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*'''3ª Legislatura da Primeira República (1893-1895):''' Schmalz não estava entre os eleitos originalmente, mas como aparentemente [[Antônio Sinke|Sinke]] perdeu o interesse pelo cargo de vereador, deixando de comparecer às sessões da casa<ref>Ata da Sessão Ordinária de 13 de janeiro de 1869, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> até que seu cargo foi dado por abandonado, em 31 de agosto foi realizada uma eleição para o preenchimento dessa vaga. Schmalz venceu esse pleito obtendo 116 votos.<ref>Ata da Sessão Extraordinária de 13 de setembro de 1893, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> Com a derrota dos federalistas na revolução, houve um expurgo de pessoas ligadas a essa causa, e na câmara de Joinville alguns vereadores foram exonerados. O presidente, [[Abdon Baptista]], estava entre eles. Por telegrama do governo de Santa Catarina, então sob a autoridade do interventor federal [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Moreira_C%C3%A9sar Antônio Moreira César], João Paulo Schmalz foi nomeado presidente da casa, em clara contradição à lei, que ordenava eleição entre os pares.<ref>Ata da Sessão Extraordinária de 13 de abril de 1894, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> Segundo Dilney Cunha (2003, p. 169) Schmalz foi escolhido por seu "''intransigente apoio prestado ao governo centralizador republicano''".<ref name="Suíços">Dilney Fermino Cunha. Suíços em Joinville - O Duplo Desterro. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 2003. ISBN: 8578020197</ref> | *'''3ª Legislatura da Primeira República (1893-1895):''' Schmalz não estava entre os eleitos originalmente, mas como aparentemente [[Antônio Sinke|Sinke]] perdeu o interesse pelo cargo de vereador, deixando de comparecer às sessões da casa<ref>Ata da Sessão Ordinária de 13 de janeiro de 1869, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> até que seu cargo foi dado por abandonado, em 31 de agosto foi realizada uma eleição para o preenchimento dessa vaga. Schmalz venceu esse pleito obtendo 116 votos.<ref>Ata da Sessão Extraordinária de 13 de setembro de 1893, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> Com a derrota dos federalistas na revolução, houve um expurgo de pessoas ligadas a essa causa, e na câmara de Joinville alguns vereadores foram exonerados. O presidente, [[Abdon Baptista]], estava entre eles. Por telegrama do governo de Santa Catarina, então sob a autoridade do interventor federal [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Moreira_C%C3%A9sar Antônio Moreira César], João Paulo Schmalz foi nomeado presidente da casa, em clara contradição à lei, que ordenava eleição entre os pares.<ref>Ata da Sessão Extraordinária de 13 de abril de 1894, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.</ref> Segundo Dilney Cunha (2003, p. 169) Schmalz foi escolhido por seu "''intransigente apoio prestado ao governo centralizador republicano''".<ref name="Suíços">Dilney Fermino Cunha. Suíços em Joinville - O Duplo Desterro. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 2003. ISBN: 8578020197</ref> | ||
===Eleições Perdidas=== | |||
*1880 - 3 votos.<ref name="Gaz">[http://memoria.bn.br/docreader/711608/574 Noticias Locaes - Joinville - Eleição Municipal]. Gazeta de Joinville, 6 de julho de 1980. Visitado em 20/01/2023</ref> | |||
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Edição das 12h54min de 27 de abril de 2023
João Paulo Schmalz | |
Foto: FamilySearch | |
Partido(s) | Liberal (1831) |
Legislatura | 5ª legislatura Monárquica e 3ª legislatura da Primeira República |
Em Joinville, João Gomes de Oliveira, pai de outro vereador homônimo, foi vereador da 5ª Legislatura Monárquica e da 3ª Legislatura da Primeira República.
Vereador
- 5ª Legislatura Monárquica (1883-1887): Disputando as eleições pelo Partido Liberal, Schmalz conseguiu 9 votos, sendo o 3º vereador melhor votado (empatado com outros dois).[1] Na primeira sessão do ano de 1883, Schmalz foi eleito Vice-Presidente da Câmara.[2] Foi o primeiro presidente eleito pelos pares, em conformidade com as novidades trazidas pela Lei Saraiva, de 1881.
- 3ª Legislatura da Primeira República (1893-1895): Schmalz não estava entre os eleitos originalmente, mas como aparentemente Sinke perdeu o interesse pelo cargo de vereador, deixando de comparecer às sessões da casa[3] até que seu cargo foi dado por abandonado, em 31 de agosto foi realizada uma eleição para o preenchimento dessa vaga. Schmalz venceu esse pleito obtendo 116 votos.[4] Com a derrota dos federalistas na revolução, houve um expurgo de pessoas ligadas a essa causa, e na câmara de Joinville alguns vereadores foram exonerados. O presidente, Abdon Baptista, estava entre eles. Por telegrama do governo de Santa Catarina, então sob a autoridade do interventor federal Antônio Moreira César, João Paulo Schmalz foi nomeado presidente da casa, em clara contradição à lei, que ordenava eleição entre os pares.[5] Segundo Dilney Cunha (2003, p. 169) Schmalz foi escolhido por seu "intransigente apoio prestado ao governo centralizador republicano".[6]
Eleições Perdidas
- 1880 - 3 votos.[7]
Outros Cargos Políticos
Deputado Provincial
Eleições Perdidas
- 1885 - Partido Liberal - 32 votos. (Ser adversário conservador, Hermann August Lepper, 106 votos.[8]
Informações Biográficas
João Paulo Schmalz nasceu a 5 de maio de 1844 em Nidau, na Suíça.[9] Ele veio para Joinville em 1852, no navio Emma & Louise, quando tinha apenas 7 anos de idade, juntos com pais e irmãos.[10]
Segundo a historiadora Elly Herkenhorf (p.32, 1894), Schmalz atuou como serralheiro e dirigiu por 32 anos a usina de açúcar e álcool do Duque D'Aumale, irmão do Príncipe de Joinville. Ele foi Juiz de Paz em vários períodos, e mestre da "Deutscher Turnverein zu Joinville", a Sociedade Ginástica. Schmalz também foi Tenente-Coronel da GUarda Nacional.[9]
Homenagens
Em 1959 o trecho inicial da atual rua Max Colin, entre a Dona Francisca e a rua Dr. João Colin, teve seu nome alterado de rua Ceará para rua João Paulo Schmalz.[11] Atualmente, um logradouro no Distrito Industrial de Joinville leva o nome de rua João Paulo Schmalz.
Presidente da Câmara Municipal de Joinville na Monarquia | ||
---|---|---|
Precedido por Victorino de Souza Bacellar |
Presidente de 1883 a 1887 | Sucedido por Frederico Brüstlein |
Presidente da Câmara Municipal de Joinville na 1ª República | ||
---|---|---|
Precedido por Abdon Baptista |
Presidente de 1894 a 1895 | Sucedido por Frederico Brüstlein |
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de João Paulo Schmalz. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Jo%C3%A3o_Paulo_Schmalz>. Acesso em: 16 de maio de 2024. |
Citação com autor incluído no texto
PINHEIRO (2024) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2024) |
Referências
- ↑ Noticias Locaes - Eleição Municipal. Gazeta de Joinville, 5 de julho de 1982. Visitado em 12/04/2023
- ↑ Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 10 de janeiro de 1883. Visitado em 12/04/2023
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 13 de janeiro de 1869, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão Extraordinária de 13 de setembro de 1893, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Ata da Sessão Extraordinária de 13 de abril de 1894, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
- ↑ Dilney Fermino Cunha. Suíços em Joinville - O Duplo Desterro. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 2003. ISBN: 8578020197
- ↑ Noticias Locaes - Joinville - Eleição Municipal. Gazeta de Joinville, 6 de julho de 1980. Visitado em 20/01/2023
- ↑ Carlos Ficker. História de Joinville - Subsídios para a Crônica da Colônia Dona Francisca. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965.
- ↑ 9,0 9,1 Elly Herkenhoff. Joinville - Nossos Prefeitos: 1869-1903. Joinville: Prefeitura de Joinville, 1984.
- ↑ Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Lei Municipal nº 510/1959. Visitado em 15/04/2023
- Vereadores do Período Monárquico
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