5ª Legislatura
5ª Legislatura | |
1963-1967 | |
Presidente 1963-64 | Caetano É. Silveira Jr. |
Presidente 1965-66 | Curt Alvino Monich |
Número de Vereadores | 13 |
Vereador mais votado | Nilson Bender |
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A 5ª Legislatura teve 13 vereadores, sendo instalada em 4 fevereiro de 1963.[1] O advento do regime militar não interrompeu a legislatura.[2] A seguinte tomou posse em fevereiro de 1967.[nota 1]
Eleições
As eleições para vereador ocorreram em 7 de outubro de 1962, com um eleitorado de 32.966 votantes. A ausência de eleitores foi de 4.638. A votação por legenda ficou assim:
Legenda | UDN | PTB | PSD | PRP | PDC | PSP | Nulos | Em Branco | TOTAL |
Votos | 9.907 | 6.072 | 5.420 | 3.383 | 1.440 | 396 | 1.180 | 530 | 28.328 |
Vereadores Eleitos | 5 | 3 | 3 | 2 | 0 | 0 |
Nilson Bender (3.476 votos) e Wittich Freitag (2.482 votos) foram os mais votados.[3]
Mesa Diretora
Biênio | Presidente | Vice-Presidente | 1º Secretário | 2º Secretário |
1963-1964 | Caetano Évora da Silveira | Curt Alvino Monich | Antônio Vilmar Córdova | Guilherme Zuege |
1965-1966 | Curt Alvino Monich |
Vereadores Eleitos
- Antônio Vilmar Córdova - PTB - 1.245 votos
- Caetano Évora da Silveira Jr. - PTB - 831 votos
- Curt Alvino Monich - UDN - 753 votos
- Édio Fernandes - PSD - 345 votos
- Eugênio Brüske - PRP - 989 votos
- Guilherme Zuege - UDN - 1.149 votos
- Heinz Schulz - UDN - 881 votos
- Konrad Kaesemodel - UDN - 553 votos
- Marcos Manoel Martins - PTB - 810 votos
- Nilson Wilson Bender - UDN - 3.476 votos - Mais votado
- Reinaldo Gomes de França - PSD - 441 votos
- Raulino Rosskamp - PRP - 790 votos
- Wittich Freitag - PSD - 2.482 votos
Suplentes Convocados
Momentos Marcantes da 5ª Legislatura
A Câmara Municipal em Foco
Narra o jornalista Ary Silveira de Souza que, como repórter da rádio Difusora de Joinville, ele gravava os pronunciamentos dos vereadores feitos nas sessões da Câmara, usualmente às terça-feiras. Depois, ele editava os discursos para se encaixarem no programa A Câmara Municipal em Foco, que tinha duração de uma hora.
Como o programa era patrocinado pelo legislativo municipal, a edição era submetida à aprovação do presidente da casa, na ocasião, Caetano, que fazia questão de ser justo na distribuição do tempo de cada vereador na rádio, cuidando que não houvesse privilégio aos aliados ou prejuízo aos adversários políticos.[4]
A Praça Caetano Évora da Silveira, em Pirabeiraba
- Ver artigo principal: Praça Caetano Évora da Silveira
Tramitou em 1963 na Câmara um projeto que denominava de "Caetano Évora da Silveira" uma praça, na ocasião recém construída, no distrito de Pirabeiraba.
Como Caetano havia sido apenas prefeito interino, houve relutância em nomear uma praça em sua homenagem, resistência demonstrada pela apertada votação na Câmara: 5 vereadores contra e 5 a favor.
O voto de qualidade recaía sobre o presidente da casa, que por ironia do destino era justamente Caetano Évora da Silveira, que resolveu ser merecida a homenagem, e votou a favor do projeto.[5]
Golpe de 1964 e Início da Ditadura Civil-Militar
- Ver artigo principal: Manifesto de 1964
A ruptura institucional ocorrida em 1964 não interrompeu a 5ª Legislatura, que inclusive, de forma geral, aplaudiu o novo regime. No dia seguinte ao golpe, a Câmara publicou um manifesto assinado por dez vereadores que descrevia o golpe militar como uma salvação que "(...) há de repor o nosso país ao seu verdadeiro lugar de honra, liberto da sanha demagógica e da dialética importada." [6]
Legislaturas pós-Era Vargas | ||
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Precedida pela 4ª Legislatura |
5ª Legislatura Pós Era Vargas | Sucedida pela 6ª Legislatura |
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Câmara de Joinville: 5ª Legislatura. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=5%C2%AA_Legislatura>. Acesso em: 5 de outubro de 2024. |
Citação com autor incluído no texto
PINHEIRO (2024) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2024) |
Notas
- ↑ Esta é a 5ª Legislatura "pós-Era Vargas", ou "pós-redemocratização". O Memória CVJ prefere a expressão "pós-Era Vargas", em vez da já consagrada "pós-redemocratização, porque com as constantes rupturas vividas pela nação, o Brasil não viveu só uma redemocratização. Por exemplo, dentro da atual numeração de legislaturas em Joinville tivemos duas: A que se seguiu à Era Vargas e a que veio após o fim da ditadura militar. "Pós-Era Vargas" não deve ser confundida com o período chamado de "Era pós-Vargas", que também se chama de quarta república, correspondente ao período democrático situado entre a ditadura varguista e a civil-militar que se iniciou em 1964. Pós-Era Vargas é tudo o que aconteceu após a queda do Estado Novo, e dura até os dias atuais.
Referências
- ↑ Empossados os Novos Vereadores de Joinville. A Notícia, 07 de fevereiro de 1963.
- ↑ Ternes, A; Vicenzi, H. Legislativo de Joinville - Subsídios para sua história. 2 Ed. Joinville: Editora Letra D'Água, 2006. ISBN: 85-87648-09-8
- ↑ A Notícia. UDN elegiu 5, PSD 3, PTB 3 e PRP 2 Representantes.. Edição de 15 de outubro de 1950.
- ↑ Souza, Ary Silveira de. Memórias de um Repórter Joinvilense. 1 Ed. Joinville: Editora Areia, 2018.
- ↑ A Notícia, Edição de 15 de agosto de 1963.
- ↑ Souza, Sirlei de. Ecos de Resistência na Desconstrução da Ordem: Uma Análise da "Revolução de 64" em Joinville. Orientador: Prof. Dr. Élio Cantalício Serpa. 1998. Dissertação (Mestrado) – Pós-Graduação em História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina.