Mudanças entre as edições de "Frederico Jordan"
(4 revisões intermediárias por 2 usuários não estão sendo mostradas) | |||
Linha 21: | Linha 21: | ||
=Vereador= | =Vereador= | ||
*'''1ª Legislatura monárquica (1869-1874):''' Fazendo 46 votos, Frederico Jordan foi o suplente mais votado.<ref name="Cent">Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.</ref> Como Jacob Müller saiu da cidade sem assumir o cargo, Frederico foi convocado e já atuou como vereador desde a primeira sessão.<ref>Ata da Sessão Ordinária de 13 de janeiro de 1869, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref> | *'''1ª Legislatura monárquica (1869-1874):''' Fazendo 46 votos, Frederico Jordan foi o suplente mais votado.<ref name="Cent">Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.</ref> Como [[Jacob Müller]] saiu da cidade sem assumir o cargo, Frederico foi convocado e já atuou como vereador desde a primeira sessão.<ref>Ata da Sessão Ordinária de 13 de janeiro de 1869, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.</ref> | ||
*'''3ª Legislatura monárquica (1877-1881):''' Ficando na suplência pelo Partido Liberal, Frederico Jordan acabou sendo convocado devido a um processo judicial que suspendeu cinco vereadores por cerca de um mês.<ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=711608&pesq=haltenhoff&pagfis=3 Noticias Locaes - Processo de Responsabilidade]. Gazeta de Joinville, 2 de outubro de 1877.</ref> {{Artigo Principal}} ''[[Assembleia Legislativa Provincial versus Câmara de Joinville]]'' | *'''3ª Legislatura monárquica (1877-1881):''' Ficando na suplência pelo Partido Liberal, Frederico Jordan acabou sendo convocado devido a um processo judicial que suspendeu cinco vereadores por cerca de um mês.<ref>[http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=711608&pesq=haltenhoff&pagfis=3 Noticias Locaes - Processo de Responsabilidade]. Gazeta de Joinville, 2 de outubro de 1877.</ref> {{Artigo Principal}} ''[[Assembleia Legislativa Provincial versus Câmara de Joinville]]'' | ||
*'''4ª Legislatura monárquica (1881-1883):''' Conquistando 46 votos, Jordan foi eleito vereador nas eleições de 1880.<ref name="Cent"></ref> | *'''4ª Legislatura monárquica (1881-1883):''' Conquistando 46 votos, Jordan foi eleito vereador nas eleições de 1880.<ref name="Cent"></ref> | ||
=Informações Biográficas= | =Informações Biográficas= | ||
Linha 36: | Linha 33: | ||
===<div id="Marcha Sobre Joinville>Jordan e a "Marcha Sobre Joinville"</div>=== | ===<div id="Marcha Sobre Joinville>Jordan e a "Marcha Sobre Joinville"</div>=== | ||
[[Arquivo:Frederico jordan delegado.jpg|288px|miniaturadaimagem|Gazeta de Joinville anunciando a exoneração de delegado Jordan, em 1880.<ref name="delegado"></ref>]] | [[Arquivo:Frederico jordan delegado.jpg|288px|miniaturadaimagem|Gazeta de Joinville anunciando a exoneração de delegado Jordan, em 1880.<ref name="delegado"></ref>]] | ||
Entre 1876 e 1877, São Bento do Sul teve más colheitas por causa de uma grande seca seguida por chuvas constantes e ataques de pragas. Para mitigar o problema econômico, a direção da Colônia Dona Francisca empregou os colonos na construção da Estrada Dona Francisca. Ocorreu porém que com a troca na presidência da província, houve ordem de | Entre 1876 e 1877, São Bento do Sul teve más colheitas por causa de uma grande seca seguida por chuvas constantes e ataques de pragas. Para mitigar o problema econômico, a direção da Colônia Dona Francisca empregou os colonos na construção da Estrada Dona Francisca. Ocorreu porém que com a troca na presidência da província, houve ordem de paralisar as obras e suspender os pagamentos. Essa situação deixou os colonos revoltados, e 300 deles se armaram para descer e invadir Joinville.<ref name="Ficker"></ref> | ||
Porém o delegado de polícia nessa ocasião era Frederico Jordan, que avisado da rebelião, auxiliado por Etienne Douat e [[Frederico Brüstlein]], reuniu joinvilenses capazes de defender a cidade e esperou os revoltosos à cerca de um quilômetro da cidade. Ali, os líderes joinvilenses chamaram os colonos de São Bento à razão. Admoestados, estando diante de uma guarda de defesa e cansados da longa marcha, estes depuseram as armas. O Dr. Manoel de Azevedo Monteiro, chefe de polícia interino enviado com praças para restabelecer a ordem e inquirir a situação, disse em seu relatório que: | Porém o delegado de polícia nessa ocasião era Frederico Jordan, que avisado da rebelião, auxiliado por Etienne Douat e [[Frederico Brüstlein]], reuniu joinvilenses capazes de defender a cidade e esperou os revoltosos à cerca de um quilômetro da cidade. Ali, os líderes joinvilenses chamaram os colonos de São Bento à razão. Admoestados, estando diante de uma guarda de defesa e cansados da longa marcha, estes depuseram as armas. O Dr. Manoel de Azevedo Monteiro, chefe de polícia interino enviado com praças para restabelecer a ordem e inquirir a situação, disse em seu relatório que: | ||
Linha 49: | Linha 46: | ||
===Família=== | ===Família=== | ||
Por três gerações seguidas os Jordans mantiveram um dos seus entres os vereadores de Joinville. Além de Frederico, seu filho [[Henrique Jordan|Henrique]] foi vereador no início do período republicano e seu neto, [[Hans Jordan|Hans]], foi vereador no período que antecedeu a Era Vargas, além de ter sido deputado estadual e federal. Um dos trinetos de Frederico é o engenheiro Henrique Jordan, que | Por três gerações seguidas os Jordans mantiveram um dos seus entres os vereadores de Joinville. Além de Frederico, seu filho [[Henrique Jordan|Henrique]] foi vereador no início do período republicano e seu neto, [[Hans Jordan|Hans]], foi vereador no período que antecedeu a Era Vargas, além de ter sido deputado estadual e federal. Um dos trinetos de Frederico é o engenheiro Henrique Jordan, que empresta seu nome a uma rua na cidade, falecido num acidente de trânsito ao sair da Fundição Tupy, em 1971. Outro de seus trinetos foi o fundador da Companhia Jordan de Veículos. Sua bisneta, Rotraut-Rose Tamm Jordan, foi esposa de [[David Ernesto de Oliveira]], vereador da [[1ª Legislatura]].<ref name="SubsVII">Elly Herkenhoff e Maria Thereza Böbel. Famílias brasileiras de origem germânica. Volume VII. Publicação do Instituto Hans Staden. São Paulo: 1989</ref> | ||
{{:Quadro_1ª Legislatura Monárquica}}{{:Quadro_3ª Legislatura Monárquica}}{{:Quadro_4ª Legislatura Monárquica}} | {{:Quadro_1ª Legislatura Monárquica}}{{:Quadro_3ª Legislatura Monárquica}}{{:Quadro_4ª Legislatura Monárquica}} | ||
{{Autor}} | {{Autor}} | ||
=Referências= | =Referências= | ||
[[Category:Vereadores do Período Monárquico]] | [[Category:Vereadores do Período Monárquico]] |
Edição atual tal como às 15h16min de 25 de novembro de 2024
Frederico Jordan | |
![]() | |
Arquivo Histórico de Joinville | |
Partido(s) | Partido Liberal (1831) |
Legislatura | 1ª, 3ª e 4ª legislatura Monárquica |
Assinatura | ![]() |
Em Joinville, Frederico (Friedrich) Jordan, foi vereador da 1ª, 3ª e 4ª Legislatura Monárquica.
Vereador
- 1ª Legislatura monárquica (1869-1874): Fazendo 46 votos, Frederico Jordan foi o suplente mais votado.[1] Como Jacob Müller saiu da cidade sem assumir o cargo, Frederico foi convocado e já atuou como vereador desde a primeira sessão.[2]
- 3ª Legislatura monárquica (1877-1881): Ficando na suplência pelo Partido Liberal, Frederico Jordan acabou sendo convocado devido a um processo judicial que suspendeu cinco vereadores por cerca de um mês.[3]
Ver artigo principal: Assembleia Legislativa Provincial versus Câmara de Joinville
- 4ª Legislatura monárquica (1881-1883): Conquistando 46 votos, Jordan foi eleito vereador nas eleições de 1880.[1]
Informações Biográficas
O Problema do abastecimento de Água
Como a vila de Joinville sofria com o problemático abastecimento de água, durante a 1ª Legislatura do período monárquico foi criada uma comissão para buscar uma solução, e Frederico Jordan foi designado para integrá-la. A comissão decidiu aproveitar as águas do Morro do Boa Vista e canalizá-las até um poço no centro. O riacho que fornecia a água ainda hoje pode ser visto ladeando a rua Pastor Guilherme Rau, na subido do morro do Boa Vista.[4]
Jordan e a "Marcha Sobre Joinville"

Entre 1876 e 1877, São Bento do Sul teve más colheitas por causa de uma grande seca seguida por chuvas constantes e ataques de pragas. Para mitigar o problema econômico, a direção da Colônia Dona Francisca empregou os colonos na construção da Estrada Dona Francisca. Ocorreu porém que com a troca na presidência da província, houve ordem de paralisar as obras e suspender os pagamentos. Essa situação deixou os colonos revoltados, e 300 deles se armaram para descer e invadir Joinville.[4]
Porém o delegado de polícia nessa ocasião era Frederico Jordan, que avisado da rebelião, auxiliado por Etienne Douat e Frederico Brüstlein, reuniu joinvilenses capazes de defender a cidade e esperou os revoltosos à cerca de um quilômetro da cidade. Ali, os líderes joinvilenses chamaram os colonos de São Bento à razão. Admoestados, estando diante de uma guarda de defesa e cansados da longa marcha, estes depuseram as armas. O Dr. Manoel de Azevedo Monteiro, chefe de polícia interino enviado com praças para restabelecer a ordem e inquirir a situação, disse em seu relatório que:
(...) somente pela animosa atitude do delegado de polícia Frederico Jordan e de algumas outras pessoas, deixaram os revoltosos de tornar efetivo o fim que os levara à Joinvile, (...).[6]
Jordan pediria exoneração do cargo de delegado em 1880.[5]
Outros fatos importantes
- 1871 - Eleito para nova diretoria da Kultur-Verein (Sociedade Cultural), que estava prestes a ser dissolvida.[4]
- 1872 - Promovido a capitão da Guarda Nacional, pelo presidente da Província.[7]
- 1873 - Membro da comissão sanitária que enfrentou o surto de varíola.[8]
- 1877: Jordan esteve entre os que fizeram donativos para ajudar os enfermos de São Francisco do Sul, onde grassou uma epidemia de febre amarela. Ele contribuiu com 10 mil réis.[9]
Família
Por três gerações seguidas os Jordans mantiveram um dos seus entres os vereadores de Joinville. Além de Frederico, seu filho Henrique foi vereador no início do período republicano e seu neto, Hans, foi vereador no período que antecedeu a Era Vargas, além de ter sido deputado estadual e federal. Um dos trinetos de Frederico é o engenheiro Henrique Jordan, que empresta seu nome a uma rua na cidade, falecido num acidente de trânsito ao sair da Fundição Tupy, em 1971. Outro de seus trinetos foi o fundador da Companhia Jordan de Veículos. Sua bisneta, Rotraut-Rose Tamm Jordan, foi esposa de David Ernesto de Oliveira, vereador da 1ª Legislatura.[10]
Pesquisador: Patrik Roger Pinheiro - Historiador | Registro Profissional 181/SC
Como Citar |
Referência
PINHEIRO, Patrik Roger. Biografia de Frederico Jordan. Memória CVJ, 2023. Disponível em: <https://memoria.camara.joinville.br/index.php?title=Frederico_Jordan>. Acesso em: 15 de março de 2025. |
Citação com autor incluído no texto
Pinheiro (2023) |
Citação com autor não incluído no texto
(PINHEIRO, 2023) |
Se você tiver mais informações ou correções sobre o biografado e quiser compartilhá-las, por favor, entre em contato conosco usando os canais descritos nessa página (clique).
Referências
- ↑ Ir para: 1,0 1,1 Sociedade de Amigos de Joinville. Álbum do Centenário de Joinville. 1951. Curitiba: Gráf. Mundial.
- ↑ Ata da Sessão Ordinária de 13 de janeiro de 1869, em guarda do Arquivo Histórico de Joinville.
- ↑ Noticias Locaes - Processo de Responsabilidade. Gazeta de Joinville, 2 de outubro de 1877.
- ↑ Ir para: 4,0 4,1 4,2 Ficker, Carlos. História de Joinville - Crônicas da Colônia Dona Francisca. 2 Ed. Joinville: Impressora Ipiranga, 1965. ISBN: 8578020197
- ↑ Ir para: 5,0 5,1 Noticias Locaes. Gazeta de Joinville, 29 de dezembro de 1880. Visitado em 09/11/2022
- ↑ Relatorio. A Regeneração, 12 de maio de 1878. Visitado em 09/11/2022
- ↑ Parte Oficial - Governo da Província. O Despertador, de Desterro. 26 de janeiro de 1881. Visitado em 09/11/2022
- ↑ 7 Vereadores da UDN; 4 do PSD e 2 do PTB - O Resultado Final. Jornal de Joinville, 15 de outubro de 1950.
- ↑ Annuncios Gazeta de Joinville, 2 de abril de 1878. Visitado em 22/11/2022
- ↑ Elly Herkenhoff e Maria Thereza Böbel. Famílias brasileiras de origem germânica. Volume VII. Publicação do Instituto Hans Staden. São Paulo: 1989
- Vereadores do Período Monárquico
- Vereadores
- 1ª Legislatura do Período Monárquico
- Vereadores da 1ª Legislatura do Período Monárquico
- 3ª Legislatura do Período Monárquico
- Vereadores da 3ª Legislatura do Período Monárquico
- 4ª Legislatura do Período Monárquico
- Vereadores da 4ª Legislatura do Período Monárquico
- Vereadores do Partido Liberal (1831)