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Com 20 anos de idade, Bernardo Poschann Jr. imigrou à bordo da brique dinamarquesa Gloriosa, famosa por ter trazido à colônia algumas das lideranças ecônomicas da nascente Joinville. [[Haltenhoff]] também veio à borda dessa embarcação. A briqgue chegou na colônia em 27 de setembro de 1851.<ref>[https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf Listas de Imigrantes], Arquivo Histórico de Joinville.</ref> | Com 20 anos de idade, Bernardo Poschann Jr. imigrou à bordo da brique dinamarquesa Gloriosa, famosa por ter trazido à colônia algumas das lideranças ecônomicas da nascente Joinville. [[Haltenhoff]] também veio à borda dessa embarcação. A briqgue chegou na colônia em 27 de setembro de 1851.<ref>[https://www.joinville.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Listas-de-imigrantes-de-Joinville-de-1851-a-1891-e-de-1897-a-1902.pdf Listas de Imigrantes], Arquivo Histórico de Joinville.</ref> COmo seu pai acabou vindo mais tarde para Joinville, é necessário cuidado para não confundir os dois na literatura historigráfica joinvilense. | ||
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[[Arquivo:Bernard poschaan jr lote.png|288px|miniaturadaimagem|O Lote de Bernardo Poschann Jr.(verde), situado no fim da atual rua do Príncipe (azul). Mapa de Banholzer-1852.]] | [[Arquivo:Bernard poschaan jr lote.png|288px|miniaturadaimagem|O Lote de Bernardo Poschann Jr.(verde), situado no fim da atual rua do Príncipe (azul). Mapa de Banholzer-1852.]] | ||
Ainda em 1851, Bernardo já havia adquirido o lote na atual rua do Píncipe, que iniciava aproximadamente na frente da atual Caixa Econômica, abrangia as terras da Catedral e terminaria na esquina com a atual Ministro Calógeras. Segundo Fickeer (1965, p. 84), essa seria instalada ali a primeira indústria do núcleo colonial. Com a ajuda de noruegueses, contando com a valiosa direção do mestre ceramista Rolf Lyng, Bernardo passou a suprir a crescente colônia com telhas. | Ainda em 1851, Bernardo já havia adquirido o lote na atual rua do Píncipe, que iniciava aproximadamente na frente da atual Caixa Econômica, abrangia as terras da Catedral e terminaria na esquina com a atual Ministro Calógeras. Segundo Fickeer (1965, p. 84), essa seria instalada ali a primeira indústria do núcleo colonial. Com a ajuda de noruegueses, contando com a valiosa direção do mestre ceramista Rolf Lyng, Bernardo passou a suprir a crescente colônia com telhas. Por isso, a rua do príncipe chamava-se Ziegeleistrasse (Rua da Olaria). | ||
Bernardo também esteve à frente de um empreendimento agrícola, localizado no final da rua XV de Novembro, no final do atual bairro Glória. Lá, ele comprou um vasto latifúndio, edificou uma casa de moradia e ranchos em forma de "vila" (moradias simples em torno de um pátio central). O empreedimento fornecia à Colônia cana de açúcar, batata, mandioca e araruta. Poschaan foi um dos grande empregadores do início de Joinville. | |||
Uma relato de Ficker (1965, p. 220) pode ter destacado como Bernardo era um homem metódico. Diz o autor: | |||
Ao mesmo tempo, Emile Mathorel inicia o desmatamento de grandes áreas no lugar denominado “Poço de Cortume", nas terras do Duque de Aumale, e começa a plantação de cana-de-açúcar. Recebeu do Sr. Bernhard Poschaan Jr. valiosas informações sobre esses trabalhos, e as perspectivas positivas de um empreendimento agrícola nêsse local. Ainda existem os relatórios apresentados por Poschaan, baseados em experiência própria, com indicação sôbre preços da mão de obra, possibilidades de exportação e lucros.<ref name="Ficker"></ref> | |||
Ao que tudo indica, Bernardo era um homem organizado. | |||
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*1855 - Membro-fundador da Schützen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil | *1851 - Eleito um dos membros da comissão para criar os estatutos da Comuna.<ref name="Ficker"></ref> | ||
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*1857 - Em visita a Joinville, o presidente da província, João José Coutinho, foi conhecer o empreedimento agrícola de Bernardo. | |||
*1857 - Bernardo assina, com outros cidadãos, uma petição à presidência da província solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria. | |||
*1863 - Juiz de paz. | |||
*1873 - Eleito juiz de paz com 131 votos | *1873 - Eleito juiz de paz com 131 votos | ||
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Edição das 02h23min de 8 de novembro de 2022
Bernardo Poschann Jr. | |
Partido(s) | Partido Liberal (1831) |
Legislatura | 1ª Monárquica |
Assinatura | ![]() |
Em Joinville, Joaquim Bernardo Poschann Jr. ou Bernard Poschann Jr. foi vereador da 1ª Legislatura do perído monárquico.
Vereador
1ª Legislatura monárquica (1969-1974): Fazendo 136 votos pelo Partido Liberal, Frankenberg foi o 4º vereador mais votado nas eleições de 1868.[1] Ele integrou a comissão de três membros responsável por criar o primeiro Código de Posturas de Joinville, que estava usando temporariamente o de Itajaí.[2] Designado subdelegado de polícia em Abril de 1873, Benno precisou deixar seu cargo na Câmara.[3]
Informações Biográficas
Bernardo Poschann Jr. era filho de um dos diretores da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo. Era um homem empreendedor e de posses.[1]
Imigração
Com 20 anos de idade, Bernardo Poschann Jr. imigrou à bordo da brique dinamarquesa Gloriosa, famosa por ter trazido à colônia algumas das lideranças ecônomicas da nascente Joinville. Haltenhoff também veio à borda dessa embarcação. A briqgue chegou na colônia em 27 de setembro de 1851.[4] COmo seu pai acabou vindo mais tarde para Joinville, é necessário cuidado para não confundir os dois na literatura historigráfica joinvilense.
O Empreendedor
Ainda em 1851, Bernardo já havia adquirido o lote na atual rua do Píncipe, que iniciava aproximadamente na frente da atual Caixa Econômica, abrangia as terras da Catedral e terminaria na esquina com a atual Ministro Calógeras. Segundo Fickeer (1965, p. 84), essa seria instalada ali a primeira indústria do núcleo colonial. Com a ajuda de noruegueses, contando com a valiosa direção do mestre ceramista Rolf Lyng, Bernardo passou a suprir a crescente colônia com telhas. Por isso, a rua do príncipe chamava-se Ziegeleistrasse (Rua da Olaria).
Bernardo também esteve à frente de um empreendimento agrícola, localizado no final da rua XV de Novembro, no final do atual bairro Glória. Lá, ele comprou um vasto latifúndio, edificou uma casa de moradia e ranchos em forma de "vila" (moradias simples em torno de um pátio central). O empreedimento fornecia à Colônia cana de açúcar, batata, mandioca e araruta. Poschaan foi um dos grande empregadores do início de Joinville.
Uma relato de Ficker (1965, p. 220) pode ter destacado como Bernardo era um homem metódico. Diz o autor:
Ao mesmo tempo, Emile Mathorel inicia o desmatamento de grandes áreas no lugar denominado “Poço de Cortume", nas terras do Duque de Aumale, e começa a plantação de cana-de-açúcar. Recebeu do Sr. Bernhard Poschaan Jr. valiosas informações sobre esses trabalhos, e as perspectivas positivas de um empreendimento agrícola nêsse local. Ainda existem os relatórios apresentados por Poschaan, baseados em experiência própria, com indicação sôbre preços da mão de obra, possibilidades de exportação e lucros.[1]
Ao que tudo indica, Bernardo era um homem organizado.
Outros fatos importantes
- 1851 - Eleito um dos membros da comissão para criar os estatutos da Comuna.[1]
-1852 - Eleito conselheiro do conselho comunal.[1]
- 1855 - Membro-fundador da Schützen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil.[1]
- 1857 - Em visita a Joinville, o presidente da província, João José Coutinho, foi conhecer o empreedimento agrícola de Bernardo.
- 1857 - Bernardo assina, com outros cidadãos, uma petição à presidência da província solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.
- 1863 - Juiz de paz.
- 1873 - Eleito juiz de paz com 131 votos
- 1876 - Reeleito juiz de paz[1]
Frankenberg no fim de sua vida
Terminado seu mandato, em 1873, o ex-capitão decidiu retirar-se aos poucos da vida pública, recolhendo-se na sua já mencionada propriedade na atual rua Dr. João Colin. Ele faleceu em 16 de maio de 1883.[1]
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Bernardo Poschaan Jr.. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Bernardo_Poschaan_Jr.>. Acesso em: 17 de março de 2025. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2023) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2023) |
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Referências
- ↑ Ir para: 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
- ↑ Vídeo Legislaturas Históricas - Primeira Legislatura. Câmara de Vereadores de Joinville. Visitado em 25/10/2022
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 11 de abril de 1873, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.