Adolph Haltenhoff
Johann Adolph Haltenhoff | |
Foto: acervo de Roberta Noroschny | |
Partido(s) | Partido Liberal (1831) |
Legislatura | 1ª Monárquica |
Assinatura |
Em Joinville, Johann Adolph Haltenhoff, ou João Adolfo Haltenhoff, foi vereador da 1ª Legislatura do período monárquico.
Vereador
1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Fazendo 142 votos pelo Partido Liberal, Haltenhoff foi o 2º vereador mais votado nas eleições de 1868.[1] Como o vereador mais votado, Jacob Mueller, mudou-se de Joinville para Curitiba antes da instalação da Câmara, Haltenhoff assumiu a presidência da casa, como vereador mais votado entre os que assumiram o cargo. Quando Haltenhoff decidiu deixar o cargo por motivo de doença, em 1873, Dörffel foi convocado para tomar seu lugar como vereador, enquanto Frederico Lange, como vereador mais votado entre os remanescentes, assumira a presidência.[2]
Informações Biográficas
Imigração
Haltenhoff migrou do reino de Hanover para a Colônia Dona Francisca na brigue dinamarquesa Gloriosa, em 1851, sendo essa a terceira embarcação de imigrantes para Joinville. Junto, trouxe sua esposa Dorothea e três filhas,[3] que se casariam com pessoas de grande vulto na colônia: Maria, que se casaria com o engenheiro e futuro vereador Frederico Heeren; Anna, que se casaria com Aubé e emprestaria seu nome à localidade de Anaburgo; e Louise, que se casaria com Otto Niemeyer.
Início da Colônia
Sendo jurista e contador, desde o início Haltenhoff foi uma liderança na crescente colônia Dona Francisca. Já em 1851, quando a colônia votou a composição de uma comissão para criar os estatutos da comuna, Haltenhoff não só estava entre os 11 eleitos, como foi o relator, usando como modelo os estatutos de Hanover. Ele também foi escolhido como um dos 3 membros da direção da Colônia nos seus primórdios, quando Benno von Frankenberg era o diretor.[4]
O Empreendedor
O dinâmico Haltenhoff era proprietário de uma olaria. A maior parte dos tijolos que hoje compõe o museu nacional de imigração vieram da olaria dele.[1]
Outros fatos importantes
- 1855 - Eleito juiz de paz
- 1855 - Haltenhoff apresenta os estatutos para a criação da Schuetzen-Verein zu Joinville, considerada o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil
- 1857 - Haltenhoff assina, com outros cidadãos, uma petição enviada à presidência da província de Santa Catarina, solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.
- 1863 - Designado sub-delegado de polícia
- 1865 - Convocação para a guerra do Paraguai: Na condição de sub-delegado de polícia, Haltenhoff lançou uma enfática convocação aos colonos, incentivando-os a formarem um batalhão em defesa do Brasil na Guerra do Paraguai, os famosos voluntários da Pátria.[1]
Haltenhoff no fim de sua vida
Em 1870 Haltenhoff se tornou viúvo. Em 1873, por motivo de doença, ele renunciou ao cargo de presidente da câmara e em 1874 regressou à França, onde morreu um ano depois, com 73 anos de idade.[5]
Família
Haltenhoff foi pai de:
- Maria, esposa de Frederico Heeren;
- Anna, esposa de Aubé. Ele foi diretor da Colônia Dona Francisca e procurador do Príncipe de Joinville. Ela deu nome a localidade de Anaburgo;
- Louise, que se casaria com Otto Niemeyer, procurador da Sociedade Colonizadora no Rio de Janeiro.
Homenagens
A rua que liga a 9 de março à Engenheiro Niemeyer chamava-se rua Haltenhoff. Pela resolução nº 173, de 21 de fevereiro de 1912, o nome dessa rua foi alterado para “São Joaquim”, de modo que não há atualmente na cidade nenhum logradouro que remeta à atuante personalidade do primeiro presidente da história do legislativo joinvilense.[6]
Presidente da Câmara Municipal de Joinville na Monarquia | ||
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Presidente em 1868-1873 | Sucedido por Frederico Lange |
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Adolph Haltenhoff. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Adolph_Haltenhoff>. Acesso em: 4 de dezembro de 2024. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2023) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2023) |
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Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 26 de março de 1873, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.
- ↑ Herkenhoff, E. Nossos Prefeitos - 1869-1903. Joinville: Prefeitura de Joinville, 1984.
- ↑ Resolução N. 173. Commercio de JOinville, 24 de fevereiro de 1912. Visitado em 26/10/2022