Ottokar Dörffel

De Memória CVJ
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Ottokar Dörffel
Otokkar doerffel.png
Foto: acervo de Roberta Noroschny
Partido(s)
Legislatura 1ª Monárquica
Assinatura Haltenhoff assina.png

Em Joinville, Ottokar Dörffel, foi vereador da , e 3ª Legislatura Monárquica.

Vereador

Artigo 22 da lei que regulava a atuação e eleição da Câmara, de 1º de outubro de 1828

1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Fazendo 40 nas eleições de 1868, Ottokar Dörffel ficou na suplência nas eleições de 1868, empatado com Eduardo Trinks. A decisão de qual vereador teria precedência na convocação foi decidida por sorte, conforme orientava o artigo 22 da lei de 1º de outubro de 1828, que regulava as atribuições e eleição da Câmara. Dörffel venceu o sorteio.[1]

2ª Legislatura monárquica (1874-1877):

3ª Legislatura monárquica (1877-1881):

Informações Biográficas

Imigração

Haltenhoff migrou do reino de Hanover para a Colônia Dona Francisca na brigue dinamarquesa Gloriosa, em 1851, sendo essa a terceira embarcação de imigrantes. Junto, trouxe sua esposa Dorothea e três filhas,[2] que se casariam com pessoas de grande vulto na colônia: Maria, que se casaria com o engenheiro e futuro vereador Frederico Heeren; Anna, que se casaria com Aubé e emprestaria seu nome à localidade de Anaburgo; e Louise, que se casaria com Otto Niemeyer.

Início da Colônia

Sendo jurista e contador, desde o início Haltenhoff foi uma liderança na crescente colônia Dona Francisca. Já em 1851, quando a colônia votou a composição de uma comissão para criar os estatutos da comuna, Haltenhoff não só estava entre os 11 eleitos, como foi o relator, usando como modelo os estatutos de Hanover. Ele também foi escolhido como um dos 3 membros da direção da Colônia nos seus primórdios, quando Benno von Frankenberg era o diretor.[3]

O Empreendedor

O dinâmico Haltenhoff era proprietário de uma olaria. A maior parte dos tijolos que hoje compõe o museu nacional de imigração vieram da olaria dele.[4]

Outros fatos importantes

  • 1855 - Eleito juiz de paz
  • 1855 - Haltenhoff apresenta os estatutos para a criação da Schuetzen-Verein zu Joinville, considerado o primeiro clube de tiro ao alvo do Brasil
  • 1857 - Haltenhoff assina, com outros cidadãos, uma petição enviada à presidência da província de Santa Catarina, solicitando a elevação de Joinville à condição de Vila, o que permitiria formar uma Câmara Municipal própria.
  • 1863 - Designado sub-delegado de polícia
  • 1865 - Convocação para a guerra do Paraguai: Na condição de sub-delegado de polícia, Haltenhoff lançou uma enfática convocação aos colonos, incentivando-os a formarem um batalhão em defesa do Brasil na Guerra do Paraguai, os famosos voluntários da Pátria.[4]

Haltenhoff no fim de sua vida

Em 1870 Haltenhoff se tornou viúvo. Em 1873, por motivo de doença, ele renunciou ao cargo de presidente da câmara e em 1874 regressou à França, onde morreu um ano depois, com 73 anos de idade.[5]

Homenagens

A rua São Joaquim primeiro chamava-se rua Haltenhoff

A rua que liga a 9 de março à Engenheiro Niemeyer chamava-se rua Haltenhoff. Pela resolução nº 173, de 21 de fevereiro de 1912, o nome dessa rua foi alterado para “São Joaquim”, de modo que não há atualmente na cidade nenhum logradouro que remeta à atuante personalidade do primeiro presidente da história do legislativo joinvilense.[6]

Presidente da Câmara Municipal de Joinville
Precedido por
Frederico Lange
Presidente em 1874-1877 Sucedido por
Augusto Stock
Vereadores da 1ª Legislatura Monárquica
Adolph HaltenhoffBenno von FrankenbergBernardo Poschaan Jr.Carlos MonichFrederico JordanFrederico LangeFrederico SchlemmJacob RichlinJean BauerLudovico von LaspergOttokar Dörffel




Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC

Como Citar
Referência

PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Ottokar Dörffel. Memória CVJ, 2024. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Ottokar_D%C3%B6rffel>. Acesso em: 9 de junho de 2024.

Citação com autor incluído no texto

PINHEIRO (2024)

Citação com autor não incluído no texto

(PINHEIRO, 2024)

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Referências

  1. Ata da Sessão Ordinária de 11 de maio de 1828, em guarda do Arquivo Historico de Joinville.
  2. Listas de Imigrantes, Arquivo Histórico de Joinville.
  3. Rodowicz-Oswiecimsky, Theodor. A Colônia Dona Francisca no Sul do Brasil. Florianópolis: Ed. da UFSC, FCC; Joinville: FCJ, 1992.
  4. 4,0 4,1 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
  5. Herkenhoff, E. Nossos Prefeitos - 1869-1903. Joinville: Prefeitura de Joinville, 1984.
  6. Resolução N. 173. Commercio de JOinville, 24 de fevereiro de 1912. Visitado em 26/10/2022