Mudanças entre as edições de "Henrique Jordan"

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Em Joinville, '''Henrique Jordan''', foi vereador da [[1890-1891 - 1ª Legislatura da Primeira República|1ª]] e da [[1903-1907 - 6ª Legislatura da Primeira República|6ª Legislatura da Primeira República]].
Em Joinville, '''Henrique Jordan''' (Heinrich Friedrich Wilhelm Jordan), foi vereador da [[1890-1891 - 1ª Legislatura da Primeira República|1ª]] e da [[1903-1907 - 6ª Legislatura da Primeira República|6ª Legislatura da Primeira República]].


=Vereador=
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===Eleições perdidas===
===Eleições perdidas===
*1892 - 8 votos.<ref>Kolonie Zeitung, 22 de novembro de 1891.</ref>
*1892 - 8 votos.<ref>Kolonie Zeitung, 22 de novembro de 1892.</ref>
*1895 - 12 votos.<ref>Ata da Sessão de 12 de abril de 1895, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref>
*1895 - 12 votos.<ref>Ata da Sessão de 12 de abril de 1895, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref>


=Outros Cargos Políticos=
=Informações Biográficas=
==Prefeito de Mafra==
[[Arquivo:7963.JPG|200px|miniaturadaimagem|A firma de Henrique Jordan tinha quatro filiais.(Imagem: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville]]
Com o acordo mediado em 1916 pelo presidente [https://pt.wikipedia.org/wiki/Venceslau_Br%C3%A1s Wenceslau Braz], sobre as questão de limites entre Santa Catarina e o Paraná, a parte do município de Rio Negro ao sul do rio homônimo viria a pertencer à Santa Catarina. Assim nascia o município de Mafra, sendo Victorino de Souza Bacellar seu primeiro prefeito em 1917.<ref name="Elly">Herkenhoff, Elly. Nossos Prefeitos - 1869-1903. Joinville: Prefeitura de Joinville, 1984.</ref> Ele governou Mafra de 8 de setembro de 1917 a 7 de janeiro de 1919 por nomeação, e a partir daí até seu falecimento em 1922, por eleição.<ref>[https://www.mafra.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/28127 História]. Município de Mafra. Visitado em 16/02/2023</ref><ref group="nota">A listagem de prefeitos no site da prefeitura de Mafra informa que Bacellar foi prefeito até 1923. No entanto, o registro de óbito dele informa sua morte agosto de 1922.</ref>
Henrique nasceu em Joinville, em 6 de outubro de 1865.<ref name="CLIPAGEM">Arquivo de clipagens do Arquivo Histórico de Joinville.</ref> Quando seu pai faleceu, Henrique tinha 18 anos e era o filho homem mais velho de uma família numerosa.<ref>[https://www.familysearch.org/tree/pedigree/landscape/LC3J-7PT Árvore Genealógica de Henrique Jordan.] Familysearch. Visitado em 03/10/2023</ref>  


=Informações Biográficas=
Henrique primeiro estabeleceu um negócio de ferragens, secos e molhados. Mais tarde, ele se dedicou à indústria e comércio da Erva-Mate, obtendo tal excelência na sua manufatura ao ponto de ganhar uma menção honrosa na exposição do cinquentenário de Joinville, em 1901.<ref name="CLIPAGEM"></ref>  
[[Arquivo:Victorino de souza bacellar morre.jpg.png|238px|miniaturadaimagem|Nota no jornal Rapública informando o falecimento de Bacellar, edição de 11 de agosto de 1922.]]
Bacellar nasceu por volta de 1843<ref group="nota">Elly Herkenhoff, no livro "Nossos Prefeitos - 1869-1903", informa que Bacellar nasceu em 29 de julho, por volta de 1850. As informações no [https://www.familysearch.org/tree/person/details/K4GL-DPT FamilySearch] apontam o nascimento para 19 de maio de 1842, mas sem mostrar fontes. O falecimento em 1922, bem documentado, mostra que ele morreu com 79 anos em 7 de agosto de 1922, portanto, o ano está errado nas duas referências e o dia está divergente.</ref> e é natural de Sâo Francisco do Sul. Sua família era abastada, dona de terras e escravos.<ref name="Blu">Antônio Roberto Nascimento. Figuras do Passado. Blumenau em Cadernos, edição de abril de 1994.</ref> Mudou-se mais tarde para Joinville, atuando como negociante. Na edição de 9 de março de 1887, o jornal Kolonie Zeitung anunciava que Victorino alforriava um escravo de nome Paulo.<ref>Elly Herkenhoff. Escravos Joinvillenses. Blumenau em Cadernos, edição de novembro de 1980.</ref>  


===O Republicano===
===O Republicano===
{{Artigo Principal}} ''[[Proclamação da República em Joinville]]''
{{Artigo Principal}} ''[[Proclamação da República em Joinville]]''
Bacellar se tornou um republicano influente em Joinville. Em 1886 ele se tornou o primeiro presidente do recém-formado Clube Repulicano. Com a proclamação da República em 1889, Bacellar foi o primeiro a ser procurado por Ignacio Bastos, telégrafo que recebeu da estação de Morretes o telegrama oficial assinado por [https://pt.wikipedia.org/wiki/Quintino_Bocaiuva Quintino Bocaiúva].<ref name="Cent">Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.</ref>
Jordan se tornou um republicano influente em Joinville. Em 1886 ele se tornou um dos membros fundadores do recém-formado Clube Republicano. Com a proclamação da República em 1889, Jordan esteve entre os primeiros a saber da notícia, sendo avisado por [[Ernesto Canac]] e encarregado por este de avisar [[Jean Bauer]] das novas.<ref name="Cent">Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.</ref>
 
Mais tarde, Bacellar viria a residir em Rio Negro, vivendo ali na ocasião do desmembramento de Mafra, como já comentado,<ref name="Elly"></ref> vindo a falecer ali em 7 de agosto de 1922.<ref>[https://www.familysearch.org/tree/person/details/K4GL-DPT Victorino De Sousa Bacellar.] Familysearch. Visitado em 17/02/2023</ref>  


===Outros Fatos Importantes===
===Outros Fatos Importantes===
*1881 - Assumiu em fevereiro ou março o posto de juiz municipal, deixando temporariamente a presidência da Câmara para [[Antônio Sinke|Sinke]].
*1886 - O violinista Henrique Jordan estava entre os membros fundadores da Sociedade Musical Lira (Musikverein Lyra), a mesma que mais tarde se uniria ao Harmonie. Ele inclusive atuou no primeiro concerto realizado pela nova sociedade.<ref name="Cent"></ref>
*1890 - Nomeado escrivão da coletoria de rendas do estado, em Joinville.<ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/711497x/252 Governo do Estado de Santa Catharina]. República, 11 de fevereiro de 1890. Visitado em 17/02/2023</ref>
*1891 - Jordan consta como um dos diretores do Clube Harmonie.<ref>Harmonia-Lyra - Palco das Musas, desde 1858. Joinville: Nova Letra, 2010.</ref>
 
*1892 - Designado para o cargo de agente do correio, função que ocupou até o início de 1893, quando foi substituído por Eugenio Schmidt.<ref name="Ficker">Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.</ref>
juiz de paz - eleito
*1895 - Eleito Juiz de Paz com 457 votos.<ref>Das Wahlresultat. Kolonie Zeitung, 09 de abril de 1895.</ref>
1895 - 457 votos.<ref>Das Wahlresultat. Kolonie Zeitung, 09 de abril de 1895.</ref>
*1906 - Jordan esteve entre as autoridades que recepcionaram o presidente eleito Afonso Pena, quando este visitou Joinville.<ref name="Ficker"></ref>
 
=Homenagens=
Uma [https://goo.gl/maps/Y6Rkk2HGbrRDYB2X8 rua no município de Mafra] leva o nome de rua Vitorino Bacelar.


===Morte===
Em 1922 Henrique se retirou das atividades da empresa e foi morar em São Bento do Sul. Lá ele morreu, em 12 de março de 1928.<ref name="CLIPAGEM"></ref>


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===Família===
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A primeira esposa de Henrique foi Jenny, filha de Luís Niemeyer, que foi diretor da colônia Dona Francisca. Por três gerações seguidas os Jordans mantiveram um dos seus entres os vereadores de Joinville. Além de Henrique, seu pai, [[Frederico Jordan|Frederico]], foi vereador na era monárquica. Seu filho, [[Hans Jordan]], foi vereador no período que antecedeu a Era Vargas, além de ter sido deputado estadual e federal. Um dos bisnetos de Henrique, homônimo, é o engenheiro que empresa seu nome a uma rua na cidade, falecido num acidente na Fundição Tupy, em 1971. Outro de seus bisnetos foi o fundador da Companhia Jordan de Veículos. Sua neta, Rotraut-Rose Tamm Jordan, foi esposa de [[David Ernesto de Oliveira]], vereador da [[1ª Legislatura]].<ref name="SubsVII">Elly Herkenhoff e Maria Thereza Böbel. Famílias brasileiras de origem germânica. Volume VII. Publicação do Instituto Hans Staden. São Paulo: 1989</ref>  
! colspan="3" style="background: #ddddff;" | '''Presidente da Câmara Municipal de Joinville na Monarquia'''
|- style="text-align:center;"
| width="30%" | Precedido por<br/>'''[[Augusto Stock]]'''
| width="30%" | Presidente de 1881 a 1883
| width="30%" | Sucedido por<br/>'''[[João Paulo Schmalz]]'''
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=Galeria de Imagens=
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Arquivo:Firma henrique jordan a.jpg|Henrique Jordan se voltou ao comércio de mate
Arquivo:Firma henrique jordan b.jpg|Instalações à beira do Rio Cachoeira
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{{Autor}}
{{:Quadro 1ª Legislatura da Primeira República}}{{:Quadro 6ª Legislatura da Primeira República}}
==Notas==
<references group="nota"/>


=Referências=
=Referências=
[[Category:Vereadores do Período Monárquico]]
[[Category:Vereadores da Primeira República]]
[[Category:Vereadores da Primeira República]]
[[Category:Vereadores]]
[[Category:Vereadores]]
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[[Category:Vereadores da 6ª Legislatura da Primeira República]]
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Edição atual tal como às 16h36min de 25 de abril de 2024

Henrique Jordan
Partido(s)
Legislaturas 1ª e 6ª Legislaturas da Primeira República.
Assinatura

Em Joinville, Henrique Jordan (Heinrich Friedrich Wilhelm Jordan), foi vereador da e da 6ª Legislatura da Primeira República.

Vereador

  • 1890-1891 - 1ª Legislatura da Primeira República: Com o advento da república, a câmara municipal foi dissolvida e no seu lugar foi instaurado um conselho de intendência para cuidar dos assuntos municipais, atuando como Câmara. O republicano Henrique Jordan foi um dos intendentes nomeados pelo Interventor Lauro Müller.[1]
  • 1903-1907 - 6ª Legislatura da Primeira República: Nas eleições de 1902, Jordan recebeu 788 votos, sendo eleito vereador.[2]

Eleições perdidas

  • 1892 - 8 votos.[3]
  • 1895 - 12 votos.[4]

Informações Biográficas

A firma de Henrique Jordan tinha quatro filiais.(Imagem: Acervo do Arquivo Histórico de Joinville

Henrique nasceu em Joinville, em 6 de outubro de 1865.[5] Quando seu pai faleceu, Henrique tinha 18 anos e era o filho homem mais velho de uma família numerosa.[6]

Henrique primeiro estabeleceu um negócio de ferragens, secos e molhados. Mais tarde, ele se dedicou à indústria e comércio da Erva-Mate, obtendo tal excelência na sua manufatura ao ponto de ganhar uma menção honrosa na exposição do cinquentenário de Joinville, em 1901.[5]

O Republicano

Magnifying glass 01.svg.png Ver artigo principal: Proclamação da República em Joinville

Jordan se tornou um republicano influente em Joinville. Em 1886 ele se tornou um dos membros fundadores do recém-formado Clube Republicano. Com a proclamação da República em 1889, Jordan esteve entre os primeiros a saber da notícia, sendo avisado por Ernesto Canac e encarregado por este de avisar Jean Bauer das novas.[7]

Outros Fatos Importantes

  • 1886 - O violinista Henrique Jordan estava entre os membros fundadores da Sociedade Musical Lira (Musikverein Lyra), a mesma que mais tarde se uniria ao Harmonie. Ele inclusive atuou no primeiro concerto realizado pela nova sociedade.[7]
  • 1891 - Jordan consta como um dos diretores do Clube Harmonie.[8]
  • 1892 - Designado para o cargo de agente do correio, função que ocupou até o início de 1893, quando foi substituído por Eugenio Schmidt.[9]
  • 1895 - Eleito Juiz de Paz com 457 votos.[10]
  • 1906 - Jordan esteve entre as autoridades que recepcionaram o presidente eleito Afonso Pena, quando este visitou Joinville.[9]

Morte

Em 1922 Henrique se retirou das atividades da empresa e foi morar em São Bento do Sul. Lá ele morreu, em 12 de março de 1928.[5]

Família

A primeira esposa de Henrique foi Jenny, filha de Luís Niemeyer, que foi diretor da colônia Dona Francisca. Por três gerações seguidas os Jordans mantiveram um dos seus entres os vereadores de Joinville. Além de Henrique, seu pai, Frederico, foi vereador na era monárquica. Seu filho, Hans Jordan, foi vereador no período que antecedeu a Era Vargas, além de ter sido deputado estadual e federal. Um dos bisnetos de Henrique, homônimo, é o engenheiro que empresa seu nome a uma rua na cidade, falecido num acidente na Fundição Tupy, em 1971. Outro de seus bisnetos foi o fundador da Companhia Jordan de Veículos. Sua neta, Rotraut-Rose Tamm Jordan, foi esposa de David Ernesto de Oliveira, vereador da 1ª Legislatura.[11]

Galeria de Imagens

Vereadores da 1ª Legislatura da Primeira República
Carlos KumlehnErnesto CanacFrederico BrüstleinFernando RognerHenrique JordanJoão Eugênio Moreira Jr.Victorino de Souza Bacellar

Quadro 6ª Legislatura da Primeira República

Referências

  1. Parte Official - Governo do Estado de Santa Catharina. República, de Florianópolis, 8 de janeiro de 1890. Visitado em 21/10/2022
  2. Resultat der Munizipalwahl am 7 Dezember 1902. Kolonie Zeitung, 11 de dezembro de 1902.
  3. Kolonie Zeitung, 22 de novembro de 1892.
  4. Ata da Sessão de 12 de abril de 1895, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
  5. 5,0 5,1 5,2 Arquivo de clipagens do Arquivo Histórico de Joinville.
  6. Árvore Genealógica de Henrique Jordan. Familysearch. Visitado em 03/10/2023
  7. 7,0 7,1 Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.
  8. Harmonia-Lyra - Palco das Musas, desde 1858. Joinville: Nova Letra, 2010.
  9. 9,0 9,1 Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
  10. Das Wahlresultat. Kolonie Zeitung, 09 de abril de 1895.
  11. Elly Herkenhoff e Maria Thereza Böbel. Famílias brasileiras de origem germânica. Volume VII. Publicação do Instituto Hans Staden. São Paulo: 1989