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[[Arquivo:Bernard poschaan jr lote.png|288px|miniaturadaimagem|O Lote de Bernardo Poschann Jr.(verde), situado no fim da atual rua do Príncipe (azul). Mapa de Banholzer-1852.]]
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[[Arquivo:Bernardo poschaan jr 2.jpg|188px|miniaturadaimagem|Bernardo Poschaan Jr. - Arquivo Histórico de Joinville.]]
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Ainda em 1851, Bernardo já havia adquirido o lote na atual rua do Príncipe, que iniciava aproximadamente na frente da atual Caixa Econômica, abrangia as terras da Catedral e terminaria na esquina com a atual Ministro Calógeras. Segundo Ficker (1965, p. 84), essa seria instalada ali a primeira indústria do núcleo colonial. Com a ajuda de noruegueses, contando com a valiosa direção do mestre ceramista Rolf Lyng, Bernardo passou a suprir a crescente colônia com telhas. Por isso, a rua do príncipe chamava-se Ziegeleistrasse (Rua da Olaria).<ref name="Ficker"></ref>
Ainda em 1851, Bernardo já havia adquirido o lote na atual rua do Príncipe, que iniciava aproximadamente na frente da atual Caixa Econômica, abrangia as terras da Catedral e terminaria na esquina com a atual Ministro Calógeras. Segundo Ficker (1965, p. 84), seria instalada ali a primeira indústria do núcleo colonial. Com a ajuda de noruegueses, contando com a valiosa direção do mestre ceramista Rolf Lyng, Bernardo passou a suprir a crescente colônia com telhas. Por isso, a rua do príncipe chamava-se Ziegeleistrasse (Rua da Olaria).<ref name="Ficker"></ref>


Bernardo também esteve à frente de um empreendimento agrícola, localizado no final da rua XV de Novembro, no final do atual bairro Glória. Lá, ele comprou um vasto latifúndio, edificou uma casa de moradia e ranchos em forma de "vila" (moradias simples em torno de um pátio central). O empreedimento fornecia à Colônia cana de açúcar, batata, mandioca e araruta. Poschaan foi um dos grande empregadores do início de Joinville.<ref>Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.</ref>
Bernardo também esteve à frente de um empreendimento agrícola, localizado no final da rua XV de Novembro, no final do atual bairro Glória. Lá, ele comprou um vasto latifúndio, edificou uma casa de moradia e ranchos em forma de "vila" (moradias simples em torno de um pátio central). O empreedimento fornecia à Colônia cana de açúcar, batata, mandioca e araruta. Poschaan foi um dos grande empregadores do início de Joinville.<ref>Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.</ref>

Edição das 02h39min de 11 de dezembro de 2022

Bernardo Poschann Jr.
Bernardo poschaan jr.jpg
Foto: Arquivo Histórico de Joinville
Partido(s) Partido Liberal (1831)
Legislatura 1ª Monárquica
Assinatura Poschaan assina.jpg

Em Joinville, Bernardo Joaquim Poschann Jr. ou Bernhard Poschann Jr. foi vereador da 1ª Legislatura do período monárquico.

Vereador

1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Fazendo 130 votos pelo Partido Liberal, Bernardo foi o 5º vereador mais votado nas eleições de 1868.[1] Membro da Comissão de Obras Públicas, ele era constantemente acionado para supervionar manutenções em pontes e caminhos. Por exemplo, a ata da sessão de 05 de outubro de 1872 registra sua nomeação como encarregado para "concertar o caminho Mittelweg" (rua XV de Novembro).[2] Bernardo faleceu em abril de 1873. Para ocupar seu lugar, foi efetivado o suplente Carlos Monich.[3]

Informações Biográficas

Bernardo Poschann Jr. era filho de um dos diretores da Sociedade Colonizadora de 1849 em Hamburgo. Era um homem empreendedor e de posses.[1]

Imigração

Com 20 anos de idade, Bernardo Poschann Jr. imigrou à bordo da brique dinamarquesa Gloriosa, famosa por ter trazido à colônia algumas das lideranças ecônomicas da nascente Joinville. Haltenhoff também veio à bordo dessa embarcação. A brigue chegou na colônia em 27 de setembro de 1851.[4] Como seu pai acabou vindo para Joinville em 1853, é necessário cuidado para não confundir os dois na literatura historiográfica joinvilense.

O Empreendedor

O Lote de Bernardo Poschann Jr.(verde), situado no fim da atual rua do Príncipe (azul). Mapa de Banholzer-1852.
Bernardo Poschaan Jr. - Arquivo Histórico de Joinville.

Ainda em 1851, Bernardo já havia adquirido o lote na atual rua do Príncipe, que iniciava aproximadamente na frente da atual Caixa Econômica, abrangia as terras da Catedral e terminaria na esquina com a atual Ministro Calógeras. Segundo Ficker (1965, p. 84), seria instalada ali a primeira indústria do núcleo colonial. Com a ajuda de noruegueses, contando com a valiosa direção do mestre ceramista Rolf Lyng, Bernardo passou a suprir a crescente colônia com telhas. Por isso, a rua do príncipe chamava-se Ziegeleistrasse (Rua da Olaria).[1]

Bernardo também esteve à frente de um empreendimento agrícola, localizado no final da rua XV de Novembro, no final do atual bairro Glória. Lá, ele comprou um vasto latifúndio, edificou uma casa de moradia e ranchos em forma de "vila" (moradias simples em torno de um pátio central). O empreedimento fornecia à Colônia cana de açúcar, batata, mandioca e araruta. Poschaan foi um dos grande empregadores do início de Joinville.[5]

Uma relato de Ficker (1965, p. 220) pode ter destacado como Bernardo era um homem metódico. Diz o autor:

Ao mesmo tempo, Emile Mathorel inicia o desmatamento de grandes áreas no lugar denominado “Poço de Cortume", nas terras do Duque de Aumale, e começa a plantação de cana-de-açúcar. Recebeu do Sr. Bernhard Poschaan Jr. valiosas informações sobre esses trabalhos, e as perspectivas positivas de um empreendimento agrícola nêsse local. Ainda existem os relatórios apresentados por Poschaan, baseados em experiência própria, com indicação sôbre preços da mão de obra, possibilidades de exportação e lucros.[1] Ao que tudo indica, Bernardo era um homem organizado.

Outros fatos importantes

  • 1851 - Eleito um dos membros da comissão para criar os estatutos da Comuna.
  • 1852 - Eleito conselheiro do conselho comunal.
  • 1855 - Membro-fundador da Schützen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil.
  • 1857 - Em visita a Joinville, o presidente da província João José Coutinho foi conhecer o empreedimento agrícola de Bernardo.
  • 1857 - Bernardo assina, com outros cidadãos, uma petição à presidência da província solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.
  • 1863 - Juiz de paz.[1]

Eleitor Geral

O artigo 90 da Constituição federal de 1824, preceituando sobre as eleições de senadores e deputados.

Bernardo era eleitor geral ou eleitor de 2º grau, o que lhe permitia votar para deputados e senadores. Os eleitores de 2º grau (eleitores gerais) eram eleitos pelos eleitores de 1º grau (Eleitores de paróquia). Com o falecimento de Bernardo, Alberto Kröhne assumiu o posto de eleitor geral.[6]

Morte de Bernardo

Bernardo teve sua vida ceifada em pleno mandato como vereador. Como em 1873 uma epidemia de febra amarela grassou a partir do Rio de Janeiro, a doença acometeu Bernardo.[1]

Vereadores da 1ª Legislatura Monárquica
Adolph HaltenhoffBenno von FrankenbergBernardo Poschaan Jr.Carlos MonichFrederico JordanFrederico LangeFrederico SchlemmJacob RichlinJean BauerLudovico von LaspergOttokar Dörffel




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Bernardo Poschaan Jr.. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Bernardo_Poschaan_Jr.>. Acesso em: 7 de junho de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

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Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
  2. Ata da Sessão Ordinária de 5 de outubro de 1872, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
  3. Ata da Sessão Ordinária de 11 de abril de 1873, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
  4. Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
  5. Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.
  6. Ata da Sessão Ordinária de 7 de julho de 1873, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.