de Trigo localizado à beira do Rio Cachoeira.

Quando Gumercindo Saraiva e o exército federalista passaram por Joinville, eles levaram "emprestados" inúmeros cavalos dos colonos locais. Buscando mitigar as perdas, uma comissão foi criada para contabilizar o número de cavalos desaparecidos e o valor dos mantimentos fornecidos aos revolucionários. Oscar Schneider esteve entre os membros dessa comissão.[4]

Hospício dos Alienados

Enquanto superintendente municipal, Oscar Schneider demonstrou preocupação com a situação dos que vivam em "alienação mental". Ele idealizava um asilo melhor bem equipado para receber essas pessoas. Oscar faleceu antes de poder ver seu plano concretizado, mas a viúva Francisca não deixou o sonho desvanecer. Em 1923, a partir de um terreno doado pela prefeitura e de investimentos provindos dos fundos da viúva, ergueu-se o Asylo Municipal de Alienados Oscar Schneider.

Foi esse hospício que anos mais tarde foi empregado pelo Estado Novo como campo de concentração, reprimindo os que não se alinhavam ao regime e os descendentes de países do eixo que não pareciam ter se "abrasileirado", entres estes, os teuto-brasileiros.

Vizinho ao cemitério municipal, o hospício acabou sendo demolido e seu terreno integrado ao cemitério.[5]

Vereadores da 3ª Legislatura da Primeira República
Abdon BatistaAntônio José RibeiroAntônio SinkeGuilherme WaltherHenrique HänschHenrique WalterJacob BaumerJohann ColinJoão Paulo SchmalzJoão SchroederJorge TrinksOscar Antonio SchneiderOtto Boehm
Vereadores da 6ª Legislatura da Primeira República
Antonio Pereira de MacedoBelarmino Justino GarciaEduardo TrinksErnesto MendelErnesto SchlemmFrancisco Machado da LuzFernando HagemannHenrique JordanHonorato Francisco da RosaJoão ColinJoão Gomes de OliveiraJoão Paulo SchmalzOtto ParuckerOtto PfützenreuterOscar Antonio SchneiderRicardo Jürgens


Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Oscar Antonio Schneider. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Oscar_Antonio_Schneider>. Acesso em: 8 de abril de 2025.

Citação com autor incluído no texto

Pinheiro (2023)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2023)

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Notas

  1. Fontes secundárias apontam valores levemente diferentes para a votação: Ficker, em "História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville", diz que Oscar receber 1054 votos. A edição de 08/12/1906 do Commercio de Joinville aponta 1044 votos. A Ata da Câmara de vereadores, uma fonte primária e oficial, aponta 1040 votos.

Referências

  1. Kolonie Zeitung, 22 de novembro de 1892.
  2. Resultat der Munizipalwahl am 7 Dezember 1902. Kolonie Zeitung, 11 de dezembro de 1902.
  3. Ata da Sessão de 8 de dezembro de 1906, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  4. Ir para: 4,0 4,1 Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
  5. Mariana Zabot; Allan Henrique Gomes (orgs.) Memórias da Loucura em Joinville: O (Des)aparecimento do Abrigo de Alienados na Cidade. Joinville: Refidim, 2015.